O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) no Distrito Federal realizou uma ação na manhã desta terça-feira (2) em frente à residência do ex-presidente Jair Bolsonaro, em um condomínio localizado no Jardim Botânico, em Brasília.
Um boneco com a imagem de Bolsonaro presidiário foi erguido na frente do local junto a uma faixa onde se lia Bolsonaro na Cadeia. Durante o ato, os manifestantes foram hostilizados por apoiadores do ex-presidente, mas continuaram no local mesmo após as investidas do grupo contrário. Bolsonaro começou a ser julgado nesta terça, no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.
“Hoje é um dia histórico, dia que pela primeira vez militares estão sentados no banco dos réus. Nós acreditamos nas instituições brasileiras e o povo brasileiro jamais se curvará a outra nação. Somos soberanos e contamos com a punição dos responsáveis pelos atos golpistas e pelo atentado à nossa soberana democracia brasileira”, destacou Eduardo Borges, da coordenação nacional do MTST.
Ao longo do dia, outros coletivos realizaram ações com pedidos de apoio ao julgamento que deve terminar no dia 12 de setembro. Ainda na manhã desta terça (2), o Comitê de Luta do Jardim Botânico realizou uma manifestação simbólica e ergueu um boneco inflável gigante com a imagem de Bolsonaro como presidiário nas proximidades da Ponte JK – que liga a região do Jardim Botânico ao Plano Piloto. Ao lado do boneco, uma faixa foi estendida com a frase: Sem anistia para fascistas.
Ainda pela manhã, o Diretório Zonal do PT Cruzeiro/Sudoeste/ Octogonal, realizou um faixaço na passarela da Octogonal, final da Estrada Parque Taguatinga, mais conhecida como EPTG, rodovia do Distrito Federal.

Também para marcar o início do julgamento, o Coletivo Borda Luta realizou uma vigília por Justiça Social e Ética na Política, em conjunto com o Coletivo Alvorada. Na manifestação, as bordadeiras erguem uma faixa com a frase: Sem Anistia para golpistas! Ditadura Nunca Mais!
Julgamento
O primeiro dia da sessão de julgamento foi dividido em dois momentos: no primeiro, pela manhã, falaram o relator da ação penal, o ministro Alexandre de Moraes e o procurador-geral da República, Paulo Gonet.
A parte da tarde ficou reservada para as alegações finais das defesas do réu. O julgamento seguirá por mais oito sessões, com a votação final prevista para o dia 12 de setembro.