A Caixa Cultural Recife abriu as portas, nesta quinta-feira (26), para uma exposição de fotografias, peças de artesanato, apresentações artísticas e oficinas da Celebração das matas e quilombos de Pernambuco e da Bahia. A mostra integra o projeto Peba, em alusão aos dois estados mencionados. A exposição tem acesso gratuito e funciona de terça a domingo, das 10 horas às 20 horas (ou 18 horas nos domingos e feriados). A Caixa Cultural fica na avenida Alfredo Lisboa, nº 505, em frente à praça do Marco Zero, no Recife Antigo.
O público terá acesso a 96 fotografias, entre impressas e digitalizadas, além de peças de artesanato quilombolas e indígenas, aliando memória, imagem e materialidade. Na Galeria 2 do centro cultural, a abertura da mostra traz apresentações do artista Martinho Fulni-ô e do Balé de Cultura Negra do Recife – Bacnaré. Em sua 3ª edição, a exposição do projeto Peba fica aberta ao público até o dia 23 de novembro e homenageia os fotógrafos baianos Iêda Marques e Adenor Gondim, além da mestra artesã pernambucana Luiza dos Tatus, natural de Belo Jardim e falecida em 2023.
A programação oferece oficinas de danças afrobrasileiras, cultura indígena, produção cultural, artesanato e histórias em quadrinhos – todas com intérpretes de Língua Brasileira de Sinais (Libras). A expografia é assinada por Júlia Filizola, sob coordenação geral de Pedro Castro e Afonso Oliveira e curadoria de Rebeka Monita, Eduardo Romero e Sérgio Figueiredo – que criou o projeto Peba, em 2022, ao lado de Williany Amaral, visando estimular o intercâmbio entre artistas pernambucanos e baianos, fortalecer identidades afroindígenas e combater o racismo.
O Brasil interior de Roxinha Lisboa
Desde a terça-feira (23), os visitantes da Caixa Cultural têm acesso à exposição Meu Brasil interior, dedicada à obra da pintora autodidata e artista popular Maria José Lisboa da Cruz, conhecida como Roxinha Lisboa. São mais de 80 obras, visando levar o público a uma imersão no universo criativo da artista alagoana.
Roxinha é um dos principais nomes brasileiros da chamada “arte naïf”, movimento de valorização das produções artísticas espontâneas e individuais realizadas por artistas sem educação formal em arte. As telas da alagoana apresentam a vida cotidiana e a religiosidade do interior do Nordeste, com cores fortes e narrativas que valorizam a coletividade.
