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em meio ao genocídio

Brasil zera exportações de petróleo para Israel em 2025, apontam dados oficiais

Queda contrasta com aumento de 51% em 2024 e pode ser uma resposta a pressões contra o genocídio palestino

11.set.2025 às 18h44
Patrícia de Matos
|Opera Mundi
RJ será o segundo estado mais afetado pela taxação dos EUA

- Bruno Castro/Petrobras

Dados do Comex Stat, sistema estatístico do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), apontam que, de janeiro a agosto deste ano, não há registros de exportações de petróleo brasileiro para Israel, em um total de US$ 25,7 bilhões referentes à venda de petróleo cru. Constata-se apenas US$ 325,2 mil referentes a derivados (óleos combustíveis de petróleo e minerais betuminosos).

Esses números contrastam com 2024, quando o Brasil exportou 2,9 milhões de barris para clientes israelenses, no valor US$ 215,9 milhões, o que representou um aumento de 51% sobre o ano anterior. As informações são do anuário da Agência Nacional de Petróleo (ANP).

A série histórica mostra que não há registro de exportações de petróleo do Brasil para Israel entre 2015 e 2020. O fluxo comercial começa apenas em 2021, durante o governo de Jair Bolsonaro. No ano seguinte, o volume saltou para 11,9 milhões de barris, quando houve uma intensificação repentina da relação comercial entre os dois países.

Em 2023, entretanto, o movimento perde força: as exportações caem para 1,9 milhão de barris, volume consideravelmente menor do que o do ano anterior. Já em 2024, poucos meses após o início da ofensiva militar israelense na Faixa de Gaza, o fluxo aumentou novamente – ainda assim, pouco mais da metade do que havia sido registrado em 2022.

Reações

Em resposta à consulta realizada pela reportagem de Opera Mundi, o MDIC enviou uma nota assinada por sua assessoria de imprensa na qual afirma que a queda nas exportações “provavelmente está relacionada a movimentos de mercado” e destacou que as razões precisam ser investigadas junto ao setor privado.

Já a Petrobras informou que “comercializa petróleo por meio de venda direta para refinarias estrangeiras e não mantém controle de suas entregas até o destino”. A estatal afirmou ainda que não vende a matéria-prima para Israel desde 2023.

Por sua vez, a ANP disse a que “enquanto agência reguladora não participa da formação de política públicas relacionadas ao comércio exterior” e que “não tem nenhum tipo de regulação que restrinja ou incentive países de destino de exportação”.

Apesar de reconhecer o seu papel como responsável por autorizar as operações de empresas de petróleo exportadoras, a autarquia não deu mais informações sobre quais companhias teriam suspendido a venda de petróleo para Israel.

O movimento sindical dos petroleiros também reagiu. Para os sindicalistas, a interrupção nas exportações pode refletir decisões políticas do governo diante de pressões da sociedade civil. Em maio deste ano, a Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) enviaram uma carta ao presidente Lula em que reivindicaram o embargo energético a Israel, em razão do genocídio contra o povo palestino em Gaza.

O documento foi entregue antes que as entidades tivessem conhecimento de que em 2025 não houve exportação para Israel. “Estamos sabendo agora, pelos dados do MDIC, que não houve exportação neste ano. Ficamos satisfeitos e vamos manter a pressão do movimento sindical sobre o governo para que não haja retomada. Não consigo entender outro motivo que justifique isso a não ser político, algo interno no governo”, disse Rodrigo Araújo, diretor do Sindicato Unificado dos Petroleiros de São Paulo (Sindipetro).

Para Mahatma Ramos, diretor técnico do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (Ineep), a interrupção das exportações para Israel provavelmente se deve à combinação de fatores comerciais e políticos: redirecionamento do petróleo para outros parceiros mais promissores e pressão pelas denúncias contra o genocídio palestino.

No final do ano passado, o Ineep pediu à Petrobras mais informações sobre o rastreio da exportação de petróleo para Israel. A empresa negou, em comunicado formal ao instituto, vendas diretas a esse país. Não foram obtidas, no entanto, informações sobre quem foi o responsável pela comercialização da matéria-prima.

“A postura do Ineep foi de se posicionar contra as exportações e a favor do embargo energético a Israel, junto a outros atores da sociedade civil (…) o nosso posicionamento é de que o petróleo não é uma commodity qualquer, seu uso vai além de fins industriais e se estende a objetivos bélicos”, defendeu Mahatma.

Campanha internacional

No início de agosto, a relatora especial da ONU para os territórios palestinos, Francesca Albanese, acusou diversas multinacionais de “se beneficiarem do genocídio” em Gaza, incluindo quatro com operações na América Latina – entre elas a Petrobras.

Desde o início do genocídio em Gaza, diversas organizações da sociedade civil brasileiras e redes internacionais se mobilizam para construir um cerco econômico a Israel. Além das centrais sindicais e instituições como o Ineep e a FUP, destaca-se a campanha BDS (Boicote, Desinvestimento e Sanções), que articula pressões para a interrupção de relações comerciais e estratégicas com empresas israelenses em diversos continentes desde 2005, especialmente nos setores de energia e armamentos.

Conteúdo originalmente publicado em Opera Mundi

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