Um novo e inovador movimento social ganha corpo no Brasil: a Associação Adotiva Brasil, primeira do país a presentar coletivamente pessoas adotadas. O objetivo é lançar luz às demandas de quem ingressou em uma família pela via da adoção, exigindo políticas públicas de acolhida, proteção e assessoria para reencontros com famílias biológicas, caso seja de interesse.
“Estamos organizados em frentes de trabalho, com uma gestão horizontal e descentralizada. Queremos, com nossas histórias, influenciar a criação de novas políticas públicas e programas de promoção de cidadania para pessoas adotadas. Queremos falar, por exemplo, sobre adoção tardia e projetos sociais para essas famílias”, disse uma das criadoras da associação Fernanda Tuna, em entrevista a edição de hoje (10) do Programa Bem Viver.
Um dos principais objetivos do grupo é tirar as demandas e as histórias dos filhos adotivos da invisibilidade, mostrando que elas não interessam apenas às famílias, em um círculo privado, mas também a toda sociedade, incluindo escolas, imprensa e o poder público.
“A Adotiva foi criada com foco nos filhos adotivos, para trabalhar essa ideia de reparação histórica e fortalecer a cinergia de pais mães, conselhos”, disse um dos cocriadores da associação, Tomás Enlazador. “A gente entende que é preciso escutar nossas histórias para embasar novas políticas públicas para as pessoas adotadas”, diz
Dia Internacional dos Direitos Humanos
Nesta sexta-feira (10) é celebrado o Dia Internacional dos Direitos Humanos. A declaração foi feita pela Organização das Nações Unidas há exatos 73 anos.
A ideia de direitos humanos foi consolidada em um pacto internacional, do qual o Brasil faz parte, elaborado pouco após o fim da Segunda Guerra Mundial. Frente a este trauma a proposta era criar uma série de normas e valores globais para garantir a paz.
Foram definidas premissas nas áreas de direitos civis, políticos, econômicos, sociais e culturais. Porém, ao longo dessas sete décadas, as propostas de direitos humanos foram atropeladas várias vezes. Internacionalmente, não é incomum que interesses capitalistas e imperialistas falem mais alto, tentando justificar guerras, intolerâncias e concentração de poder e renda.
No Brasil, os ideais ligados aos direitos humanos deram as bases da elaboração da Constituição Federal de 1988. Porém, assim como em outros países, eles ficam ameaçados frente a crises políticas e econômicas.
Combate à censura
O Movimento Brasileiro Integrado pela Liberdade de Expressão Artística (Mobile) lança hoje uma plataforma de combate a censura e ao autoritarismo nas artes.
O lançamento será em Porto Alegre, mas qualquer trabalhador da cultura pode enviar denúncias relativas a censura e violações de direitos humanos ao movimento.
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