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SOLIDARIEDADE

‘É inadmissível que a fome seja usada como arma de guerra’, afirma cardeal Dom Jaime Spengler

Arquidiocese de Porto Alegre lança campanha humanitária em apoio ao povo palestino

05.ago.2025 às 18h36
Porto Alegre (RS)
Fabiana Reinholz
‘É inadmissível que a fome seja usada como arma de guerra’, afirma cardeal Dom Jaime Spengler

“É inadmissível que um mundo que se diz civilizado permaneça em silêncio diante daquilo que ali acontece", destaca o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) - Foto: Rafa Dotti

Em meio a uma das maiores crises humanitárias da atualidade, a Arquidiocese de Porto Alegre lançou nesta terça-feira (5) a campanha “Ação Humanitária em favor do Povo Palestino”, em parceria com a Frente Parlamentar Porto Alegre-Palestina. A iniciativa visa arrecadar recursos para combater a fome que assola a Faixa de Gaza, onde organizações como Médicos Sem Fronteiras alertam para o aumento alarmante da desnutrição infantil.

Durante o evento realizado na Cúria Metropolitana, o cardeal Dom Jaime Spengler, arcebispo de Porto Alegre e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), afirmou que o que acontece na Faixa de Gaza é um genocídio e uma carnificina. “É inadmissível que um mundo que se diz civilizado permaneça em silêncio diante daquilo que ali acontece”, critica.

O cardeal enfatizou que usar a fome como estratégia militar é inaceitável: “Não se pode usar a fome como arma de guerra. Isso é inadmissível, é inumano”. Ele alertou que “crianças esqueléticas estão morrendo de fome” e que “os números são assustadores”.

Segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), entre janeiro e maio deste ano, 16.736 crianças entre 6 meses e 5 anos foram internadas para tratamento de desnutrição aguda, uma média de 112 novos casos por dia. De acordo com dados do Ministério da Saúde local, 175 pessoas já morreram por má nutrição na Faixa de Gaza, enquanto mais de 1,4 mil foram mortas por militares israelenses ao tentar acessar alimentos, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU).

Dom Jaime criticou a omissão de organismos internacionais. “Onde está a ONU? Onde estão os países que se dizem defensores e promotores dos direitos humanos? Calados, indiferentes, me parece.” Ele lembrou que, entre os 59 conflitos armados no mundo, apenas dois recebem atenção da mídia: a Ucrânia e a Palestina. “Precisamos encontrar canais de integração entre os povos”, afirma.

Experiência pessoal e posicionamento da Igreja

O cardeal compartilhou a experiência pessoal vivida em Israel, onde morou por três anos. “A primeira bomba da Intifada estourou debaixo da minha janela no domingo de manhã, logo após minha chegada em Jerusalém”, relembrou, referindo-se aos eventos de outubro de 1987.

Essa vivência reforçou a compreensão do conflito e a convicção sobre a necessidade de uma solução pacífica. “Desde então, esta situação perdura de forma trágica no tempo.”

Spengler destacou que a posição da Igreja Católica é clara: dois Estados, com reconhecimento mútuo e coexistência pacífica. “Cada povo tem direito a viver de forma justa, respeitando as diferenças, que são uma riqueza e não um problema.”

Cardeal Dom Jaime Spengler ao centro / Foto: Raffa Dotti

Transparência e solidariedade como pilares da campanha

Ao aceitar apoiar a campanha, Dom Jaime ressaltou a importância da transparência: “Toda ação precisa de eficiência e transparência. Se chegar um centavo, esse centavo precisa ser dito de onde veio, para onde foi, com quem foi e como chegou.”

O arcebispo também enfatizou que gestos de solidariedade transformam tanto quem recebe quanto quem oferece. “Todo gesto, por menor que seja, não fica sem recompensa. Não são apenas as pessoas que eventualmente receberão o auxílio que são beneficiadas, mas, em primeiro lugar, somos nós mesmos. Porque é a expressão da humanidade que nos caracteriza.”

Ele se posicionou contra todas as formas de violência: “Jamais podemos compactuar com qualquer forma de terrorismo. O terrorismo é o grito dos desesperados, e isso é inadmissível. Mas também é inadmissível o que está acontecendo hoje, onde os mais pobres sofrem na carne as consequências”.

O cardeal concluiu com um chamado à ação: “Então, em frente, com coragem. Oxalá possamos fazer algo, não importa se muito ou pouco. Como diz o ditado: uma gota de água no oceano transforma todo o oceano”.

Direito do povo palestino à paz

Ao Brasil de Fato RS, Dom Jaime destacou que a situação do povo palestino é antiga e exige atenção e solidariedade. “Existe uma espécie de reticência em alguns espaços da sociedade. Toda forma de terrorismo é abominável. Não podemos jamais compactuar.”

Ele defendeu o direito do povo palestino a viver em paz, num território próprio, respeitando os vizinhos e as diferenças. “É inadmissível que a fome seja usada como arma de guerra. Uma ação como essa pode ser uma gota no oceano, mas sempre faz a diferença.”

Crianças fazem fila em centro de distribuição de comida, em Gaza, em 11 de junho de 2025 Foto: / Eyad BABA / AFP | Eyad BABA / AFP

“Mulheres e crianças são as principais vítimas”

O vereador Pedro Ruas (Psol), integrante da Frente Parlamentar Porto Alegre-Palestina, destacou a importância da campanha e do papel do cardeal. “Dom Jaime é uma figura extraordinária, muito sensível e humanitária. A tragédia de Gaza exige respostas concretas.”

Ruas explicou que a frente parlamentar vem dialogando com a Igreja Católica há cerca de dois meses. Ele ressaltou a gravidade da “desnutrição planejada e da fome como arma de guerra”, praticadas pelo Estado de Israel.

Para o parlamentar, o que ocorre na região não é guerra, mas massacre. “Na verdade, não há soldados em Gaza. As maiores vítimas são mulheres e crianças, porque os homens já morreram. A fome virou uma arma. A comida vira armadilha. Muitas pessoas morrem atingidas por bombas ou tiros ao tentar acessar alimentos.”

Ruas destacou que o envolvimento da Igreja Católica representa “uma diferença enorme” no enfrentamento da crise. “É uma tragédia humanitária provocada por desnutrição planejada. A fome é usada como arma pelo Estado de Israel.”

“A fome virou uma arma. A comida vira armadilha”, destaca o vereador Pedro Ruas – Foto: Rafa Dotti

“Cuidar da vida é missão da Igreja”

O coordenador da área social da Arquidiocese, Elton Bozzetto, explicou que a Igreja prontamente aceitou encabeçar a iniciativa. “Nós demos o belo nome de ação humanitária, porque, de fato, é uma ação humanitária diante do sofrimento e da dificuldade das famílias, especialmente das crianças em Gaza.” Bozzetto ressaltou que a campanha é uma expressão de solidariedade fundamentada na crença de que “cuidar da vida é uma das atitudes mais importantes ” para os católicos, para seguidores de qualquer fé ou por caráter humanitário.

“A construção que Dom Jaime realizou acho que é muito importante, porque envolve o patriarcado do Oriente Médio, e por essa via a gente tem condições de fazer chegar esse auxílio, essa ajuda para as famílias de Gaza”, explicou.

Essa conexão internacional, segundo Bozzetto, garante que a iniciativa tenha alcance global para facilitar a chegada da ajuda e do apoio. Ele também mencionou o sofrimento dos católicos em Gaza, com o ataque à igreja Sagrada Família, reforçando a importância da solidariedade acima das adversidades.

Para Bozzetto, a ação vai além da ajuda humanitária, adentrando a esfera diplomática e política. “Vamos ajudar para que as pessoas não morram, mas também precisamos empreender esforço mundial para superar essa dificuldade centenária, milenar, da região.”

“É genocídio, não tem como chamar de outra forma”

Filho de palestino e integrante da Federação Árabe Palestina do Brasil, Eduardo Abed afirmou que a mídia brasileira não mostra a realidade completa. “O que chega para nós é só uma parte. Existe um cenário de destruição total: fome, falta de medicamentos, hospitais destruídos, pessoas com doenças crônicas que não conseguem se tratar.”

Abed também mencionou a falta de eletricidade e aquecimento, especialmente em um inverno rigoroso, o que agrava ainda mais a situação. Para ele, a conclusão é inequívoca: “É um genocídio, não tem como chamar de outra forma. A própria população, a própria comunidade israelense já chegou nesse denominador, eles estão contra o governo.”

Palestinos esperam por comida em ponto de distribuição em Gaza, em 27 de julho de 2025 – Foto: Omar Al-Qattaa / AFP

Solidariedade e desafios da ajuda humanitária

Questionado sobre o impacto da campanha, Abed ressaltou a importância da solidariedade e da transparência na arrecadação, que será encaminhada via Vaticano até o Patriarcado em Jerusalém, para chegar às pessoas necessitadas.

No entanto, Abed apontou que um dos maiores desafios é a chegada das doações. “A gente sabe que existem muitos doadores. Hoje a questão principal é essas doações poderem chegar lá, que não estão chegando. Justamente por essa arma de guerra que é não deixar chegar o alimento“

Ele lamentou qualquer tipo de morte, mas enfatizou que a situação em Gaza “passou muito do razoável” e se tornou uma vingança. “Não existe mais como denominar diferente. É um massacre, é uma vingança, é um genocídio”, concluiu. O pai de Abed chegou ao Brasil no final dos anos 60.

“A guerra não é religiosa, é territorial”

Miriam, que vive no Brasil como refugiada desde os oito anos de idade, trouxe uma perspectiva crucial sobre a natureza do conflito em Gaza. Para ela, a campanha humanitária é de “extrema importância” no contexto atual. “E também para que o mundo veja que a guerra que está acontecendo lá não é religiosa, nunca foi religiosa.”

Ela enfatizou a coexistência pacífica entre católicos e muçulmanos. “Os católicos e muçulmanos sempre se deram bem, as religiões sempre estiveram bem”, declarou. Segundo Miriam, a verdadeira natureza do conflito é territorial: “A guerra que estamos lá é briga territorial mesmo, por apartheid e dominar cada vez mais e mais terras”.

Miriam ressaltou a importância do mundo reconhecer essa realidade e a união das religiões contra o que ela classifica como genocídio. “É muito importante que o mundo enxergue isso, que todas as religiões estão se juntando contra esse genocídio, contra o que está acontecendo na humanidade. Eu acho que a humanidade deve isso.”

O coordenador da área social da Arquidiocese, Elton Bozzetto, explicou que a Igreja prontamente aceitou encabeçar a iniciativa – Foto: Rafa Dotti

Vozes da sociedade civil se somam à campanha

Integrante da Frente Gaúcha de Solidariedade ao Povo Palestino, Vitória Busato destacou que o ato tem um significado profundo diante da gravidade do que acontece em Gaza e em todo o território palestino. “Esse genocídio não começou em 7 de outubro de 2023. Ele começou há mais de 77 anos, desde a Nakba, que é a catástrofe que aconteceu e continua acontecendo”, afirmou.

Segundo ela, a violência é constante e brutal. “Todos os dias essas pessoas são genocidadas, por fome, mísseis, drones.” Por fim defendeu o posicionamento da sociedade brasileira contra o massacre. “Precisamos lutar por uma Palestina livre, do rio ao mar.”

Por sua vez, o secretário-geral do Sindicato dos Servidores da Justiça do RS (Sindjus), Fabiano Salazar, destacou o caráter humanitário da mobilização. “É um ato de solidariedade, de humanismo, que reúne representações da nossa sociedade em apoio ao povo palestino cercado em Gaza”, afirmou.

Ele classificou a situação como um “genocídio” e um “apartheid social” que atinge seu auge desde outubro de 2023. “Queremos viver num mundo com mais justiça, menos tragédia e mais direitos humanos, algo que sequer o povo palestino tem hoje.”

Ouvidor da Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul, Rodrigo Medeiros, também reforçou a urgência da defesa incondicional dos direitos humanos. “O direito à vida não admite divergência, são fatos”, disse. Ele defendeu o reconhecimento do Estado palestino, sem negar o direito de existência de Israel, e reiterou: “Devemos respeitar a autonomia de todos os povos, como prevê nossa Constituição.”

Medeiros também chamou atenção para a fome em Gaza: “É uma guerra sem sentido e desproporcional. A comunidade internacional precisa impedir que esse tipo de atrocidade continue.”

Também presente ao ato, o diretor científico da Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural (Agapan), Francisco Milanez, trouxe ao debate a perspectiva ambientalista. “A vida está sempre em primeiro lugar, e sim, isso inclui a vida humana”, afirmou.

Milanez reforçou o compromisso da entidade com a paz e a valorização da vida e condenou com veemência guerras e genocídios: “Não há justificativa para holocaustos em massa”.

Já o escritor Alcy Cheuiche destacou o caráter universal da campanha e a diversidade representada no ato. “Estamos tentando corrigir um erro de caráter universal. Nós não estamos aqui preocupados somente porque se trata de uma luta entre israelenses e palestinos, mas nós estamos preocupados também com um momento em que se esquece o fundamental, que o fundamental são os direitos humanos. E o que está acontecendo lá é outro holocausto, como aconteceu com o povo judeu, inclusive durante o nazismo.”

“É fundamental que, neste momento, todos possamos estar unidos na solidariedade ao povo palestino”, ressalta Olívio Dutra – Foto: Rafa Dotti

“O que está acontecendo com o povo palestino é um genocídio, uma barbaridade”

O ex-governador Olívio Dutra destacou que o ato representa uma ação integradora de um vasto campo humanitário, presente inclusive dentro do próprio Estado de Israel. Ele condenou a política do atual governo israelense: “O que está acontecendo, essa prática do governo de Israel, ou da figura mais representativa deste governo e o seu grupo, é um genocídio.”

Ele ressaltou ainda que nenhuma morte pode ser naturalizada. “O que aconteceu na prática do Hamas, nunca achamos que ela tinha que ser defendida ou naturalizada. Mas o povo palestino tem o direito de se defender com as formas como ele pode se defender nas ocasiões mais diversas que tem enfrentado.”

Dutra também valorizou a campanha. “É fundamental que, neste momento, todos possamos estar unidos na solidariedade ao povo palestino, de todas as formas, com respeito à pluralidade e à diversidade. Mas não é possível naturalizar essa barbárie. Tomara que esse movimento tenha a repercussão devida.”

As doações da campanha podem ser feitas através do PIX: 51 993935814.

Editado por: Marcelo Ferreira
Tags: ajuda humanitáriagazario grande do sul
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