O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil Pinto, anunciou que o país solicitou ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) o fim das ações militares dos Estados Unidos no Caribe. Para o governo venezuelano, a operação norte-americana representa uma “guerra não declarada”.
O pedido foi formalizado na sexta-feira (19) e comunicado pelo próprio ministro em seu canal no Telegram. “É fundamental que se respeite a soberania política e territorial da Venezuela e de toda a região caribenha”, afirmou.
No mesmo dia, o ministro da Defesa, Vladimir Padrino, disse: “É uma guerra não declarada, e já se pode ver como pessoas, sejam elas traficantes de drogas ou não, foram executadas no Mar do Caribe – executadas sem direito à defesa”.
Nos últimos dias, o presidente dos EUA, Donald Trump, declarou que três embarcações venezuelanas foram abatidas durante a operação militar conduzida por seu governo sob a justificativa de “combater o tráfico de drogas”. O anúncio intensificou a escalada de tensões na região.
Esta não é a primeira vez que a Venezuela recorre à ONU sobre o tema. No fim de agosto, o embaixador venezuelano na organização, Samuel Moncada, reuniu-se com o secretário-geral António Guterres para entregar uma carta do presidente Nicolás Maduro, pedindo medidas efetivas contra o que classificou como ameaça militar dos Estados Unidos no Caribe.