Uma operação do Ministério Público de São Paulo (MPSP) levou à prisão temporária dos empresários Aparecido Sidney de Oliveira, fundador da Ultrafarma, e Mario Otávio Gomes, diretor estatutário do grupo Fast Shop. Eles são acusados de participação em um esquema de corrupção no Departamento de Fiscalização da Secretaria Estadual da Fazenda de SP.
Segundo a investigação do Grupo de Atuação Especial de Repressão aos Delitos Econômicos, ambos pagavam propina para manipular processos administrativos e a quitação de créditos tributários. Um fiscal da autarquia também foi preso suspeito de ser o mentor e de operar o processo.
Identificado como Artur Gomes da Silva Neto, ele teria recebido mais de R$1 bilhão de reais desde 2021, quando o esquema teve início. A apuração do MP aponta que ele recebia pagamentos mensais usando uma empresa registrada em nome da mãe. Na residência do servidor, foi encontrada uma quantidade alta de dinheiro vivo.
Os investigados podem responder pelos crimes de corrupção ativa e passiva, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Além dos três mandados de prisão temporária, a Operação Ícaro cumpre ordens de busca e apreensão em residências e empresas. O MP pediu ainda a suspensão de Silva Neto das funções que exerce.
Sidney Oliveira foi detido provisoriamente em sua propriedade rural em Santa Isabel, na Grande São Paulo. Mario Otávio Gomes foi localizado em um apartamento na Zona Norte da capital paulista. A reportagem do BdF enviou pedido de posicionamento para as assessorias de imprensa da Ultrafarma e da Fast Shop, mas ainda não recebeu retorno.