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Aqui é Brasil

Resposta a Trump: Alcione promete ‘macumbinha’ e Boulos rebatiza copo americano de ‘Zeca Pagodinho’

As declarações feitas em tom bem-humorado repercutiram nas redes sociais

02.ago.2025 às 16h42
São Paulo (SP)
Redação
Resposta a Trump: Alcione promete ‘macumbinha’ e Boulos rebatiza copo americano de ‘Zeca Pagodinho’

Brasileiros protestaram em defesa da soberania nacional e contra Donald Trump, perto do consulado americano, em São Paulo - Nelson Almeida/AFP

A chantagem em forma de tarifa de 50% sobre os produtos importados brasileiros imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, despertou a reação de alguns brasileiros que responderam com bom-humor.

Na manhã deste sábado (2), a cantora Alcione afirmou que vai fazer uma “macumba” – termo que se refere aos trabalhos espirituais nas religiões de matriz africana – para o republicano deixar o Brasil em paz.

“Quero mandar um recado pro Trump: ele precisa deixar o Brasil em paz. Larga o Alexandre de Moraes, nosso ministro maravilhoso”, afirmou em tom bem-humorado durante entrevista ao programa É de Casa, da TV Globo.

“Eu hoje saindo daqui vou fazer uma macumbinha pro Trump. Aqui nessa terra tem uma coisa que ele não tem lá, macumba. Será que a macumba deles é boa? Vou fazer uma macumbinha pra ele deixar o Brasil em paz”, disse.

a alcione falando que vai chegar em casa e fazer uma macumba pro trumpkkkkk

pic.twitter.com/gnhm2ODKEb

— luscas (@luscas) August 2, 2025

Na mesma toada, o deputado federal Guilherme Boulos (Psol-PL) rebatizou o famoso copo americano de “copo Zeca Pagodinho” numa brincadeira publicada em suas redes sociais. 

Sextou pra quem tá com o copo Zeca Pagodinho na mão, e com o tornozelo livre. pic.twitter.com/mJpRcCyVMI

— Guilherme Boulos (@GuilhermeBoulos) August 1, 2025

“Americano, não. Aqui é Brasil. Esse é o copo Zeca Pagodinho. Vou contar uma história para vocês: quando os Estados Unidos atacaram o Iraque, e a França não quis ir junto com eles para a guerra, os Estados Unidos ficaram com raiva e bravos e mudaram o nome da batata frita, que lá chama french fries (batata francesa) para freedom fries (batata da liberdade)”, disse. 

“Agora que os Estados Unidos estão atacando o Brasil, é a nossa vez de dar o troco”, continuou Boulos. “Se você olha para esse copo, você pensa em americano? Isso aqui é a cara do Brasil, gente. Isso aqui é samba, é pagode. Por isso, está rebatizado: é o copo Zeca Pagodinho”, concluiu o parlamentar. 

A chantagem

Na última quarta-feira, 30 de julho, Donald Trump assinou uma ordem executiva que estabelece tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros, somando o valor total em 50% – a sobretaxa de 10% já havia sido anunciada em abril deste ano. A vigência é a partir da próxima quarta-feira, 6 de agosto. 

Alguns itens foram excluídos da taxação por serem considerados essenciais à cadeia produtiva dos Estados Unidos. Estão entre os produtos isentos o petróleo cru, o suco de laranja concentrado, aviões comerciais e suas partes, além de medicamentos, reagentes imunológicos, instrumentos de uso médico-cirúrgico e chapas finas de aço inoxidável. No entanto, setores estratégicos do extrativismo e da agricultura continuam sujeitos à tarifa, como o café, a carne, a soja, o açaí, o mel, as frutas in natura e o cacau.

O regime Trump alega que o ex-presidente Jair Bolsonaro estaria sendo perseguido pelo Judiciário brasileiro, apesar do número alto de evidências de protagonismo no plano de golpe de Estado após perder a eleição de 2022. Analistas dizem que, além de livrar de responsabilidade o político de extrema direita, os EUA teriam ainda interesses de obter vantagens ilegais para adquirir terras raras e financeiras, de olho no sistema pix, entre outras.

Tags: donald trumpguilherme boulostarifa
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