Um terremoto de magnitude 8.8 atingiu a região russa de Kamchatka na madrugada desta quarta-feira (30), o que gerou um risco de tsunami na costa do Extremo Oriente da Rússia e em vários outros países na costa do Pacífico. Foi o maior terremoto registrado na região desde 1952.
Um alerta de tsunami também foi emitido em quase toda a região costeira do Japão, no Alasca e nos estados da Califórnia e Oregon, dos EUA. O alerta também chegou territórios da costa do Pacífico de países da América Latina como México, Chile, Colômbia e Equador.
A região de Kamchatka é uma grande península que fica localizada no Extremo Oriente da Rússia, ao norte do Japão.
Na manhã desta quarta-feira (30), as autoridades de Kamchatka registraram as primeiras ondas de tsunami de até quatro metros de altura na região. A cidade de Severo-Kurilsk foi inundada e foi declarado estado de emergência na área.
“Evento extraordinário”
O epicentro do terremoto foi identificado a aproximadamente 150 km a leste da cidade de Petropavlovsk-Kamchatsky, centro administrativo da região, a uma profundidade de 32 km. Inicialmente, a magnitude foi estimada em 7.1, mas a estimativa aumentou.
“A magnitude, segundo várias estimativas, chega a 8.7. Este é certamente um evento extraordinário”, informou a filial local do Serviço Geofísico Unificado da Academia Russa de Ciências.
Posteriormente, o governador da região, Vladimir Solodov, afirmou que a magnitude do terremoto foi de 8.8, classificando-o de “o mais forte em todo o período de observação”.
O Ministério da Saúde de Kamchatka informou que há vítimas, mas todas estão em condições satisfatórias e sem ferimentos graves. Cerca de 2.700 pessoas foram evacuadas para áreas seguras nas Ilhas Curilas devido à ameaça de tsunami.

O terremoto mais forte foi seguido por mais 30 tremores secundários com intensidade que variou de 2 a 5 pontos. A previsão das autoridades é que tremores repetidos com magnitude de até 7.5 possam continuar por pelo menos um mês na região.