O Dia Nacional de Conscientização do Retinoblastoma, nesta quinta-feira (18), chama atenção para um câncer ocular raro que afeta principalmente crianças de até cinco anos. Apesar da gravidade, quando diagnosticado logo no início, as chances de cura podem chegar a 90%, garante o oftalmopediatra Edison Geraissate.
Em entrevista ao Conexão BdF, da Rádio Brasil de Fato, o médico explica que o grande desafio está justamente no diagnóstico. “A maior dificuldade desse câncer é que ele só dá um sinal exterior, que é na pupila, tem um reflexo branco dentro do olhinho. Esse reflexo só acontece quando o tumor já está avançado, quando o tumor já cresceu muito”, explica.
Por isso, a recomendação é que o exame de fundo de olho, com a pupila dilatada, seja rotina para todos os bebês. “Quando ele está no início, nós temos 90% de controle sobre essa patologia. Quando já tem um reflexo branco no olho, o tumor já está muito crescido para aparecer, então a gravidade é imensa”, aponta Geraissate.
Além do teste do olhinho, realizado nas maternidades, o médico reforça a necessidade de um acompanhamento contínuo com um oftalmologista. “O exame tem que ser rotineiro, fazer parte dos exames gerais de todos os bebês. Só nessa fase inicial conseguimos tratar [a doença] com essa [chance de] 90%. Depois que ele já está dando sinal para os familiares, o tratamento é muito complicado, é grave, grande, e põe em risco o olho e até a vida da criança”, alerta.
A campanha nacional “De Olho nos olhinhos”, promovida pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia, mobiliza profissionais de saúde e famílias em todo o país para reforçar a importância do diagnóstico precoce.
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