A Prefeitura Municipal de Guaíba, por meio da Secretaria de Políticas para Mulheres, Direitos Humanos e Cidadania, encerrou nesta semana a programação do Agosto Lilás, campanha nacional de conscientização e enfrentamento à violência contra as mulheres.
Ao longo do mês, o município promoveu uma série de ações educativas e de mobilização. Entre elas, o painel itinerante que percorreu Unidades Básicas de Saúde (UBSs), o Projeto Guarda-Chuva nas escolas municipais, que aborda a violência de gênero de forma lúdica, e palestras organizadas pelo Centro de Referência de Atendimento à Mulher (Cram) para estudantes do ensino fundamental e médio. Também foram realizadas blitz de conscientização e atividades em empresas locais, ampliando a circulação de informações sobre a rede de apoio.
No eixo de geração de renda, 50 mulheres atendidas pelo Cram iniciaram no dia 4 de agosto cursos de design de sobrancelhas, manicure e pedicure. A proposta é fortalecer a autonomia financeira e abrir caminhos para a independência econômica.

Novos projetos anunciados
Durante a cerimônia de encerramento, a prefeitura lançou três iniciativas: Projeto de Aluguel Social, destinado a mulheres em risco de vida e situação de vulnerabilidade, com foco em segurança e dignidade. Convênio com a Delegacia Civil que prevê atendimento humanizado a mulheres vítimas de violência, além de jovens, idosos, população negra, LGBTQIAPN+ e pessoas com deficiência. Sala de Acolhimento “Bem Me Quer”, um espaço voltado a mulheres com câncer de mama e de colo de útero, que oferecerá apoio psicológico, orientação nutricional e acesso às Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS). O projeto foi idealizado pela primeira-dama Deisi Maranata, em parceria com a Secretaria de Saúde.

A psicóloga Milene Bordini, com 21 anos de atuação na área, destacou a relevância da inserção da Psicologia no atendimento policial. “A forma como a vítima é acolhida no primeiro contato pode ser determinante para que ela rompa o ciclo da violência. A presença de uma psicóloga desde o registro da ocorrência garante uma escuta qualificada, protegida e respeitosa, fortalecendo a rede de proteção e reafirmando o compromisso público com a dignidade e a vida”, afirmou.
A secretária de Políticas para Mulheres, Direitos Humanos e Cidadania, Thais Almara Quintana, ressaltou que os avanços resultam da articulação entre diferentes setores. “Nada disso seria possível sem o comprometimento da gestão e de toda a rede de apoio. Acreditamos que somente dando voz e ouvindo nossa comunidade poderemos construir um trabalho justo, comprometido e transformador.”