Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Geral

ARTIGO

Para não esquecer: 13 de maio, dia de denunciar o racismo no Brasil

“Estamos em movimento, por dignidade humana e direitos numa sociedade que costuma nos julgar pela nossa ascendência/cor”

13.maio.2019 às 14h02
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h49
João Pessoa - PB
​​​​​​​Solange Rocha
Solange Rocha - professora da pós-graduação na Universidade Federal da Paraíba

Solange Rocha - professora da pós-graduação na Universidade Federal da Paraíba - Foto: TV Assembleia PB

Em maio de 1884, José do Patrocínio, importante abolicionista negro, declarava para a sociedade brasileira: “Não queremos esmolas, queremos Direitos”. Passados 131 anos da Abolição da Escravidão no Brasil, Movimentos Sociais Negros e parceir@s de lutas antirracistas continuam a reivindicar a humanização, a dignidade, a plena cidadania de pessoas negras e, sobretudo, que definitivamente, a sociedade reconheça o racismo existente e persistente nas relações sociais, o que tem impedido o adequado enfrentamento das desigualdades, mantendo um Estado que, em geral,  legitima o genocídio negro, negam às pessoas de ascendência africana a participação em espaços de poder. Há uma mídia excludente e também a atuação secundária de trabalhadoras/es no mundo do trabalho. A lista das injustiças sociais no Brasil poderia ser ampliada, mas vamos avançar para o cenário político atual.
Maio de 2019, vivemos num contexto mundial em que a globalização e o neoliberalismo são hegemônicos e responsáveis pela miséria de bilhões de pessoas. Nacionalmente, no Brasil, estamos no quinto mês de uma gestão federal cujo representante do poder executivo é declaradamente racista, LGBTfóbico, machista, ultraconservador, desvaloriza a Educação, é opositor de políticas públicas específicas para população negra e povos indígenas, antidemocrático, elitista, entre outras características que têm causado muitos retrocessos na sociedade brasileira, pois seu projeto político está a serviço do “mercado”. Em relação à população negra, os índices socioeconômicos apontam para o aprofundamento das assimetrias raciais (aumento do número de pobres e indigentes, por exemplo) e estimula práticas racistas, colocando para nós, ativistas e parceir@s antirracistas um grande desafio de manter uma resistência secular, realizada por muitas/os das/os nossas/as antepassadas/os, contados em mais de quatro milhões de pessoas escravizadas (do século XVI ao século XIX), que transgrediram e protagonizaram variadas formas de luta contra o sistema escravista, marcado pela exploração e crueldade na maior parte da história do Brasil.
Nesse sentido, os Movimentos Negros têm uma agenda nacional e internacional que procura, internamente, impedir a aprovação de políticas propostas pelo atual governo, como o “pacote anticrime”, que poderá intensificar a criminalização e o encarceramento em massa de pessoas negras; a retirada e bloqueio de verbas da Educação brasileira, o que também poderá impactar negativamente a formação escolar de negras/os; a proposta de se acabar com a previdência social, que mais uma vez, coloca como  tendência que o segmento negro seja o mais prejudicado. Externamente, os coletivos e ativistas negros reforçam a busca por apoio de organismos internacionais em defesa dos Direitos Humanos deste sujeito subalternizado e discriminado historicamente, um exemplo dessa ação política foi, recentemente, anunciada pelo o economista e ativista negro Hélio Santos, diz ele que é urgente que  do Brasil seja conhecido de fato como “o país mais racista do planeta” e desigual na distribuição da riqueza nacional, enfim, mais do que nunca o Dia de Denúncia Nacional contra o Racismo (mas não só em tal marco político), é um momento para enfatizarmos que um dos principais fatos históricos do Brasil – a escravidão -, nos legou preconceitos, discriminação racial e a miséria da maior parte da população brasileira
Saliento ainda que, apesar de muitas lutas travadas antes, e nesses 131 anos do pós-abolição, o racismo tem sido reatualizado pelas novas gerações, como a do século XXI. Isso significa afirmar que, no presente (2019), convivemos num país com a naturalização de práticas racistas e o Estado pouco pune os/as que cometem tal crime, pois, existe lei, a de nº 7716/89, que define e criminaliza o racismo no país, mas raramente é cumprida.
A população negra não tem se acomodado, pois, se de um lado, há uma intensa discriminação racial, de outro, a luta antirracista tem sido permanente. A Paraíba, por exemplo, tem movimentos negros desde os anos 1980 e, atualmente, continuamos na resistência. Nessa perspectiva, intelectuais e ativistas negros/as estão organizando II Congresso de Pesquisadoras/es Negras/os do Nordeste – II COPENE Nordeste, previsto para ocorrer nos dias 29, 30 e 31 de maio do corrente ano, tendo como tema gerador de debates: “Epistemologias Negras & Lutas Antirracistas”, no Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes/CCHLA, na Universidade Federal da Paraíba.
Como dito, estamos em movimento, por dignidade humana e direitos numa sociedade que costuma nos julgar pela nossa ascendência/cor africana e, desejamos viver num mundo sem racismo. Utopias que nos movem na luta contra as desigualdades de classe e as discriminações raciais. Na construção desse outro Brasil, que reconheça e respeite a diversidade cultural, muitas/os mulheres e homens dedicaram suas vidas (ou tombaram) por uma sociedade menos desigual. Elas e eles continuam a ser lembradas/os e a inspirarem nossas batalhas atuais, como Gertrudes Maria, Inácio da Catingueira, Abdias Nascimento, João Balula, Lélia Gonzalez, Oliveira Silveira, Beatriz Nascimento, Carlos Alberto de Oliveira – Caó; Cláudia Silva, Marielle Franco….. A luta continua…… “Não queremos esmolas, queremos Direitos”. HAMBA! 
*Solange Rocha – UFPB e Bamidelê-OMN/PB
Departamento e Programa de Pós-graduação em História & NEABI-CCHLA

Editado por: Cida Alves
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

Minimizou tentativa

Bolsonaro trata plano golpista como ‘crítica’ estudada dentro das ‘quatro linhas’ em depoimento ao STF

SITUAÇÃO DEGRADANTE

Mais de 6 mil crianças são resgatadas do trabalho infantil em 2 anos

MAIS PROTEÇÃO

Paraíba amplia rede de proteção a mulheres com três novas Delegacias da Mulher (Deams) nas cidades de Solânea, Catolé do Rocha e Juazeirinho

IMPOSTO

Haddad diz que compensação do IOF só ‘mexe com dono de cobertura’

Artigo

Sem terra, não dá para ser feliz

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.