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Início Economia

Colapso iminente

China: Evergrande é retirada da Bolsa de Valores de Hong Kong em lenta queda da gigante imobiliária

Empresa imobiliária não conseguiu apresentar planos de reestruturação da dívida e caminha para o fim

25.ago.2025 às 14h52
Pequim (China)
Mauro Ramos
China: Evergrande é retirada da Bolsa de Valores de Hong Kong em lenta queda da gigante imobiliária

Logo da Evergrande em prédio em Nanjing, na província de Jiangsu em 13 de agosto de 2025 - AFP

As ações da Evergrande, segunda maior incorporadora imobiliária da China e a mais endividada do mundo, foram oficialmente retiradas da Bolsa de Valores de Hong Kong nesta segunda-feira (25).

A decisão havia sido anunciada no começo deste mês. A empresa estava suspensa desde 29 de janeiro de 2024, por conta de uma ordem de liquidação emitida por um tribunal de Hong Kong. Mas ela vinha com problemas nesse mercado de ações desde 2022.

A bolsa de Hong Kong tinha três demandas para retirar a suspensão da Evergrande. A principal era que a empresa conseguisse apresentar um plano de reestruturação da sua dívida e com isso conseguisse reverter a decisão do tribunal; a segunda era que demonstrasse que continua tendo negócios significativos; e a terceira, que tornasse transparente os relatórios financeiros, as dívidas aos acionistas e outros investidores.

Em 8 de agosto, a Evergrande recebeu uma notificação sobre o não cumprimento de nenhuma das demandas, com a consequente decisão de que sua listagem na bolsa de Hong Kong seria cancelada.

A dívida da empresa, fundada em 1996, é de mais de 2,4 trilhões de yuans (mais de R$ 1,8 trilhão).

Fraudes agravam ainda mais colapso da Evergrande

Em maio de 2024, a empresa recebeu uma multa recorde de 4,175 bilhões de yuans (R$ 3,1 bilhões) da Comissão Reguladora de Valores Mobiliários da China (CRVM) por fraude financeira e outras irregularidades.

A entidade afirmou que a Evergrande inflou receita e lucro nos relatórios anuais de 2019 e 2020. Em 2019, a receita foi aumentada em quase 214 bilhões de yuans (mais de R$ 161 bi) e o lucro em 40,7 bilhões de yuans (R$ 30,7 bi). Em 2020, os valores inflacionados foram de 350 bilhões de yuans (mais de R$ 264 bi) para receita e 51,3 bilhões de yuans (R$ 38,7 bilhões) para lucro.

Alguns meses antes, o governo chinês, por meio da CRVM, decidiu banir para sempre do mercado de valores mobiliários da China, o fundador e presidente da empresa, Xu Jiayin.

Ele foi acusado de “tomar decisões sobre fraude financeira, e organizá-la”. Xu Jiayin recebeu uma multa pessoal de 47 milhões de yuans (R$ 35,5 milhões).

As autoridades chinesas também penalizaram a PricewaterhouseCoopers (PwC), a multinacional com sede em Londres, Reino Unido, por falhar nas auditorias da Evergrande e aprovar relatórios financeiros com dados falsos.

Ao todo, a PwC foi multada em 325 milhões de yuans (R$ 245,7 milhões), teve a licença de operação da filial em Guangzhou revogada, e os negócios suspensos por seis meses.

A longa queda de um gigante imobiliário

A trajetória descendente da Evergrande começou bem antes de sua crise de liquidez se tornar pública. Desde 2016, a empresa já apresentava o nível de endividamento mais alto entre quase 200 incorporadoras imobiliárias chinesas, com uma relação entre lucro, antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA, na sigla em inglês), e dívida mais do que o dobro da média do setor.

O modelo de negócios da empresa baseava-se em uma estratégia arriscada: pedir empréstimos para aquisição de terrenos, vender imóveis antes de construí-los, usar esse dinheiro para pagar credores anteriores e financiar novos projetos. Essa dinâmica funcionou durante anos de crescimento acelerado da economia chinesa, mas se mostrou insustentável quando o governo central implementou controles mais rígidos sobre o crédito.

Em 2020, as autoridades chinesas introduziram as chamadas “três linhas vermelhas” – regulamentações que estabeleceram limites máximos de 70% para passivos sobre ativos, de 100% para dívida em relação ao capital próprio; e que as empresas não peguem empréstimos de curto prazo que superem o dinheiro em caixa. Essas medidas visavam conter o endividamento desenfreado no setor imobiliário.

Sob essas novas restrições, a Evergrande rapidamente se viu impossibilitada de rolar suas dívidas. Em 2021, a empresa não conseguiu reembolsar mais de US$ 100 milhões (R$ 557,25 milhões à época) a credores offshore e acumulava 1,5 milhão de imóveis sem finalizar. Após ter registrado lucro em 2020, relatou, em 2021, um prejuízo recorde de 476 bilhões de yuans (mais de R$ 329 bi).

Combate à “expansão desordenada do capital”

A queda da Evergrande não é um acidente isolado, mas o resultado de uma mudança deliberada na política econômica chinesa sob a liderança de Xi Jinping. Desde 2017, o presidente chinês vem implementando medidas para conter o que o governo denomina “expansão desordenada do capital”, especialmente no setor imobiliário.

“Não devemos esquecer que a habitação é para morar e não para especular”, disse Xi Jinping em seu relatório no 19º Congresso Nacional do Partido Comunista da China (PCCh) em 2017, ao anunciar que o governo avançaria na implementação de “um sistema habitacional que garanta o fornecimento através de múltiplas fontes, forneça apoio habitacional através de múltiplos canais e incentive tanto a compra como o aluguel”.

O governo chinês reconheceu que, embora o mercado imobiliário tenha desempenhado um papel fundamental no rápido desenvolvimento econômico do país, também se tornou uma fonte potencial de instabilidade sistêmica.

A estratégia atual busca transicionar a economia chinesa de um modelo baseado em crescimento rápido sustentado por especulação imobiliária para um “novo normal” apoiado em inovação tecnológica, desenvolvimento de energias renováveis e modernização industrial.

*Com informações da Agência de Notícias Xinhua

Editado por: Monyse Ravena
Tags: chinaevergrandemercado imobiliário
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