Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem Viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Direitos

Guerra

Países condenam ocupação total de Gaza aprovada pelo gabinete de segurança de Israel

China, Turquia, Reino Unido, Alemanha e outras países se manifestam contra plano

08.ago.2025 às 12h50
Tatiana Carlotti
|Opera Mundi
Medida aprovada pelo Gabinete de Segurança promoverá o deslocamento de 1 milhão de palestinos

Medida aprovada pelo Gabinete de Segurança promoverá o deslocamento de 1 milhão de palestinos - UNRWA

Reunido na noite desta quinta-feira (7), o Gabinete de Segurança de Israel aprovou o plano para ocupar militarmente a Cidade de Gaza, o primeiro passo segundo a mídia israelense para uma estratégia de ocupação total da região. A medida prevê o envio de tropas terrestres para 25% do território que ainda não estão sob controle direto de Israel.

“As Forças de Defesa de Israel (IDF) se prepararão para assumir o controle da Cidade de Gaza, ao mesmo tempo em que fornecem ajuda humanitária à população civil fora das zonas de combate”, diz o comunicado o oficial emitido nesta sexta-feira (8) pelo gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, na plataforma X.

Israel endossou cinco condições para um cessar-fogo: o desarmamento do Hamas, o retorno de todos os reféns, a desmilitarização de Gaza, o controle de segurança israelense e uma administração civil pós-guerra excluindo o Hamas e a Autoridade Palestina.

O Hamas se manifestou nesta sexta-feira (8): “a aprovação do gabinete sionista dos planos de ocupar a Cidade de Gaza e evacuar seus moradores constitui um novo crime de guerra que o Exército de ocupação pretende cometer contra a cidade. Alertamos a ocupação criminosa que esta aventura criminosa lhe custará caro e não será uma jornada fácil”.

Com a decisão, cerca de 1 milhão de palestinos serão obrigados a deslocarem para áreas de evacuação no sul do enclave. A proposta de ocupação total — e a consequente evacuação forçada até o dia 7 de outubro — gerou duras críticas de países, organismos internacionais e, também, políticos, militares e familiares dos reféns israelenses. Acompanhe a repercussão:

Alemanha, China, Turquia, Reino Unido

Em reação à medida, a Alemanha afirmou que irá suspender as exportações militares que poderiam ser usadas em Gaza. O chanceler do país Friedrich Merz, disse ser um direito de Israel desarmar o Hamas e buscar a libertação dos reféns israelenses, mas salientou: “o governo alemão acredita que a ação militar ainda mais dura na Faixa de Gaza decidida pelo gabinete israelense na noite passada torna cada vez mais difícil ver como esses objetivos podem ser alcançados”.

A China foi uma das primeiras potências a condenar o plano, expressando “sérias preocupações” e pedindo que Israel “cesse imediatamente suas ações perigosas”. Em comunicado à AFP, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês declarou que “Gaza pertence ao povo palestino e é uma parte inseparável do território palestino. O único caminho para aliviar a crise humanitária é por meio de um cessar-fogo imediato e da retomada das negociações.”

A Turquia classificou o plano como “um duro golpe para a paz e a segurança” e exigindo que a comunidade internacional atue imediatamente para impedir a implementação da medida, que “visa deslocar à força os palestinos de suas próprias terras”, informa a Al Jazeera.

No Reino Unido, destaca The Guardian, o primeiro-ministro Keir Starmer alertou que a medida “trará mais derramamento de sangue”. Ele defendeu um cessar-fogo, ampliação da ajuda humanitária e a libertação de todos os reféns, ressaltando que o Hamas não pode ter papel no futuro de Gaza. Já o líder liberal-democrata do país, Ed Davey, apontou que os planos de Netanyahu apontam para uma “limpeza étnica” e exigiu que o Reino Unido interrompa imediatamente todas as exportações de armas para Israel e imponha sanções ao premiê israelense.

Escócia, Finlândia, Holanda, Espanha

Na Escócia, o primeiro-ministro John Swinney afirmou que a decisão israelense “é completa e totalmente inaceitável” e apelou para uma mobilização da comunidade internacional a favor de um cessar-fogo.

A ministra das Relações Exteriores da Finlândia, Elina Valtonen, também se declarou “extremamente preocupada” com a fome iminente e reforçou o pedido por uma trégua imediata e pela libertação dos reféns.

O ministro das Relações Exteriores da Holanda, Caspar Veldkamp, afirmou em comunicado no X que “o plano do governo de Netanyahu de intensificar as operações israelenses em Gaza é um movimento errado. A situação humanitária [de Gaza] é catastrófica e exige melhorias imediatas. Esta decisão não contribui de forma alguma para isso e também não ajudará a levar os reféns para casa”.

A Espanha também condenou a decisão. “Condenamos firmemente a decisão do governo israelense de escalar a ocupação militar de Gaza. Isso só causará mais destruição e sofrimento”, afirmou o ministro das Relações Exteriores espanhol José Manuel Albares. “Um cessar-fogo permanente, a entrada imediata e maciça de ajuda humanitária e a libertação de todos os reféns são urgentemente necessários”, acrescentou.

Nações Unidas e entidades

O Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, pediu o fim imediato do plano israelense. “É contrário à decisão do Tribunal Internacional de Justiça, à solução de dois Estados e ao direito dos palestinos à autodeterminação”, afirmou em comunicado na plataforma X.

Türk afirmou que a ocupação total da Faixa de Gaza não apenas é ilegal, como agrava ainda mais o sofrimento da população civil. A ONU e outras entidades de ajuda humanitária vêm sendo impedidas de operar na região, agravando a escassez de alimentos, água potável e medicamentos.

A ActionAid UK qualificou o plano como uma “escalada horrível”. “A decisão viola flagrantemente o direito internacional humanitário. As palavras de condenação já não bastam — é hora de medidas reais, como o fim das exportações de armas e a imposição de sanções ao governo israelense”, declarou a co-diretora executiva da entidade Hannah Bond, aponta o jornal britânico.

Oposição interna

Vozes contrárias à medida também se levantaram dentro de Israel. O chefe do Estado-Maior, tenente-general Eyal Zamir, já havia alertado que a ocupação total da Faixa de Gaza mergulharia o país em um “buraco negro” de insurgência prolongada, encargos humanitários e riscos ampliados para os cerca de 20 reféns israelenses ainda vivos em poder do Hamas. Para Zamir, a proposta comprometerá os esforços de resgate e empurrará Israel para um impasse militar e moral, informa a Al Jazeera.

O ex-vice-chefe das Forças Armadas Yair Golan, atual líder do partido Democratas, afirmou que a decisão “é um desastre para gerações. Nossos filhos e netos ainda estarão patrulhando os becos de Gaza, e tudo isso por sobrevivência política e visões messiânicas”, declarou à Rádio do Exército. Golan afirmou que Netanyahu é “fraco, facilmente pressionado e incapaz de tomar decisões que conciliem os alertas do nível profissional com as obsessões ideológicas de seu governo”.

O líder da oposição, Yair Lapid, por sua vez, chamou o plano de “desastre que levará a muitos outros desastres”, incluindo a morte dos reféns e de soldados, além de causar “falência diplomática” e custos bilionários para a sociedade israelense.

O Fórum de Reféns e Famílias Desaparecidas acusou o governo Netanyahu de “condenar à morte” os reféns vivos em Gaza. “O governo abandonou os reféns e agiu contra o interesse nacional com uma negligência moral e de segurança imperdoável”, diz a nota divulgada pelo grupo, em apelo para que a decisão seja revertida. Nesta quinta-feira (07/08), dezenas de familiares protestaram em frente ao local da reunião do gabinete de segurança, em Jerusalém, enquanto manifestações de rua acontecem em várias cidades do país.

Gaza

Já o Movimento Mujahideen Palestino, em declaração no Telegram, ressaltou que a decisão israelense de ocupar a Cidade de Gaza “reafirma que o governo israelense estava obstruindo o processo de negociação de cessar-fogo e confirma sua falta de preocupação com as vidas de seus prisioneiros” mantidos no enclave. “Gaza permanecerá livre e inquebrável”, acrescentou.

Mais de 60 mil palestinos morreram e 90% da população foi deslocada de suas residências ao menos uma vez desde o início dos ataques de Israel. Grande parte da infraestrutura de saúde está destruída e a ajuda humanitária em quantidade necessária para suprir a fome que se alastra na região permanece bloqueada.

Conteúdo originalmente publicado em Opera Mundi
Tags: gazaisraelpalestina
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Notícias relacionadas

Escalada

Israel aprova plano para ‘controle total’ de Gaza em meio à fome e críticas da ONU; Hamas fala em ‘crime de guerra’

SOLIDARIEDADE

‘Quem apoia o genocídio é minoria, mas manda no mundo’, diz historiador israelense Ilan Pappé na Flipei

Genocídio

Crianças mortas por fome em Gaza chegam a 96, enquanto Netanyahu diz como Israel controlará terra palestina

Veja mais

Editorial

Bolsonarismo: o puro suco da vergonha alheia

Tecnologia

‘Resolver o problema das big techs é colocá-las para fora do Brasil’, diz Jones Manoel, na Flipei, após ter as redes sociais derrubadas

AMÉRICA LATINA

Venezuela rebate anúncio dos EUA de recompensa por prisão de Maduro: ‘Patético’

Luta antimanicomial

Governo federal suspende edital de financiamento para mais de 500 comunidades terapêuticas

Proteção

Governo veta 63 trechos do ‘PL da Devastação’; novo texto com ajustes será enviado ao Congresso

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem Viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
  • Bem Viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevistas
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.