No Encontro Estadual do PT Paraná, os dirigentes e a militância debateram sobre viabilizar candidatura própria no Paraná e indicações para o senado. Uma das principais deliberações do encontro petista é a necessidade de apresentar candidatura ao governo do Paraná e também ao senado, principalmente para dar palanque ao presidente Lula. Regionalmente, o partido decidiu enfrentar o ex-juiz e atual senador, Sergio Moro (União), que lidera as pesquisas.
A ministra da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), Gleisi Hoffmann, disse ser totalmente contrária à anistia aos golpistas condenados pelo Supremo Tribunal Federal STF). A declaração foi dada durante o Encontro Estadual do PT-PR ocorrido no último dia 13 de setembro. Gleisi ainda defendeu que a Câmara dos Deputados deve cassar o mandato do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) pelos ataques contra o Brasil. O presidente Hugo Motta (Republicanos) quer que o filho de Bolsonaro perca o mandato por faltas.

A declaração da ministra no encontro com 300 delegados e parlamentares do partido ocorreu após o STF condenar Jair Bolsonaro a 27,3 anos de cadeia pela trama golpista. No Congresso Nacional, a oposição bolsonarista já apresentou um texto que anistia todos os golpistas desde 2019. O assunto ainda não chegou às comissões. Para Gleisi, no entanto, a anistia é uma nova tentativa de golpe.
“A questão da anistia é fundamental. Não é possível que depois do julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) anistiar quem tentou golpear o Brasil”, disse à reportagem do Brasil de Fato Paraná.
Gleisi, que cuida da relação com o Congresso Nacional, também disse durante análise de conjuntura, que o filho do ex-presidente tem que ser cassado o mais breve possível. “”Eduardo Bolsonaro tem que ser cassado não pelas faltas, mas pelos ataques traidores à nossa pátria, pela taxação que ele impôs ao Brasil”, direcionou a ministra.
Isenção do Imposto de Renda
Além de impedir a votação da anistia, a ministra destacou que a pauta do governo Lula é o fim da escala 6 por 1 e a justiça tributária, projeto que está tramitando na Câmara. “Nós temos pautas importantes da justiça tributária. Queremos que os mais ricos paguem mais impostos para que os trabalhadores paguem menos ou não paguem”, direcionou Gleisi, reforçando que “o povo tem que estar atento às pautas no Congresso Nacional, enviando e-mais, mensagens e fazendo mobilização nas redes e nas ruas.”
Com mais de 300 delegados, PT-PR quer disputar governo do Paraná, vagas no senado e ampliar bancada de deputados. Foto: Leandro Taques/PT-PR
PT-PR quer candidatura ao governo do Paraná
Uma das principais deliberações do encontro petista é a necessidade de apresentar candidatura ao governo do Paraná e também ao senado, principalmente para dar palanque ao presidente Lula. Regionalmente, o partido decidiu enfrentar o ex-juiz e atual senador, Sergio Moro (União), que lidera as pesquisas.
O diretor geral da Itaipu Binacional, Enio Verri, se colocou à disposição para uma disputa de cargo majoritário nas eleições de 2026. A confirmação ocorreu durante o Encontro Estadual do PT-PARANÁ. Segundo Verri, ele se reuniu durante a semana com o presidente Lula quando decidiram por esse caminho eleitoral. Verri se licenciou do cargo de deputado federal para assumir Itaipu.
Outro parlamentar que defende a necessidade de se indicar um nome ao estado é o deputado federal Zeca Dirceu (PT-PR). Ele, inclusive, colocou seu nome à disposição para uma vaga ao Senado federal.
Na mesma linha de enfrentamento foi o presidente estadual do PT-PR, o deputado Arilson Chiorato. “A gente tem que combater o Moro. Mas também somos adversários do ‘ratismo’ e ‘bolsonarismo’ no estado. Em 2026, vamos colaborar para a vitória do presidente Lula de novo”, direcionou Chiorato.