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GENOCÍDIO

Após reunião online da Fenaj, tenda de jornalistas em Gaza é bombardeada

Representantes palestinos e brasileiros debatem a crise humanitária de 1.600 comunicadores sob bombardeio

25.set.2025 às 17h35
Porto Alegre (RS)
Fabiana Reinholz e Marcela Brandes
Após reunião online da Fenaj, tenda de jornalistas em Gaza é bombardeada

Reunião online da Fenaj expõe perseguição sistemática e genocídio de jornalistas em Gaza - Foto: André Lobão

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) promoveu um encontro online em solidariedade aos jornalistas palestinos, reunindo o embaixador da Palestina no Brasil, representantes do Sindicato dos Jornalistas Palestinos e profissionais da imprensa que atuam na Faixa de Gaza.

Pouco depois da reunião, o embaixador informou que a tenda de onde os jornalistas palestinos haviam falado foi bombardeada. A Embaixada da Palestina no Brasil ainda não tem informações sobre vítimas e busca contato para confirmar se os profissionais conseguiram escapar.

“Os tanques israelenses estão posicionados a 300 ou 500 metros deste centro de solidariedade. Talvez estas sejam as últimas palavras que estamos falando, porque, se formos atacados, nós não estaremos mais aqui”, disse o jornalista Samir Khalifah em seu relato durante o encontro. Ele contou que foi deslocado 18 vezes desde o início da guerra, após ter sua casa bombardeada e que chegou a ficar cercado por quatro dias antes de ser resgatado pela Cruz Vermelha Internacional.

Fenaj e Sindicato reforçam compromisso de solidariedade

O encontro deu continuidade à visita realizada pela Fenaj e pelo Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal (SJPDF) à Embaixada da Palestina, em 22 de setembro, para prestar solidariedade e discutir formas de cooperação. O evento se insere no contexto da escalada de violência no Oriente Médio.

Relatórios da ONU já indicam mais de 65 mil mortos desde outubro de 2023, e uma comissão de inquérito concluiu que Israel cometeu genocídio contra palestinos em Gaza. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou a ofensiva em Gaza como genocídio e defendeu a criação de um comitê internacional nos moldes do Comitê contra o Apartheid.

O embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, classificou a visita das entidades sindicais à embaixada como um marco histórico para a criação de um canal permanente de diálogo. A presidenta da Fenaj, Samira de Castro, ressaltou a importância do encontro como gesto de solidariedade e de compromisso.

“Estamos reafirmando a importância da luta do povo palestino e, ao mesmo tempo, criando caminhos concretos para fortalecer a troca de informações e a parceria com jornalistas que enfrentam diariamente situações de extrema violência e restrição à liberdade de imprensa”, afirmou. O coordenador-geral do SJPDF, Pedro Rafael Vilela, destacou a necessidade de ampliar redes de contato com fontes palestinas, para garantir informações fidedignas que expressem a visão do povo submetido à ocupação.

Embaixador denuncia assassinato sistemático da verdade

O embaixador Ibrahim Alzeben apresentou dados que dimensionam a perseguição contra a imprensa. Segundo ele, 252 jornalistas já foram assassinados desde o início da ofensiva israelense, número superior ao registrado durante as duas guerras mundiais. Mais de 200 profissionais foram presos, 400 ficaram feridos e 120 veículos de imprensa foram destruídos. Além disso, 600 familiares de jornalistas foram mortos e as casas dos 1.600 profissionais que atuam em Gaza foram demolidas, obrigando-os a viver em tendas.

“O Estado de ocupação quer matar os jornalistas porque deseja assassinar a verdade. Não querem que o mundo saiba da guerra de limpeza étnica contra a Faixa de Gaza”, denunciou o embaixador, acrescentando que Israel proíbe a entrada de jornalistas estrangeiros no território. Alzeben também relatou a deterioração das condições na Cisjordânia, onde já foram registradas mais de 2 mil agressões contra a imprensa, além de barreiras militares que transformam 4 milhões de palestinos em uma “grande prisão cercada”.

Testemunhos do campo: viver sem proteção e sob deslocamento

Entre os depoimentos, jornalistas que atuam diretamente em Gaza descreveram a precariedade e o risco cotidiano. Guaida Mohammad, secretária-geral do Sindicato dos Jornalistas Palestinos e repórter da TV Palestina, destacou que as mulheres jornalistas trabalham sem qualquer proteção física ou condições técnicas mínimas, acumulando ainda a responsabilidade de garantir a sobrevivência de suas famílias. “Nosso objetivo principal sempre foi e sempre será garantir justiça às famílias do povo palestino. Queremos levar ao mundo a verdade sobre o que acontece em Gaza”, afirmou.

Um correspondente dos canais Al Arabiya e Al Hadath, deslocado em Rafah, descreveu o dilema de sobreviver e informar ao mesmo tempo. “Tenho que garantir água, alimento e abrigo para minha família, que vive em tendas improvisadas, e ao mesmo tempo cumprir com a missão de informar. É um esforço sobre-humano, um paradoxo que vivo todos os dias.”

Ele acrescentou que, fora das câmeras, o peso da brutalidade da guerra é insuportável. O diretor da Agência Palestina 24, Muneeb Abada, destacou que a maioria dos jornalistas trabalha sem energia elétrica, internet ou equipamentos adequados. “Em Gaza, o fato de carregarmos o colete de imprensa nos torna alvos”, relatou.

A freelancer Fida Asalieh contou que já foi deslocada 16 vezes e atualmente vive nas ruas, enquanto o jornalista Ala, da Cidade de Gaza, disse que perdeu a casa no primeiro mês da guerra e hoje sobrevive em constante deslocamento. “Antes de sermos jornalistas, somos cidadãos. Tudo o que recai sobre o povo palestino recai sobre nós também. Vivemos do não lugar para o não lugar”, resumiu.

Violações de direitos e ações propostas

O presidente do Sindicato dos Jornalistas Palestinos, Nasser Abu Bakr, criticou a ineficácia da Resolução nº 2222 do Conselho de Segurança da ONU, que prevê proteção de jornalistas em zonas de conflito. “Não ouvimos ninguém citar essa resolução, exceto o Sindicato dos Jornalistas Palestinos. Eu creio que quando essa resolução foi adotada, o intuito dela era a intervenção nos assuntos internos dos outros países e não a proteção dos jornalistas palestinos”, lamentou. Ele também denunciou que Israel proíbe, desde 2012, a entrada de jornalistas estrangeiros em Gaza, incluindo 220 profissionais norte-americanos.

Ao final do encontro, a Fenaj reafirmou a disposição de seguir articulando solidariedade internacional. Entre as propostas, está a sugestão de uma paralisação mundial de jornalistas em solidariedade aos colegas palestinos, o fortalecimento do Fundo de Segurança da Federação Internacional dos Jornalistas, destinado a profissionais em Gaza, e a manutenção de um canal permanente de difusão de informações sobre a Palestina. “Tenham certeza de que os colegas jornalistas brasileiros vão ajudar a divulgar o que acontece nesse momento de genocídio na Palestina”, concluiu Castro.

O embaixador Ibrahim Alzeben agradeceu a solidariedade e afirmou que o encontro inaugurou uma nova etapa de relação direta entre entidades brasileiras e palestinas.

Editado por: Katia Marko
Tags: genocídiojornalistaspalestinasolidariedade
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