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Início Opinião

Conquista

Maria Rita: uma trajetória de luta, educação popular e transformação social

O diploma para a camponesa vai ser mais um instrumento de luta

11.set.2025 às 16h55
Murici (AL)
Edcleide Da Rocha Silva
Maria Rita: uma trajetória de luta, educação popular e transformação social

Irmã Rita afirma que vai fazer do diploma mais uma ferramenta em sua luta - Foto: Arquivo pessoal

Nascida em 15 de maio de 1972, Maria Rita Rosa dos Santos — conhecida como Irmã Rita no território alagoano — é símbolo de resistência, sabedoria e inspiração para as mulheres camponesas do Brasil. Sua trajetória entrelaça fé, militância e educação popular, revelando o poder transformador da organização coletiva.

Ainda adolescente, aos 13 anos, começou a participar das lutas sociais em Sergipe, estado onde viveu sua infância e juventude. Foi ali, junto às Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), que Irmã Rita iniciou sua militância, em um contexto marcado pela mobilização popular contra a ditadura militar e pela reconstrução dos direitos civis do povo brasileiro.

Com a redemocratização do país e a promulgação da Constituição Federal de 1988, Maria Rita passou a atuar em Alagoas, fortalecendo a articulação das Mulheres Trabalhadoras Rurais e a Comissão Pastoral da Terra (CPT). Seu nome “Irmã Rita” surgiu da convivência com freiras da Teologia da Libertação, com quem muito caminhou e aprendeu sobre a importância da organização, formação e luta das mulheres do campo. Foi então rebatizada como Irmã Rita de Murici, em referência ao território onde atua.

Em 2004, participou da consolidação das articulações que culminaram na criação oficial do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), durante o 1º Congresso Nacional do Movimento — um marco histórico na luta por autonomia, dignidade e direitos das mulheres rurais.

Assentada da reforma agrária no Assentamento Dom Helder Câmara, Irmã Rita é uma educadora popular comprometida com a formação política e social das mulheres do campo. Sua atuação é marcada pela defesa da Segurança Alimentar e Nutricional (SAN), da alimentação saudável, da saúde natural, das plantas medicinais e das sementes crioulas — temas que a levaram a buscar formação técnica em alimentos.

Na última terça-feira (9), aos 53 anos, realizou um sonho antigo: concluiu o Ensino Médio Técnico em Alimentos pelo Instituto Federal de Alagoas (Ifal), campus Murici. A formatura foi celebrada como uma conquista coletiva, reconhecida como símbolo da luta popular alagoana e do MMC, que há décadas constrói caminhos de emancipação para as mulheres do campo. “Quando uma mulher avança o mundo avança junto”, disse.

Durante a cerimônia, suas palavras emocionaram a todos: “Às vezes lutamos pela liberdade e pelos direitos das companheiras, e nos realizamos quando as jovens conseguem aquilo que não tivemos. Mas às vezes é preciso também garantir nossos próprios sonhos. Eu tinha o sonho de me formar para poder ocupar espaços que nos são negados pela vida, só porque não temos um diploma. Hoje eu saio dessa celebração com a formatura no coração e nas mãos. É uma conquista minha e do MMC-AL, pois esse movimento é nossa vida!”

A história de Maria Rita é um convite à esperança e à ação. Que, por meio dela, muitas outras mulheres camponesas se reconheçam e se sintam encorajadas a ocupar espaços de formação, liderança e transformação. Como diz a canção que embala tantas lutas populares: “Sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só, mas se sonhamos juntas, é realidade.”

*Edcleide da Rocha Silva é Doutoranda em Educação pela UFAL e militante do MMC-AL

**Este é um artigo de opinião e não necessariamente representa a linha editorial do

Editado por: Marcelo Ferreira
Tags: agricultura camponesamulheres camponesas

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