O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) compareceu, na tarde desta terça-feira (2), ao velório do jornalista Mino Carta, em São Paulo (SP). A cerimônia ocorreu no Cemitério São Paulo, em Pinheiros, zona oeste da capital. Mino Carta morreu aos 91 anos, após duas semanas internado na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Sírio-Libanês.
Lula chegou ao local por volta das 15h10, acompanhado do ministro do Trabalho, Luiz Marinho (PT), e do chefe da Secretaria de Comunicação (Secom), Sidônio Palmeira. Também estiveram presentes os deputados petistas Rui Falcão e Carlos Zarattini, além do presidente nacional do PT, Edinho Silva.
A agenda do presidente foi alterada especialmente para a ocasião. A ida ao velório ocorre no mesmo dia em que o Supremo Tribunal Federal (STF) iniciou o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), acusado de articular tentativa de golpe de Estado.
Homenagem e luto oficial
Mais cedo, Lula divulgou nota oficial lamentando a morte de seu “amigo de quase cinquenta anos” e decretou luto oficial de três dias em todo o país. O presidente descreveu Mino Carta como uma figura “corajosa, crítica e comprometida com um país justo e igualitário”.
Na mensagem, Lula afirmou que o jornalista “fez história ao criar e dirigir algumas das principais revistas brasileiras” e destacou seu papel durante o regime militar. “As publicações que dirigia denunciavam o abuso dos poderosos e traziam a voz daqueles que clamavam por liberdade”, escreveu.
O presidente também relembrou a relação construída entre ambos desde o fim da década de 1970, quando Mino Carta foi o primeiro editor a dar destaque ao então sindicalista em uma capa de revista. “Desde então, nossas trajetórias seguiram se cruzando. Eu, como liderança política, ele, como um jornalista que, sem abdicar de sua independência, soube registrar as mudanças do Brasil”, declarou Lula.