A campanha pacifista internacional No Cold War (Não à Guerra Fria, em tradução livre) manifestou apoio à Flotilha de Solidariedade Global Sumud que pretende furar o bloqueio marítimo imposto por Israel à Faixa de Gaza. A iniciativa foi criada em resposta à crescente hostilidade dos Estados Unidos contra a China e a favor de uma maior colaboração global para enfrentar os desafios atuais.
A flotilha Sumud reúne delegações de mais de 44 países, com partidas da Espanha, no domingo (31), e da Tunísia, na quinta-feira (4). Treze pessoas integram a delegação brasileira.
Por meio de nota divulgada em diversos idiomas, a No Cold War afirma que: “Como uma plataforma global contra a guerra e o genocídio, nós damos toda nossa solidariedade às pessoas corajosas que estão a bordo da Flotilha de Solidariedade Global Sumud para Gaza, que está a caminho do litoral de Gaza. E nós damos nossa solidariedade a todos os movimentos de protesto por Gaza”.
“Enviamos todo nosso amor e apoio a todas as pessoas nos barcos, e em especial aos nossos companheiros e companheiras – doutora Hanne Bosselaers (Medicina para o Povo, MPLP-GVHV, Bélgica) e Ayoub Habraoui (Partido Democrático dos Trabalhadores do Marrocos e da Juventude da Assembleia Internacional dos Povos).”
A organização já projeta uma reação de Israel às embarcações. “O genocídio do Estado de apartheid de Israel contra Gaza já causou uma fome catastrófica no território: isso é um absurdo total. Nós temos clareza de que Israel vai atacar a Flotilha de Solidariedade Global Sumud para Gaza e de que Israel não vai parar seu genocídio.”
A nota convoca “todas as pessoas ao redor do mundo” a se manifestarem para:
- Dar total solidariedade à Flotilha de Solidariedade Global Sumud para Gaza.
- Exigir um cessar-fogo imediato de Israel.
- Exigir que as Nações Unidas e outros órgãos possam levar comida, água e remédios para Gaza imediatamente.
- Exigir o fim de todo fornecimento de armas para Israel.
- Exigir um bloqueio total de energia em Israel.
- Exigir que nossos países cortem relações diplomáticas com Israel.
- Participar do Chamado da Sociedade Civil Palestina e Global para um Dia Global de Ação e Greve em 18 de setembro de 2025.
A Faixa de Gaza , com acesso totalmente controlado por Israel, sofre oficialmente com a fome, segundo a Classificação Integrada da Fase de Segurança Alimentar (IPC, na sigla em inglês), órgão ligado à Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo os organizadores, a ação é considerada uma das maiores missões de solidariedade internacional já feitas para Gaza.
A missão brasileira será composta pelos ativistas Bruno Gilga Rocha, Lucas Farias Gusmão, João Aguiar, Mohamad El Kadri, Magno Carvalho Costa, Ariadne Telles, Lisiane Proença, Thiago Ávila, Carina Faggiani, Victor Nascimento Peixoto e Giovanna Vial; a vereadora de Campinas Mariana Conti (Psol) e a presidenta do Psol do Rio Grande do Sul, Gabrielle Tolotti.
Segundo a Freedom Flotilla Brasil e o Global Movement to Gaza Brasil, a intenção da ação é criar um corredor humanitário para o transporte de comida, água e medicamentos para o povo palestino. Eles pretendem também romper o controle israelense sobre Gaza.
*Com informações da Agência Brasil