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MEMÓRIAS PÓSTUMAS

Mario Quintana ganha, enfim, uma cadeira na Academia Brasileira de Letras

ABL cria a cadeira 41 para homenagear as pessoas que não conseguiram, ou não quiseram, vaga entre os imortais

07.ago.2025 às 19h03
Porto Alegre (RS)
Eugênio Bortolon

Autor de 26 livros, tradutor de mais de 130 obras da literatura mundial, só agora o poeta gaúcho chegou à Academia Brasileira de Letras (ABL) - Reprodução

Mario Quintana morreu há 31 anos aos 87 anos de insuficiência cardíaca e respiratória em Porto Alegre. Autor de 26 livros, tradutor de mais de 130 obras da literatura mundial, só agora ele chegou à Academia Brasileira de Letras (ABL). Parece incrível, um absurdo. Em vida, ele tentou três vezes, foi convidado para uma quarta competição contra gente da política, mas não quis. Agora, a ABL resolveu criar a cadeira 41 (total de imortais vivos é de 40) para homenagear grandes escritores que não conseguiram, ou não quiserem, participar da Academia.

A cadeira 41 passou a ser ocupada agora, na terça-feira (5), pelo gaúcho de Alegrete, o maior poeta gaúcho e brasileiro por muito tempo. A novidade foi anunciada na quarta-feira (6) pelo presidente da ABL, escritor e jornalista Merval Pereira, em encontro com grupo de profissionais gaúchos no programa Coonline (número 71 no Youtube), onde falou sobre alguns tópicos da Academia e sobre os 100 anos do Jornal O Globo e o atual momento do jornalismo e da política brasileira.

Mario Quintana confessou em vida que não tinha ‘saco’ para chás e visitas para conquistar votos. Preferia café preto, quindim e cigarro no bar da Dona Maria no Correio do Povo, quando lá trabalhou. Agora, morto há tanto tempo, recebe uma homenagem importante – se vivo fosse, talvez nem quisesse. Também era avesso a viagens.

“Tímido em rua, mas nunca tímido em poesia”, Quintana passava a impressão de ser antipático. Na Praça da Alfândega, que tanto frequentava, não dava a mínima para quem ousava sentar ao seu lado, salvo raras exceções. Sentado, estava olimpicamente no vazio, pensando sabe-se lá o quê, mas hoje, tenho certeza, estava poetando as suas próximas letras que iriam para a eternidade. Hoje, há ali uma estátua sua, com Carlos Drummond de Andrade.

A entidade dos imortais

A ABL surgiu no Rio de Janeiro em 20 de julho de 1897. O escritor Lúcio de Mendonça (1854-1909) tomou a iniciativa de criar a Academia Brasileira de Letras, nos moldes da francesa, mas ele não estava sozinho nesse objetivo, pois esteve acompanhado de Machado de Assis (1839-1908) na empreitada. Desse modo, nasceu a reunião que era feita duas vezes ao ano, e foram decididas as poltronas de cada membro. Cada fundador, por exemplo, escolheu um patrono para sua cadeira. Assim, Machado de Assis escolheu José de Alencar (1829-1877), enquanto Lúcio de Mendonça optou por Fagundes Varela (1841-1875) e assim por diante.

O ato de fundação contou com a presença de 16 escritores mais importantes da época, Joaquim Nabuco (1849-1910), Artur de Azevedo (1855-1908), Olavo Bilac (1865-1918), entre outros. Mesmo com a fundação em 1897, a ABL não teve um local definido – ou sede – até 1927. A instituição ficou com endereço indefinido por cerca de 30 anos. Sendo assim, mesmo que a reunião inaugural tenha sido na Pedagogium, um centro cultural na rua do Passeio, sua sede oficial acabou sendo no centro do Rio de Janeiro, na avenida Presidente Wilson, no Petit Trianon.

Quem são?

No ano de 2021, foram recebidos novos membros para a instituição. Ao todo, são sempre 40 integrantes oficiais entre efetivos e perpétuos. Como são feitas as escolhas em relação aos novos membros após a morte de algum membro? Logo depois da Sessão da Saudade, que ocorre sempre na primeira quinta-feira após o dia do falecimento do integrante, são abertos 30 dias para que novas pessoas possam se candidatar por via de cartas para o atual presidente da Academia Brasileira de Letras. Depois de 60 dias após a abertura das candidaturas, são feitas as votações para que os novos membros possam ingressar na instituição.

São integrantes do grupo dos 40, artistas e escritores conhecidos e outros nem tanto. Entre os mais conhecidos e últimos eleitos estão Fernanda Montenegro, Gilberto Gil, Paulo Niemeyer, José Paulo Cavalcanti, Eduardo Giannetti e Miriam Leitão (que toma posse nesta sexta-feira, 8). A Academia Brasileira de Letras possui também 20 correspondentes estrangeiros. O processo de inscrição para ingressar exige que a pessoa seja um autor brasileiro nato e tenha trabalhos publicados em qualquer gênero. Os trabalhos qualificados devem ser reconhecidos como valiosos ou de alta qualidade por outros autores.

Candidatos para imortais são eleitos por uma cédula decidida por voto secreto. Novos acadêmicos recebem um uniforme vistoso como parte de sua cerimônia de posse. Eles também concordam em usá-lo durante seus deveres oficiais. Por tradição, isso geralmente é feito pelo estado onde está localizada sua posição acadêmica.

*Este é um artigo de opinião e não necessariamente representa a linha editorial do Brasil do Fato.

Editado por: Katia Marko
Tags: culturaliteratura brasileira
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