O 58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, o mais longevo e tradicional do país, começa nesta sexta-feira (12) e vai até o dia 20 de setembro com uma programação extensa e comemorativa que celebra os 60 anos da sua criação. Com 80 filmes, o evento ocupa o Cine Brasília e se espalha por outras regiões do DF, reafirmando sua centralidade no audiovisual brasileiro.
A abertura do festival ocorre nesta sexta-feira (12) com a exibição do filme O Agente Secreto de Kleber Mendonça Filho.
As exibições vão ocorrer entre os dias 12 e 20 de setembro, no Cine Brasília, Planaltina, Gama e Ceilândia e serão distribuídas em seis mostras principais e sessões especiais, entre elas a Mostra Competitiva Nacional, com sete longas e doze curtas, e a tradicional Mostra Brasília, que chega à sua 27ª edição, com produções locais concorrendo ao Troféu Câmara Legislativa e a uma premiação recorde de quase R$ 300 mil.
Além da pluralidade temática, a equidade de gênero e raça se destacam na direção dos filmes selecionados, com forte presença de realizadoras mulheres, negros e indígenas. Entre os destaques estão o longa O Agente Secreto de Kleber Mendonça Filho, com Wagner Moura, que abre o evento após passar por Cannes e Lima; e o encerramento com A Natureza das Coisas Invisíveis da brasiliense Rafaela Camelo, premiado em festivais internacionais.
As mostras paralelas buscam trazer ainda mais potência à programação. A Caleidoscópio, por exemplo, reúne longas experimentais que rompem com os formatos tradicionais, enquanto a Coletivas Identidades debate temas sociais urgentes. Já a Mostra História(s) do Cinema Brasileiro propõe um diálogo entre o passado e o presente, com filmes assinados por nomes como Julio Bressane e Henrique Dantas.
E não poderia faltar homenagem aos grandes nomes do cinema nacional. A lendária Fernanda Montenegro será agraciada com o Troféu Candango pelo Conjunto da Obra, celebrando sua longa trajetória e ligação com o festival, que começou ainda na Semana do Cinema Brasileiro em 1965, quando ela recebeu o prêmio de Melhor Atriz. Também serão homenageados o ator brasiliense Chico Sant’Anna, a cineasta Lúcia Murat e a pesquisadora Ivana Bentes.
A programação também inclui o Festivalzinho, com filmes infantis, e a Conferência Nacional do Audiovisual, que promove debates e construção de políticas públicas para o setor. Além disso, o Ambiente de Mercado oferece oportunidades para produtores apresentarem projetos a players nacionais e internacionais.
A entrada para todas as sessões é gratuita. A programação completa está disponível no site do Festival.
Confira os filmes das mostras
Mostra Competitiva Nacional – Longas
Morte e Vida Madalena, de Guto Parente (CE)
Xingu à Margem, de Wallace Nogueira e Arlete Juruna (BA)
Quatro Meninas, de Karen Suzane (RJ)
Corpo da Paz, de Torquato Joel (PB)
Aqui Não Entra Luz, de Karol Maia (MG)
Assalto à Brasileira, de José Eduardo Belmonte (SP)
Futuro Futuro, de Davi Pretto (RS)
Mostra Competitiva Nacional – Curtas
Logos, de Britney (RS)
Safo, de Rosana Urbes (SP)
Dança dos Vagalumes, de Maikon Nery (PR)
Faísca, de Bárbara Matias Kariri (AC)
Laudelina e a Felicidade Guerreira, de Milena Manfredini (RJ)
Boi de Salto, de Tássia Araújo (PI)
Couraça, de Susan Kalik e Daniel Arcades (BA)
A Pele do Ouro, de Marcela Ulhoa e Yare Perdomo (RR)
Cantô Meu Alvará, de Marcelo Lin (MG)
Ajude Os Menor, de Janderson Felipe e Lucas Litrento (AL)
Replika, de Piratá Waurá e Heloisa Passos (MT)
Fogo Abismo, de Roni Sousa (DF)
Mostra Brasília – Longas
Vozes e Vãos, de Edileuza Penha de Souza & Edymara Diniz
Mil Luas, de Carina Bini
Maré Viva Maré Morta, de Claudia Daibert
A Última Noite da Rádio, de Augusto Borges
Menino Quem Foi Seu Mestre?, de Rafael Ribeiro Gontijo e Sandra Bernardes
Mostra Brasília – Curtas
Notas Sobre a Identidade, de Marisa Arraes
Dizer Algo Sobre Estar Aqui, de Vaga-mundo: poéticas nômades
O Bicho Que Eu Tinha Medo, de Jhonatan Luiz
A Brasiliense, de Gabmeta
O Fazedor de Mirantes, de Betânia Victor e Lucas Franzoni
Rainha, de Raul de Lima
Terra, de Leo Bello
Dois Turnos, de Pedro Leitão
Três, de Lila Foster
O Cheiro do Seu Cabelo, de Clara Maria Matos
Rocha: Substantivo Feminino, de Larissa Corino e Patrícia Meschick
Mostra Caleidoscópio
Nosferatu, de Cristiano Burlan
Palco Cama, de Jura Capela
Atravessa Minha Carne, de Marcela Borela
Uma Baleia Pode Ser Dilacerada Como Uma Escola de Samba, de Marina Meliande, de Felipe M. Bragança
Nimuendajú, de Tania Anaya
Mostra Festival dos Festivais
Cais, de Safira Moreira
A Mulher Sem Chão, de Auritha Tabajara e Débora McDowell
Vasta Natureza de Minha Mãe, de Aristótelis Tothi e Inez dos Santos
As Travessias de Letieres Leite, de Iris de Oliveira e Day Sena
MOSTRA COLETIVAS IDENTIDADES
Pau d’Arco, de Ana Aranha
Notas Sobre um Desterro, de Gustavo Castro
A Voz de Deus, de Miguel Antunes Ramos
Mostra História(s) do Cinema Brasileiro
Relâmpagos de Críticas Murmúrios de Metafísicas, de Julio Bressane e Rodrigo Lima
Os Ruminantes, de Tarsila Araújo e Marcelo Mello
Anti-heróis do Udigrudi Baiano, de Henrique Dantas
Sessões Especiais
Sérgio Mamberti – Memórias do Brasil, de Evaldo Mocarzel
Para Vigo Me Voy, de Lírio Ferreira e Karen Harley
O Nordeste sob a Caravana Farkas, de Arthur Lins e André Moura Lopes
Hora do Recreio, de Lúcia Murat (Prêmio Leila Diniz)
DF Ontem, Hoje e Amanhã – O Cego Estrangeiro, de Marcius Barbieri e O Socorro Não Virá, de Cibele Amaral
60 anos do Festival de Brasília
São Paulo Sociedade Anônima, de Luiz Sérgio Person
A Falecida, de Leon Hirszman
Vinil Verde; Noite de Sexta Manhã de Sábado; e Recife Frio, de Kleber Mendonça Filho
Clássicos Brasileiros
Terceiro Milênio, de Jorge Bodanzky e Wolf Gauer
A Lenda de Ubirajara, de André Luiz Oliveira
Viramundo, Geraldo Sarno; Nossa Escola de Samba, Manuel Horacio Giménez; Hermeto, Campeão, de Thomaz Farkas
Homenagem a Jean-Claude Bernardet
Mensagem de Sergipe
O Homem do Fluxo
Vim e Irei como uma Profecia
Homenagem a Kiarostami
Festivalzinho
Quando A Gente Menina Cresce, de Neli Mombelli
Hacker Leonilia, de Gustavo Fontele Dourado
Notícias da Lua, de Sérgio Azevedo
A História de Ayana, de Cristiana Giustino e Luana Dias
Seu Vô e a Baleia, de Mariana Elisabetsky
Baú, de Matheus Seabra e Vinicius Romadel
Serviço
58º Festival de Brasília do Cinema Brasileiro
De 12 a 20 de setembro de 2025
Cine Brasília (106/107 Sul), Sesc Gama, Sesc Ceilândia, Complexo Cultural de Planaltina
A programação completa está disponível no site do Festival.
Entrada gratuita