Depois de apresentar novas provas que apontam ilegalidade de atos da Lava Jato e que reforçam a tese de nulidade da operação, a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) protocolou nesta segunda-feira (2) uma reclamação no Supremo Tribunal Federal (STF). O protesto é contra decisões proferidas da 13ª Vara Federal de Curitiba, que impediram o acesso da defesa a documentos do acordo com a construtora Odebrecht.
Denúncias divulgadas pela revista eletrônica Consultor Jurídico (Conjur) em 27 de fevereiro, mostram que os próprios peritos da Polícia Federal (PF) admitiram que os documentos copiados da Odebrecht podem ter sido adulterados. De acordo com a defesa de Lula, antes dos documentos terem sido enviados às autoridades, teriam ficado em posse da construtora por quase um ano, período em que poderia ter adulterado os arquivos.
::Lula apresenta novas provas contra acusação de recebimento de propina da Odebrecht::
A reclamação submetida pela defesa de Lula ao ministro Luiz Edson Fachin traz trechos de reunião gravada entre peritos da PF e o assistente técnico da defesa de Lula, na qual os peritos alegam não terem cruzado os apreendidos na Suíça com os apresentados pela Odebrecht à justiça brasileira. De acordo com os advogados do ex-presidente, os arquivos da construtora que incriminam Lula possuem data posterior à apreensão na Suíça.
Entenda o caso no vídeo abaixo:
