O vice-líder do governo na Câmara dos Deputados, Rogério Correia (PT-MG), defendeu que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), seja preso por tentar atrapalhar o julgamento da ação penal que apura a tentativa de golpe de Estado no Brasil, na qual é réu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ex-ministros e militares do Exército brasileiro.
“Tarcísio tinha que ser preso pelo Alexandre de Moraes e ficar preso aqui até terminar o julgamento, para não fazer agitação contra o Supremo Tribunal Federal e a democracia”, declarou o parlamentar ao Brasil de Fato.
O governador paulista escolheu a data de início do julgamento no STF para viajar a Brasília e realizar uma série de reuniões para tratar da aprovação da anistia para os condenados pela tentativa de golpe.
Na avaliação de Correia, na ausência de apoio popular à proposta de anistiar os golpistas, os quadros do bolsonarismo tem investido na pressão sobre os presidentes da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), e do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) para pautar a matéria em plenário.
“Eu acho que eles estão se enfraquecendo, do ponto de vista popular. Pode olhar aqui hoje, não tem uma alma bolsonarista aqui na frente do Supremo, porque eles estão frágeis socialmente. A maioria do povo brasileiro quer um julgamento correto, que é um julgamento técnico, mas isento e firme”, pontuou Correia.
O julgamento começou nesta terça-feira (2) continua na quarta (3), sendo suspenso e retomado na terça-feira (9) da próxima semana, com sessões marcadas para a quarta (10) e sexta (12), quando deve sair uma sentença.
O Brasil de Fato entrou em contato com a equipe de Tarcísio de Freitas, mas não obteve retorno até o momento da publicação desta matéria. O espaço segue aberto.
