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LUTA POPULAR

Justiça suspende despejo de quilombola em MG após mobilização contra avanço da mineração

CSN queria desapropriar território tradicional em Congonhas para instalar pilha de rejeitos de minério

05.ago.2025 às 14h38
Belo Horizonte (MG)
Redação
Justiça suspende despejo de quilombola em MG após mobilização contra avanço da mineração

O pedido de desapropriação em Santa Quitéria foi assinado em julho do ano passado pelo governador Romeu Zema (Novo), sendo este o decreto nº 496/2024, que autorizou a CSN a desapropriar 261 hectares para a implementação das pilhas de rejeitos de minério de ferro, mesmo sem licenciamento ambiental. - Foto: Henrique Chendes/ALMG

A Justiça mineira suspendeu o despejo do morador quilombola João Batista de Paula, da comunidade Santa Quitéria, em Congonhas (MG), no dia 21 de julho, após mobilização da comunidade e articulação de órgãos federais e de parlamentares.  

A ordem havia sido requerida pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), com base em um decreto do governador Romeu Zema (Novo), que autorizava a desapropriação de cerca de 262 hectares para a expansão da Mina Casa de Pedra, a maior barragem de rejeitos da América Latina.

Com isso, no dia 15 de julho, o Sr. João, como é conhecido, de 74 anos, recebeu um mandado de imissão na posse com prazo de apenas 20 dias para desocupar o Sítio São Geraldo, uma área de 7,3 hectares onde sua família vive há mais de 90 anos. A propriedade seria o primeiro ponto atingido pela instalação da pilha de rejeito filtrado Sul Maranhão 1, estrutura da CSN que sequer possui licença ambiental.

Após a notificação, a comunidade se organizou imediatamente em vigília no território. “Quando ameaçam uma pessoa, ameaçam também a vida, a ancestralidade e a coletividade”, afirmou a deputada federal Célia Xakriabá (PSOL-MG), em entrevista ao Brasil de Fato MG.

Comunidade reconhecida e despejo suspenso

No dia 18 de julho, a Fundação Cultural Palmares, vinculada ao Ministério da Cultura do governo, publicou a portaria que reconhece oficialmente Santa Quitéria como comunidade remanescente de quilombo. Mesmo assim, o território continua sob ameaça da mineradora.

“Esses territórios não são apenas morada de povos; são guardiões da água, da floresta, dos ciclos naturais; são eles que mantêm o planeta vivo. Defender esses territórios é defender o futuro”, afirmou a deputada

Logo após o despejo ser anunciado, representantes de órgãos federais e os mandatos da deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT), do deputado federal Padre João (PT) e da deputada federal Célia Xakriabá (Psol) estiveram no Quilombo. Os órgãos se comprometeram a atuar na proteção do território.

Finalmente, no dia 21 deste mês, o caso chegou ao presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG), que acolheu a demanda da comunidade e reconheceu o caráter coletivo do conflito, contrariando a tentativa da CSN de individualizar o processo. O caso foi encaminhado à Comissão de Solução de Conflitos Fundiários, que determinou a suspensão do despejo.

Zema 

O pedido de desapropriação em Santa Quitéria foi assinado em julho do ano passado pelo governador Romeu Zema (Novo), sendo este o decreto nº 496/2024, que autorizou a CSN a desapropriar 261 hectares para a implementação das pilhas de rejeitos de minério de ferro, mesmo sem licenciamento ambiental.

“O Decreto do governo Zema representa grave violação de direitos. O que está em curso é uma tentativa de apagar um território tradicional inteiro, para atender aos interesses da mineração”, afirmou a deputada Beatriz Cerqueira.

Em entrevista ao Brasil de Fato MG, Célia Xakriabá afirmou que “o governador tem mostrado que sua prioridade é minerar a qualquer custo, mesmo que isso signifique atropelar direitos constitucionais e desrespeitar comunidades inteiras”, denuncia. 

Segundo a deputada, o relatório apresentado pela CSN possui diversas inconsistências. Entre elas a alegação de que o solo não é fértil, contrariando o que diz a comunidade e a presença de nascentes e práticas agrícolas mantidas pela população local.

PL da Devastação 

Enquanto comunidades como Santa Quitéria resistem à mineração predatória, avança no Congresso Nacional o chamado PL da Devastação, projeto que flexibiliza regras ambientais e ameaça territórios de povos tradicionais. 

“O PL da Devastação é um reflexo dessa mesma política que tenta empurrar pilhas de rejeitos para cima dos quilombos. A luta pelo território é uma só, e seguiremos mobilizados em cada espaço de decisão”, afirmou Xakriabá.

Editado por: Elis Almeida
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