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Início Bem Viver Agroecologia

SAÚDE COMUNITÁRIA

Projeto ‘Pátio do Bem-Viver’ promove ‘dia de abraço’ à mulheres do campo em Pelotas (RS)

Primeiro de três encontros ocorre no Sítio Vale Sagrado, contando com apoio da Embrapa e deputadada Maria do Rosário

11.set.2025 às 17h04
Porto Alegre (RS)
Marcos Corbari
Projeto ‘Pátio do Bem-Viver’ promove ‘dia de abraço’ à mulheres do campo em Pelotas (RS)

Evento viabiliza um dia de encontro e fortalecimento para mulheres do campo - Foto: Arquivo/Sítio Vale Sagrado

As mulheres do campo – trabalhadoras rurais, pescadoras, quilombolas, indígenas e suas famílias – estão sendo convidadas a um dia especial, voltado ao bem viver, no Sítio Vale Sagrado, comunidade da Cascata, em Pelotas (RS). No último sábado de setembro (27), acontece o primeiro de três encontros do projeto ‘Pátio do Bem-Viver: um dia de descanso e saúde integral comunitária’, que conta com a participação da Embrapa Clima Temperado e do gabinete da deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) na realização.

O projeto tem como objetivo promover a saúde e bem viver das mulheres, fortalecendo seu protagonismo, através do descanso e do fortalecimento dos vínculos comunitários. É um evento totalmente gratuito, contando com atividades culturais, terapêuticas e educativas, aprofundando o sentido da agroecologia. A iniciativa valoriza saberes tradicionais e práticas agroecológicas como caminhos de autonomia e sustentabilidade.

Conforme explicam as organizadoras Esmeralda Mariana Franco e Mainá Maíra Borges, o Pátio do Bem-Viver busca expandir a influência da agroecologia na região Sul, já que mulheres fortalecidas multiplicam impactos positivos em suas famílias e comunidades. “Essa atividade nasce do encontro de corações e comunidades que querem cultivar a agroecologia de uma maneira mais profunda, inspirada no bem-viver dos povos andinos (Sumak Kawsay no idioma Quíchua), dando a devida importância para as práticas cotidianas, como o saber comer, saber dançar, saber meditar, saber respirar”, comenta Esmeralda.

“É um espaço para cultivar a saúde comunitária, laços e afetos. Mas também é espaço de resistência que acolhe as mulheres do campo que sustentam as comunidades tradicionais, originárias, de luta e de preservação da vida”, aponta Mainá, colocando em evidência a construção dos momentos de troca e partilha de igual para igual entre todas as mulheres. “Buscamos a harmonia que ensinam todos os povos que não perderam a sua ligação com a terra”, completa.

Alerta para a tripla jornada

O encontro é prioritariamente voltado a saúde e ao bem-estar das mulheres do campo, mas também serve como alerta e denuncia a respeito da tripla jornada executada pelas mulheres trabalhadoras rurais, que acumulam o trabalho executado na produção lado a lado com homens, mas na imensa maioria dos casos tem sobre sua responsabilidade única as tarefas domésticas e o cuidado com a família. Sem que haja uma divisão justa dessas responsabilidades, é gerada sobrecarga, sensação de trabalho constante, acúmulo de cansaço e culpa, afetando autonomia e bem-estar.

Cerenita Rosa da Silva, assentada da reforma agrária em Canguçu, está integrada à atividade e mobilizando companheiras no seu território: “Nós vínhamos há muito tempo pensando em fazer um encontro voltado para as mulheres neste espaço, no Vale Sagrado. É um projeto importante para todas nós, um dia de sintonia, todas juntas, participando coletivamente”. Integrante do setor de Educação do Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais Sem Terra (MST) no seu município, Silva demonstra alegria pela oportunidade proporcionada: “Estamos felizes, é gratificante conseguir viabilizar uma atividade como essa e proporcionar um momento diferenciado de convívio e de organização para as mulheres”.

Primeiro de três eventos demarca início do projeto / Divulgação

Um dia de convívio e bem-estar

A programação conta com sessões de massagem terapêutica para cada mulher; práticas de meditação, yoga e exercícios para promover a vitalidade e dança com foco no alívio de tensões pélvicas das mulheres; cortes de cabelo  para as mulheres; roda de conversa mediada sobre Agroecologia e o Bem-Viver; oficina de ginecologia natural; farmácia viva com transmissão de saberes ancestrais de plantas medicinais; oficina de artesanato e de cerâmica com enfoque no resguardo da cultura tradicional e do cuidado; oficinas de tecnologias sustentáveis para enfrentar o colapso; exposição fotográfica, entrevistas e debates com professor da UFpel especializados na cultura do Bem-Viver; apresentações musicais ao vivo; feira rural com venda de produtos agroecológicos, artesanatos, gratifeira e brechó; troca de sementes crioulas e mudas; cozinha artesanal com café da manhã, almoço e lanche da tarde coletivo gratuito, preparado por merendeiras da região; apresentações musicais ao vivo, com destaque para artistas locais, para terminar o encontro com baile.

Os homens e crianças que estiverem presentes também serão bem acolhidos e terão espaços e atividades em separado para aproveitarem o dia. As crianças serão atendidas por recreadores infantis e terão oportunidade de participar de trilha, banho de rio, jogo de futebol, brincadeiras na floresta, teatro infantil, jogos da cultura popular e oficina de brincadeiras Kaingangs. Já os homens terão a sua disposição roda de mate e a possibilidade de participar de trilhas.

A participação é gratuita e interessadas tem apenas que garantir sua inscrição prévia no site www.agenciapacha.com.br/patiodobemviver . O transporte fica a cargo de cada participante ou dos coletivos onde estiver inserida. Os próximos dois encontros já tem data definida: 18 de outubro e 29 de novembro, no mesmo local. Uma quarta data ainda está para ser programada.

Constam como apoiadores do evento a ONG Pachamama, Fórum da Agricultura Familiar, Cáritas, Equipe de Enfermeiras Obstetras Las Comadronas, Infoteca Pacha e Secretaria de Mulheres do Partido dos Trabalhadores (PT/Pelotas).

Para saber mais

O projeto Pátio do Bem-Viver é inspirado nos 13 princípios do bem-viver (Sumak Kawsay), filosofia andina que propõe uma alternativa ao desenvolvimento capitalista, este projeto busca promover a harmonia entre as mulheres, suas comunidades e a natureza.

Segundo Fernando Huanacuni, indígena aymara jurista, pesquisador, ativista e político da Bolívia, os 13 princípios são baseados na cosmovisão andina e refletem uma filosofia de vida que valoriza a harmonia com a natureza, a comunidade e o equilíbrio individual.

  • Viver em plenitude: Buscar uma vida equilibrada e harmoniosa em todos os aspectos (físico, emocional, espiritual e comunitário). Reverenciar a Mãe Terra antes de tudo.
  • Saber comer: Consumir alimentos naturais e saudáveis, respeitando os ciclos da natureza.
  • Saber beber: Valorizar a água como fonte de vida e usá-la com consciência e respeito.
  • Saber dançar: Expressar alegria e conexão com a vida através da dança e da celebração.
  • Saber trabalhar: Realizar atividades com propósito, contribuindo para o bem comum.
  • Saber meditar: Cultivar o silêncio interior e a conexão com o cosmos.
  • Saber pensar: Desenvolver pensamentos positivos e construtivos, em harmonia com a comunidade e a natureza.
  • Saber amar e ser amado: Cultivar relações de afeto, respeito e reciprocidade.
  • Saber escutar: Ouvir ativamente a natureza, os outros e a si mesmo.
  • Saber sonhar: Ter visões e aspirações que contribuam para o bem coletivo.
  • Saber caminhar: Avançar na vida com consciência, respeito e equilíbrio.
  • Saber comunicar-se: Expressar-se com clareza, verdade e respeito.
  • Saber agradecer: Reconhecer e valorizar as bênçãos da vida e da natureza.

Editado por: Marcelo Ferreira
Tags: agricultorasagroecologiabem viver

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