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Em defesa do golpe

Audiência Pública na Câmara do DF relativiza crimes do 8 de janeiro e ataca STF em nome da ‘fé e família’

Evento foi realizado nesta quinta (11); defensora pública disse que país vive "tirania judicial"

12.set.2025 às 18h33
Brasília (DF)
Caína Castanha
Audiência Pública na Câmara do DF relativiza crimes do 8 de janeiro e ataca STF em nome da ‘fé e família’

Audiência Pública defendeu anistia aos envolvidos na tentativa de golpe - Foto: Jeremias Alves | gabinete Thiago Manzoni

Em meio ao julgamento histórico que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro e sete aliados por tentativa de golpe, o deputado distrital Thiago Manzoni (PL-DF) transformou a Câmara Legislativa do DF em palco de defesa dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. A audiência pública desta quinta-feira (11) teve como pauta a anistia dos condenados — proposta que contraria frontalmente a Constituição e tenta reescrever os crimes cometidos contra o Estado Democrático de Direito.

Atualmente, 141 pessoas seguem presas pelos atos golpistas. O STF já responsabilizou 1.190 réus, dos quais 638 foram condenados por crimes graves, como tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito. Mas para Manzoni e seus aliados, trata-se apenas de “vingança da esquerda”.

Durante três horas, o parlamentar e seus convidados recorreram ao velho repertório da extrema direita: relativizar crimes, vitimizar golpistas e atacar o sistema de Justiça. A sessão foi marcada por contradições. De um lado, o deputado repete que o STF é “ilegal” e age por “vingança”; de outro, usa versículos bíblicos e discursos sobre liberdade para defender quem tentou justamente suprimir a democracia.

Entre os convidados, estavam a chefe de gabinete da senadora Damares Alves (Republicanos-DF), Viviane Pettinelli; a defensora pública do DF, Bianca Rosière; o advogado de mais de 100 réus do 8 de janeiro, Hélio Garcia Ortiz Júnior; e Ana Luiza Duarte da Cunha, filha de Cláriston Ferreira, preso pelos atos e falecido na Papuda. Além de Alan Freire, diretor-presidente do Parque Jardim Botânico do DF; Bruno Oliveira, administrador do CIA; Fernando Caxeta, especialista em políticas públicas; e a advogada Cíntia Alves Figueiredo Cabral, representando a deputada Bia Kicis.

Todos repetiram a mesma narrativa: defesa dos direitos humanos universal e a visão sobre os presos golpistas como “mártires”, “injustiçados” e “vítimas” de uma suposta perseguição, reforçando a a defesa de anulação dos julgamentos e anistia para todos.

‘Tirania judicial’

Após ler versículos bíblicos, Bianca Rosière chegou a afirmar que o Brasil vive “a maior crise judicial da história”, ignorando as evidências que comprovaram a trama golpista. Em sua fala, classificou como “certidões ideológicas” os relatórios levantados pela justiça apontando o uso das redes sociais para convocar e apoiar ataques às instituições.

Bianca Cobucci Rosière defensora pública do DF | Jeremias Alves/Divulgação Gabinete Thiago Manzoni

“Bastava uma crítica dessas pessoas nas redes sociais para que elas permanecessem presas ilegalmente. E ficaram assim presas ilegalmente com várias violações nos processos”, diz a defensora minimizando as ações dos envolvidos em suas redes”, destacou a Defensora Pública do DF.

Viviane Pettinelli também entregou um relatório com uma lista de supostas violações de direitos humanos atribuídas ao ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos. Em sua fala, classificou os condenados como representantes de “valores cristãos” e vítimas de um “tribunal de exceção”. O discurso evidenciou contradições, a defesa de valores religiosos enquanto relativiza crimes contra a democracia.

Ana Luiza Duarte, por sua vez, repetiu a retórica de vitimização, chamando seu pai de inocente e responsabilizando a “esquerda” pela morte do preso e pela destruição de famílias. O discurso, carregado de emoção, reforçou a tentativa de inverter papéis — transformando golpistas em vítimas e a democracia em algoz.

“Quando as pessoas do 8 de janeiro foram anistiadas, será um baque muito grande para minha saúde mental. Eles não destruíram apenas as pessoas que foram presas no dia 8, eles destruíram as famílias e amigos. Tiraram o melhor amigo de mim. A esqueda tirou o sonho do meu pai de ter duas filhas medicas. A esquerda mata, como fez com o Daniel Oribe, a esqueda tortura que fez com o meu pai. Por isso, a anistia já é justiça por Clesão”, diz ela.

Alegações de violações de direitos humanos contra os presos reforçaram a retórica dos participantes presentes, como relatos de comidas servidas estragadas, “até rato meu pai achou na comida”, relatou AnaLuiza. As denuncias sobre a insalubridade das condições das comidas dos presos também foram reforçadas pela defensora pública Viviane Pettinelli.

Thiago Manzoni encerrou a audiência reforçando a tese de que cabe ao Congresso conceder anistia aos condenados e convocando os conservadores a pressionarem o Legislativo. Evocou a defesa da “justiça” para pedir o esquecimento dos crimes de quem atentou contra o Estado Democrático de Direito.

Trama golpista

Ao concluir o julgamento da trama golpista, o STF condenou Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão, em regime inicial fechado. Os demais réus de alta patente das Forças Armadas e ex-integrantes do governo também receberam penas altas, como o general Walter Braga Netto, com 26 anos de prisão, e o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira, com 19 anos. Já Mauro Cid, ex-ajudante de ordens, teve a pena abrandada para 2 anos em regime aberto por conta da colaboração premiada.

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Editado por: Flavia Quirino
Tags: distrito federal

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