Morreu, nesta segunda-feira (8), a cantora, compositora e pianista Angela Ro Ro, aos 75 anos. Ela estava internada desde junho no Hospital Silvestre, no Rio de Janeiro, com uma infecção pulmonar que se agravou com um segunda infecção.
Em 10 de junho, a cantora postou em seu perfil no Instagram uma foto do próprio rosto, com a legenda “É nítido o quadro de anemia e fraqueza em que me encontro, assim fazendo demorar o resultado de outros exames. Peço força e fé de vocês para superar. Grata com amor e humor”. Naquele mês, Angela cancelou shows em decorrência dos problemas de saúde.
Ângela Maria Diniz Gonçalves não deixa filhos e não era casada. Segundo nota divulgada pelo Hospital Silvestre, ela estava sendo acompanhada por sua atual companheira, com quem partilhou a vida nos últimos 4 anos e que preferiu não se identificar.
A artista, considerada uma das pioneiras do rock nacional e da MPB nos anos 1970 e 1980, começou a estudar piano clássico aos 5 anos e ganhou o apelido Ro Ro, devido à sua voz grave, ainda na infância. A vida profissional começou em bares do Rio de Janeiro nos anos 1970. Antes da fama, ela morou em Londres, onde trabalhou como garçonete e faxineira.
Em 1979, cinco anos após voltar ao Brasil, a cantora lançou seu primeiro disco: Angela Ro Ro, que trazia músicas que seriam grandes sucessos, como ‘Amor Meu Grande Amor’ e ‘Tola Foi Você’.
Além da música, Angela Ro Ro se destacou no movimento LGBT+, como uma das primeiras vozes no mundo artístico na luta contra a lesbofobia.
A artista ançou 10 álbuns de estúdio: Angela Ro Ro (1979); Só Nos Resta Viver (1980); Escândalo! (1981); Simples Carinho ; (1982); A Vida é Mesmo Assim (1984); Eu Desatino (1985); Prova de Amor (1988); Acertei no Milênio (2000); Compasso (2006); e Selvagem (2017). Ela lançou ainda três álbuns ao vivo: Nosso Amor ao Armagedon (1993); Ao Vivo (2006); e Feliz da Vida! (2013).