A prévia da inflação de agosto indica queda de 0,14% no índice, puxada pelo preço de alimentos, conta de luz e gasolina, que ficaram mais baratos. É o que revela o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado uma preliminar da inflação oficial no país, divulgado nesta terça-feira (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado de agosto é o menor desde setembro de 2022, quando o índice havia registrado queda de 0,37%, e a primeira deflação desde julho de 2023, quando o indicador ficou negativo em 0,07%. Em agosto do ano passado, a prévia da inflação marcou alta de 0,19%.
No acumulado de 12 meses, o IPCA-15 registra alta na inflação de 4,95%. Em julho, o acumulado era de alta de 5,3%.
Grupos
O preço dos alimentos e bebidas teve impacto significativo na queda da prévia da inflação, ao registrar recuo de 0,53%, em agosto. Este é o terceiro mês consecutivo de redução nos preços deste grupo, após nove meses seguidos de alta.
O custo da alimentação no domicílio teve queda de 1,02% em agosto, com destaque para a redução nos preços da manga (-20,99%), da batata-inglesa (-18,77%), da cebola (-13,83%), do tomate (-7,71%), do arroz (-3,12%) e das carnes (-0,94%).
O grupo transportes também registrou queda, puxada pelos preços das passagens aéreas (-2,59%), automóvel novo (-1,32%) e na gasolina (-1,14%). No total, o grupo teve deflação de 0,47% na prévia da inflação de agosto. Também houve redução nos preços do óleo diesel (-0,20%), do gás veicular (-0,25%) e do etanol (-1,98%).
O maior destaque de queda ficou com o grupo habitação, que registrou queda na prévia da inflação de 1,13%, no total. A redução foi puxada, principalmente, pela conta de luz, que baixou 4,93%. A baixa foi devida ao Bônus de Itaipu, do governo federal, desconto concedido a 80,8 milhões de consumidores.
O IPCA-15 considera os custos de uma cesta de produtos e serviços para famílias com rendimentos entre um e 40 salários mínimos, atualmente em R$ 1.518. A coleta de preços é realizada em 11 regiões metropolitanas: Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador, Curitiba, Brasília e Goiânia. A inflação de agosto será divulgado no dia 10 de setembro.
