Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • Nacional
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • |
  • Cultura
  • Opinião
  • Esportes
  • Cidades
  • Política
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Política

SAÚDE

Oposição contesta privatização de hospitais públicos em pleno avanço da covid-19

Governo federal anunciou possível venda do Grupo Hospitalar Conceição e do Hospital de Clínicas, ambos de Porto Alegre

06.maio.2020 às 18h06
Porto Alegre
Walmaro Paz

Hospital de Clínicas de Porto Alegre é referência nacional e atende cerca de 60 especialidades - Clóvis de Souza Prates / Divulgação Hospital de Clínicas

A possibilidade de privatização do Grupo Hospitalar Conceição (GHC) e do Hospital de Clínicas, ambos de Porto Alegre, anunciada na semana passada junto com o projeto “A Reconstrução do Estado” já tem oposição definida. As deputadas federais Maria do Rosário (PT/RS) e Fernanda Melchionna (PSOL/RS) ingressaram com representação no Ministério Público Federal contra a iniciativa. Rosário, que ingressou no dia 30 de abril, entende que privatizar o maior grupo hospitalar do Rio Grande do Sul é inconstitucional e Melchionna, que entrou nesta quarta-feira (06), criticou o fato do assunto vir à tona durante a pandemia.

A direção do GHC, entretanto, nega que o processo esteja em andamento. É o que disse o presidente Cláudio Oliveira ao Brasil de Fato RS. “Não há processo de privatização. O que temos é uma proposta de venda de um dos ativos do GHC, que é o prédio do Hospital Fêmina, ainda em fase de modelagem”, contrapôs. Explicou ainda que a instituição aparece na relação divulgada pela Secretaria de Desestatização do Ministério da Economia “porque o GHC é uma estatal federal e, portanto, privatizável. Mas não quer dizer que esteja em processo de desestatização”.

Conforme a direção, o Grupo Hospitalar Conceição “é composto por quatro hospitais, uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), 12 Unidades Básicas de Saúde (UBS), três Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), um Consultório de Rua e uma Faculdade. Conta com 9,2 mil funcionários. Atende 35% da cidade de Porto Alegre e região metropolitana. Seu orçamento para este ano é de R$ 1,5 bilhão.

“Um crime contra o interesse público”

Apesar de contestar que o projeto esteja em andamento, a direção não desmente a intenção do ministro Paulo Guedes, da Economia, de vender o GHC. Seria colocado na lista de estatais a serem privatizadas logo após a pandemia, sob o pretexto de conseguir recursos a serem utilizados na recuperação do processo econômico.

O presidente do Conselho Estadual de Saúde, Cláudio Augustin, rejeita a possibilidade de venda. “O Conselho tem posição histórica contrária à privatização da Saúde decorrente de inúmeras Conferências de Saúde, na esfera municipal, estadual e nacional”, acentua. “É contrário à privatização do GHC e do HCPA. Privatizar um hospital público em plena pandemia da covid-19 é um crime contra o interesse público”, reforça. “No momento em que o governo deveria assumir o controle de toda rede hospitalar para garantir a assistência à população, declaram a intenção de destruir o serviço público para agradar o capital financeiro internacional”, questiona.

A doença como um “ótimo negócio”

Augustin explica que o projeto é antigo e faz parte do desmonte do Sistema Único de Saúde (SUS) e da entrega da população brasileira à indústria da doença, representada pelas grandes multinacionais da área. "A doença é um ótimo negócio para a indústria farmacêutica e a indústria de diagnósticos, que envolve eletros, tomografias, ressonâncias etc…”, enumera. “É um campo – continua – altamente especializado e que tem um custo crescente. Todo um setor desta indústria tem grande interesse: a indústria química que produz tanto agrotóxicos como remédios na indústria farmacêutica. Um exemplo disso é a Bayer: produz o veneno para as pessoas adoecerem e o antídoto para curá-las”, registra.

Para ele, está em curso um processo crescente de privatização de toda a área da Saúde. “Vai desde a atenção básica e está acontecendo em Porto Alegre com a tentativa de repassar toda a atenção básica para as clinicas. Temos na indústria farmacêutica praticamente toda ela privada. Sobrou ainda o (Instituto) Manguinhos, da Fiocruz, e alguns outros laboratórios. Mas o restante dos públicos já foi tudo fechado, inclusive o Lafergs, do RGS”, explica.

O projeto é antigo


Hospital Conceição é um dos dois hospitais de referência no RS no tratamento do coronavírus / Divulgação/GHC

A ex-superintendente do GHC durante o governo da presidente Dilma Rousseff, Sandra Fagundes nota que a listagem de desapropriações existe desde o início do governo Bolsonaro. A crise, na verdade, retrata uma parte da crise econômica e, mesmo na questão da saúde, explicita situações que já vinham acontecendo. Por exemplo, o congelamento dos recursos através da chamada PEC da Morte (EC95), o sucateamento do SUS e a sua privatização, aparecem com toda a fragilidade na pandemia quando tem uma sobrecarga de demanda. Uma situação nova explicita recursos que tem, recursos que faltam e recursos que poderia ter se não tivesse acontecido o desmonte.

Ela dá um exemplo com a política de saúde mental a qual atende como profissional da área. “Eu sou defensora da reforma psiquiátrica e da luta antimanicomial. Então já havia uma desvalorização desde lá do governo Temer, agravada na situação atual do governo Bolsonaro, de desqualificação dos centros de atenção psicossocial, os CAPS, e da rede psicossocial e na direção das comunidades terapêuticas”, aponta. “O que está acontecendo agora – prossegue – em plena crise? Com o argumento da pandemia e também para proteção tanto dos usuários quanto dos trabalhadores foram suspensas várias atividades. Mas o modo de pagar não foi suspenso. Então estão usando o argumento de que tem menos produção e não se estão atingindo objetivos. Então reduzem os recursos para este serviço. O plano seguinte é sufocar este tipo de serviço dizendo, ‘Olha aí, não precisa mais, passamos a pandemia sem’".

A saúde não é mercadoria

Na sua percepção, a crise serve também para radicalizar a política que já vinha sendo tocada, de privatização e fechamento de serviços. “Em relação aos hospitais, como não dá para fechar imediatamente ou privatizar, porque estão sendo superdemandados, são referências o GHC e o Clinicas”, diz. No início do período Bolsonaro, já corria a notícia, quando anunciaram as 150 estatais que seriam vendidas. “Por pressão dos hospitais e dos conselhos, o governo tirou estes dois hospitais. Agora, com a crise financeira que já existe e se agravará pós-pandemia, aproveita-se para reinserir o Clínicas e o Conceição”, avalia.

Ela argumenta que a questão não é financeira. É o valor para o SUS e o valor do trabalho do sistema público. “Nós fecharíamos dois grandes hospitais. Tanto um como outro já são de direito privado. Os funcionários são CLT. Nenhum deles tem servidores estatutários. O que eles querem é tirar a responsabilidade da gestão do Estado e dos governos, da Universidade e do Ministério da Saúde. E com isso trabalhar na direção do que já se conhece porque a prática tem demonstrado isso, uma precarização. E mais trabalhar a saúde como negócio. Porque nem o Clínicas nem o GHC entendem a saúde como mercadoria” conclui.

Editado por: Ayrton Centeno
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

articulação inédita

Conselho Popular do Brics inicia encontro no Rio para pressionar chefes de Estado por escuta permanente dos movimentos

Venenos agrícolas

Agrotóxicos em lavouras de fumo causam intoxicação de trabalhadores e poluem rios no interior de SC

Artigo

O labirinto do Brasil por ser

‘ROMPA COM ISRAEL’

Bancada de esquerda na Câmara do Recife promove evento em defesa do povo palestino, nesta sexta (4)

Imagens da Revolução

Mostra no Cine Brasília celebra pioneirismo de Sara Gómez, primeira cineasta cubana

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem Viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
  • Bem Viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevistas
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.