Exames realizados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) neste sábado (19), indicaram que ele está com infecções pulmonares residuais, esofagite e gastrite. Ele cumpre prisão domiciliar desde o início do mês, mas recebeu autorização para realizar os procedimentos diagnósticos.
A equipe médica afirmou que o tratamento para as condições de Bolsonaro é exclusivamente medicamentoso e que não há necessidade de cirurgia ou internação. O réu por tentativa de golpe de Estado recebeu orientações nutricionais e de exercícios físicos e já voltou para casa.
Cláudio Birolini, médico-chefe da equipe que o operou em abril, informou que os exames também verificaram os resultados da cirurgia anterior, indicando que o trânsito intestinal está preservado e as hérnias resolvidas.
Birolini ressaltou que o refluxo persistente é, “provavelmente, a causa dessas pneumonias de repetição que ele tem tido”. A previsão é de acompanhamento clínico contínuo, com a possibilidade de exames adicionais nas próximas semanas, mas sem novas intervenções planejadas.
O ex-presidente está em prisão domiciliar por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele é investigado por suposta tentativa de interferência no processo em que é réu por tentativa de golpe de Estado. A apuração também envolve o filho dele, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL).
Paralelamente, o STF agendou para 2 de setembro a primeira sessão de julgamento da ação penal por tentativa de golpe. A Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa Bolsonaro de ser o “principal articulador, maior beneficiário e autor “das ações destinadas a romper o Estado Democrático de Direito após a derrota nas eleições de 2022.
Entre as acusações estão organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e dano qualificado contra o patrimônio da União. Caso seja condenado, as penas podem totalizar até 43 anos de prisão.