Professores, estudantes e movimentos sociais realizaram um Dia Nacional de Luta em Defesa da Uemg e do Patrimônio das Universidades de Minas Gerais, nesta quarta-feira (10). O ato teve como eixo central a denúncia contra o projeto de privatização da Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg) e a reforma administrativa proposta pelo governo de Romeu Zema (Novo).
Com palavras de ordem como “UEMG é patrimônio do povo mineiro” e “Zema, tire as mãos do patrimônio dos mineiros”, manifestantes protestaram em frente à Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Caravanas de diversas regiões se deslocaram até a capital mineira, onde participaram de atos públicos, audiências e debates.
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A mobilização foi marcada por uma audiência pública organizada pela deputada estadual Beatriz Cerqueira (PT), que discutiu a autonomia universitária. Durante a tarde, Beatriz e mais 36 parlamentares protocolaram uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que garante às universidades estaduais (Uemg e Unimontes) autonomia didático-científica, administrativa, financeira e patrimonial, vedando interferências do Executivo.
O texto da PEC foi elaborado de forma coletiva por professores, estudantes, a Associação dos Docentes da Universidade do Estado de Minas Gerais (ADUEMG), o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES) e demais setores da comunidade acadêmica. A medida busca barrar a tramitação de projetos de lei do governo Zema, como o PL 3.733/2025, que prevê a venda de bens da universidade, e o PL 3.738/2025, que abre caminho para a privatização da Uemg.
Além da universidade, o pacote de privatizações do governador inclui empresas estratégicas do estado, como a Copasa, a Cemig, a Codemge e a Codemig, no âmbito do Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag), negociado com a União.