Neste domingo (14), o bairro de Boa Viagem, no Recife, recebe a 24ª Parada da Diversidade de Pernambuco, que este ano testa um novo formato, sem os tradicionais trios elétricos que embalavam a festa e disputavam o público ao longo da avenida Boa Viagem – em 2024 foram nove trios. Agora, toda a festa acontece no Parque Dona Lindu, das 8 horas às 17 horas, numa estrutura que está sendo chamada de Arena da Diversidade. O tema deste ano é “ame com liberdade, viva com orgulho”.
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Segundo a Associação da Parada da Diversidade de Pernambuco (APDPE), o novo formato não representa uma diminuição do evento, mas visa garantir mais segurança, uma melhor estrutura e acessibilidade ao público, além de considerarem que pode fortalecer a divulgação das pautas de luta da comunidade de lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis (LGBT). A APDPE é uma entidade sucessora do Fórum LGBT de Pernambuco e que nasce com o objetivo de organizar o evento.
Nas redes sociais, parte da comunidade LGBT de Pernambuco não gostou da mudança. Alguns veem o início de um processo de privatização do evento, outros defendem que as “paradas” em todo o mundo são desfiles pelas ruas e não um festival de música. Há quem considere que um evento “estacionado” não cumpre a função de dar visibilidade à população LGBT e dialogar com a sociedade e outros alegam que a mudança é consequência de queixas da população de Boa Viagem, bairro de classe média que sempre sedia os eventos políticos da direita conservadora.
O Brasil de Fato entrou em contato com a APDPE e deixa aberto o espaço para algum novo posicionamento ou resposta diante das críticas acima relatadas.
O acesso ao Parque Dona Lindu terá revista policial. O público pode levar coolers com bebida, sombrinhas e guarda-chuvas para se proteger do sol, mas é proibida a entrada no local com garrafas de vidro, produtos inflamáveis ou qualquer outro material perfurocortante.
Shows
Das 8 horas às 17 horas, o público assistirá a apresentações artísticas de uma diversidade de ritmos, passando pelo brega das bandas Sentimentos, Império e Breg Queens, o brega-funk de MC Calixto, o forró de Mari e Rayane e Dany Myler, o pagode de Gabi do Carmo, a mistura de ritmos de Big Black e outros artistas locais.