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Ministério Público

Sob protestos, Câmara autoriza alterações na EBC

Plenário aprova MP que extingue Conselho Curador e altera mandato do diretor; MP irá ao Senado

16.dez.2016 às 18h37
Updated On 01.fev.2020 às 18h37
Brasília (DF)
Cristiane Sampaio
60ª Reunião Ordinária do Conselho Curador da EBC

60ª Reunião Ordinária do Conselho Curador da EBC - 60ª Reunião Ordinária do Conselho Curador da EBC

A Medida Provisória (MP) 744, que promove alterações administrativas na Empresa Brasil de Comunicação (EBC), foi aprovada em plenário na Câmara Federal na noite de quarta-feira (14), entre críticas.

Por votação simbólica, ou seja, sem contagem nominal dos votos, a maioria dos deputados decidiu manter a extinção do Conselho Curador e a revogabilidade do mandato do diretor da Empresa, que fica sujeito à autoridade do chefe do Executivo, e não mais do extinto colegiado. A MP segue agora para o Senado.

As mudanças foram promovidas pelo governo não eleito de Michel Temer no início de setembro e geraram intensos protestos da oposição e de movimentos da sociedade civil organizada, que apontam para a extinção da comunicação pública no país.

Com validade próxima do fim – a medida vence no início de fevereiro –, a MP teve a tramitação agilizada pela bancada governista nesta semana para não colocar em risco os interesses do Planalto, tendo em vista a iminência do recesso parlamentar.

Durante os embates em plenário, PT, PSOL, Rede, PDT e PCdoB apresentaram propostas de emenda para manter a configuração original do Conselho, mas foram vencidos pela maioria governista.

Antes da publicação da MP, o colegiado era composto por 22 membros, contando com representantes da sociedade civil, de funcionários da EBC e do governo, com a função de acompanhar e fiscalizar a programação das emissoras ligadas à Empresa.

A MP aprovada pela Câmara resulta do parecer do senador Lasier Martins (PDT-RS), relator da matéria, que fez algumas modificações no texto. Uma delas é a criação do Comitê Editorial e de Programação, que será composto por 11 membros e não terá função administrativa.

A última presidenta do Conselho, Rita Freire, aponta que a mudança reduz significativamente o poder da sociedade civil junto à Empresa. “O Conselho Curador era um órgão de governança e era ele que dava à EBC o caráter público que ela precisa ter. Já o Comitê será um órgão técnico, não terá as mesmas atribuições do Conselho que faziam com que a Empresa dialogasse com a sociedade no momento de tomada de importantes decisões”, compara.

Ela também questiona a metodologia de escolha dos membros do Comitê. “No Conselho, os representantes da sociedade civil eram indicados através de uma consulta pública, que agora foi eliminada. É importante dizer que um membro pode ser da sociedade civil, mas ele não terá representatividade se não tiver passado por uma consulta. E pior: para ter indicação dos setores representados, quem vai organizar quando e se quiser é o presidente da República”, criticou a ex-presidenta.

Na mesma linha de raciocínio, o líder da Rede, Alessandro Molon (RJ), destacou que a mudança afeta diretamente o caráter autônomo da EBC. “O presidente tinha um mandato que só poderia ser tirado pelo Conselho Curador, que também tinha um mandato. Com as alterações, a EBC perde toda a autonomia e vira uma agência de propaganda do governo Temer, por isso essa MP é um enorme retrocesso, porque a EBC vai deixar de fazer comunicação pública para se tornar uma empresa chapa-branca, com um presidente que pode ser demitido a qualquer momento”, criticou o deputado.

A norma anterior determinava que o mandato do presidente da EBC se daria num quadriênio, em período não coincidente com o mandato do chefe do Executivo, de forma a evitar interferências indevidas na gestão da Empresa.

Democracia

Em entrevista ao Brasil de Fato, o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) comparou a experiência da EBC à comunicação pública de países com democracia mais consolidada. “Todos os países desenvolvidos, aqueles nos quais a gente deve se inspirar, têm uma comunicação pública que não se confunde com comunicação governamental nem privada. E o governo acabou justamente com um dos elementos mais democráticos da EBC, que é o Conselho Curador”, apontou o psolista.

Wyllys criticou ainda a narrativa construída pela base governista para extinguir o Conselho. “Há uma argumentação tosca, mentirosa, caluniosa, no sentido de dizer que o Conselho era cabide de emprego e aparelhamento comunista. Imaginem vocês que Cláudio Lemos e Fernando Henrique Cardoso já fizeram parte desse colegiado. Como acusar o Conselho de comunista? Então, as pessoas que dizem isso não estão preparadas pra um debate honesto”, considerou o deputado.

Pluralidade

O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM) da Câmara, deputado Padre João (PT-MG), também lamentou a aprovação da MP. Um dos pontos levantados por ele e outros deputados é que as alterações tendem a afetar a diversidade em que costuma se pautar a grade da EBC. A TV Brasil, por exemplo, traz programação de todas as regiões brasileiras e produz conteúdos que abordam diferentes temáticas, incluindo direitos indígenas, LGBTTs, direitos da população negra e da juventude, etc.

“É lamentável que o plenário tenha aprovado mais essa matéria. O governo golpista vem desconfigurando todos os espaços. No caso da EBC, primeiro tem o esvaziamento da direção e, depois, tem a estratégia deles de colocar na Empresa uma programação de governo, com restrições no aspecto cultural. Isso certamente vai afetar a cobertura sobre os direitos humanos e as minorias. É um empobrecimento da EBC, que faz parte do desmonte em curso”, considerou o presidente.

Após o envio da MP ao Congresso, a CDHM chegou a realizar audiências públicas para discutir as alterações junto à sociedade civil.

O líder da Rede também projetou riscos para a EBC em relação à pluralidade da programação. “O Brasil perde um canal de comunicação plural que abordava temáticas caras à sociedade civil e às pautas progressistas e passa a ter um canal pasteurizado, que certamente não trará temáticas e formatos diferentes daquilo que se vê na grande mídia”, avaliou Molon.

Conselho de Administração

Outra alteração trazida pela MP diz respeito à composição do Conselho de Administração da EBC, que passa a ter representantes do governo como maioria no colegiado. “Isso significa que passaremos a ter uma empresa de comunicação totalmente atrelada ao governo federal de plantão. Isso não só acaba com o caráter público da EBC como viola a Constituição Federal. O que está ocorrendo é um ataque brutal ao sistema publico de comunicação no Brasil, um desmonte”, considera a secretária-geral do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), Bia Barbosa, que também é coordenadora do coletivo Intervozes.

Ela aponta ainda que o caráter político da alteração no Conselho de Administração ecoa diretamente na pluralidade ideológica na programação da EBC. “O que se quer, na verdade, é calar as vozes dissonantes, que poderiam eventualmente se manifestar no espaço da comunicação pública”, criticou a secretária.

Edição: Simone Freire

Editado por: Redação
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