Neste final de semana, dias 20 e 21 de setembro, Porto Alegre recebe o seminário regional “Territórios de Vida x Projetos de Morte”, promovido por movimentos sociais, comunidades e organizações populares. O encontro propõe refletir sobre os embates em curso nos territórios da América Latina, em especial no Rio Grande do Sul.
Os organizadores afirmam que hoje há uma disputa intensa entre dois projetos de futuro. Segundo eles, “de um lado estão os territórios de vida, construídos a partir da soberania dos povos do campo e da cidade, do respeito à natureza, da agricultura familiar, da agroecologia, das comunidades originárias e tradicionais e da diversidade cultural”.
Já o outro caminho, acrescentaram, é o dos chamados “projetos de morte”, expressos na expansão dos monocultivos, no uso de agrotóxicos e na mineração predatória, que “provocam graves impactos socioambientais, ameaçam as águas, o solo e a saúde das populações, além de aprofundar desigualdades, racismo ambiental, destruir modos de vida tradicionais e agravar a emergência climática em curso”.
O seminário será realizado no auditório do Centro dos Professores do Estado do Rio Grande do Sul( Cpers Sindicato), localizado na Avenida Alberto Bins, 480, no Centro Histórico da Capital. As inscrições devem ser feitas em bit.ly/insc_seminarioregional.
Ainda segundo os organizadores, a atividade “busca ser um encontro de reflexão e articulação para comunidades, movimentos sociais, pesquisadoras e pesquisadores e organizações que resistem a essas formas de exploração, reafirmando a defesa dos territórios e da vida”.
Programação
Sábado (20)
8h30 – Mística e Abertura: Territórios de Vida x Projetos de Morte
– Fernando Campos – Amigos da Terra
9h – Painel Histórias de luta contra os monocultivos
– Zoneamento Ambiental da Silvicultura (ZAS): construção e desconstrução – Luiza Chomenko
– Mulheres do MST/Via Campesina: resistência ao latifúndio e às monoculturas – Gabriela Severo
– Mobilização social e política – MoGDeMA (José Hermeto Hoffmann) e APEDeMA (Francesca Werner Ferreira)
12h – Almoço
14h – Painel Projetos de morte: monocultivos, agrotóxicos, mineração e a engrenagem da impunidade corporativa
– Expansão dos eucaliptos no Rio Grande do Sul – Eduardo Raguse (Amigos da Terra Brasil)
– Impactos dos agrotóxicos na saúde – Althen Teixeira (UFPel)
– Monocultivos e mineração – Emmanuel Costa (MAM)
– Resistindo aos crimes corporativos: experiências desde a Palestina – Andressa Soares (BDS / Amigos da Terra Brasil)
– Retrocessos legais e caminhos jurídicos – Emiliano Maldonado (Ufrgs / RENAP)
– Estratégias para desmantelar a impunidade corporativa – Leticia Paranhos e Andressa Soares (Amigos da Terra Brasil)
Domingo (21)
8h30 – Mística – Conceição Vidal
9h – Painel Territórios de Vida – resistência, produção, cultura e juventude
– Jovens rumo à Cúpula dos Povos na COP30
– Povo Guarani – Mbyá Jaime Wherá Guyrá
– Povo Kaingang – Maurício Ventah Salvador
– Quilombo Vila Nova (São José do Norte) – Flávio Machado
– União Pela Preservação do Patrimônio Natural de Camaquã (UPP Camaquã) e AGrUPa (Bagé) – Vera Colares
– Assentamento Santa Rita de Cássia II (Nova Santa Rita) – José Almeida
– Coletivo Periferia Feminista (Porto Alegre) – Cínta Barenho
– Ocupação Maria da Conceição Tavares – MTST (Porto Alegre) – Fernando Campos
11h30 – Soluções dos povos: caminhos para a mudança do sistema – Letícia Paranhos (Amigos da Terra Brasil)
13h – Oficina de Batucada Feminista – Marcha Mundial das Mulheres
14h – Parque da Redenção – Ato público
– Contra a PEC da Blindagem
– Contra a escala 6×1
– Pela taxação dos super ricos
– Sem anistia
– Congresso inimigo do povo