A primeira homenagem póstuma ao escritor Luis Fernando Verissimo foi anunciada no último sábado (30), poucas horas após a confirmação de sua morte. O nome do autor gaúcho será dado ao Centro de Pesquisa e Ensino do futuro complexo hospitalar do Grupo Hospitalar Conceição (GHC), em Porto Alegre. A declaração foi feita pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, durante a assinatura do contrato que marca o início da estruturação do projeto.
“Vamos homenagear Luis Fernando Verissimo. O novo centro de pesquisa e ensino se chamará Centro de Pesquisa e Ensino Luis Fernando Verissimo, para que sua obra e significado inspirem a formação, a pesquisa e o ensino no Grupo Hospitalar Conceição”, afirmou o ministro. Ele também transmitiu solidariedade à família do escritor e disse que levaria pessoalmente as condolências do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao velório.
O anúncio ocorreu no 1º Congresso do GHC, que reuniu gestores e profissionais de saúde. Além de Padilha, participaram da assinatura do documento a diretora de Programa da Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos (SEPPI/Casa Civil), Mara Souza; o diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Nelson Barbosa; e o diretor-presidente do GHC, Gilberto Barichello.
Novo hospital 100% SUS
O contrato assinado com o BNDES prevê a estruturação de uma Parceria Público-Privada (PPP) para viabilizar a construção do hospital. O investimento estimado é de R$ 1 bilhão, com prazo de cinco anos para conclusão.
O novo complexo será erguido em um terreno adquirido pelo GHC em frente ao Hospital Nossa Senhora da Conceição, na zona norte da capital, por meio de permuta com o Grupo Zaffari. A obra reunirá os serviços hoje prestados pelo Hospital Fêmina, pelo Hospital da Criança Conceição e pelo Centro Obstétrico do Hospital Nossa Senhora da Conceição (CO-HNSC), além de abrigar um Centro de Apoio ao Diagnóstico e Terapia (CADT).
A estrutura projetada inclui leitos clínicos e cirúrgicos, salas de cirurgia de alta complexidade, emergências especializadas, banco de leite humano, ambulatórios e unidades de terapia intensiva neonatal e pediátrica. O complexo será totalmente integrado ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo o diretor-presidente do GHC, Gilberto Barichello, o prédio atual do Hospital Fêmina, avaliado em mais de R$ 80 milhões, será colocado à venda. Ele também afirmou que a expectativa é que a nova estrutura esteja concluída em até cinco anos.