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ESPECULAÇÃO

Editorial | A cidade não para, a cidade só cresce. O de cima sobe e o de baixo desce

O que há de comum entre o Edifício Holiday e Cais José Estelita?

01.abr.2019 às 09h00
Recife (PE)
Redação
A desocupação do Edifício Holiday e a demolição dos galpões do Cais José Estelita ocorreram de maneiras antidemocráticas

A desocupação do Edifício Holiday e a demolição dos galpões do Cais José Estelita ocorreram de maneiras antidemocráticas - FELDSPATO

Há anos, as gigantescas construções históricas do Recife se deterioram diante dos olhos indiferentes do poder público. Assim, os mais de três mil moradores do Edifício Holiday e os antigos armazéns de açúcar do Cais José Estelita dão lugar aos interesses do complexo imobiliário financeiro. 
Dois eventos, centenas de envolvidos e um interesse. O que há de comum entre eles? 
Não é de hoje a cobiça das empresas desse complexo, dentre elas a Moura Dubeux – uma das que mais especulam em solo recifense. O “ataque especulativo imobiliário”, é a combinação da produção de moradias e prédios empresariais nas grandes cidades, com o aumento exponencial do preço da terra e dos imóveis. Para se ter ideia, o metro quadrado de áreas localizadas nos bairros de Boa Viagem, Casa forte, Espinheiro e Apipucos, tem o valor equivalente aos bairros de luxo de capitais como São Paulo e Rio de Janeiro. 
Importa ressaltar que, a moradia é um direito humano universal previsto na Constituição. Mas, em Recife, temos um déficit habitacional de, aproximadamente, 108 mil unidades.
O Edifício Holiday está inserido em uma quadra na região central do Recife, tem acesso privilegiado por sua forma de ocupação espacial, e foi local de moradia de mais 400 famílias, a maioria de baixa renda, que, mesmo com os problemas estruturais e de salubridade do edifício, encontraram uma forma de morar. Além de problemas de estrutura, ele necessita de constantes manutenções, mas tem soluções viáveis. A questão é: pra quem é essa moradia num solo em constante valorização? 
O fenômeno de expulsão das famílias do Holiday nada mais é que um processo de mudança dos centros urbanos através de trocas dos grupos sociais, onde saem as comunidades pobres e entram moradores de camadas mais ricas em lugares de valorização do solo. O maior problema que vem com essas novas construções, depois da demolição do que existia no local, como é o caso do que ocorre hoje no Cais José Estelita, é que, devido ao alto custo desse solo, surgem grandes prédios em um pequeno espaço de terra para maior ganho do mercado imobiliário.
Não à toa, nos dois eventos, a desocupação do Edifício Holiday e a demolição dos galpões do Cais José Estelita, ocorreram de maneiras antidemocráticas. Há de se considerar que, em tempos de governo autoritário, a participação dos trabalhadores e trabalhadoras nas decisões que remetem à questão urbana torna-se inexistente.  Ainda que o Recife tenha se destacado pelas reivindicações populares em torno da elaboração do Plano Diretor, instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana, torna-se cada vez mais evidente que são os interesses do mercado os que têm se evidenciado na prática. 
Infelizmente, o Recife, cada vez mais, não é dos recifenses, pelo menos não é dos recifenses mais pobres! O “direito de morar”, a identidade histórica da cidade e os interesses do povo só se tornarão possíveis quando um projeto popular de cidade e de nação se sobrepuserem aos interesses do mercado imobiliário.

Editado por: Monyse Ravenna
Tags: editorialopiniãopernambuco
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