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EDUCAÇÃO

Trabalhadores da educação consideram retorno das aulas desrespeitoso e irresponsável

Em carta aberta à população, entidades refutam a proposta de aulas presenciais anunciada pelo governador Eduardo Leite

17.ago.2020 às 12h49
Porto Alegre
Redação

Aprovado na Câmara no último dia 21, Fundeb vai beneficiar 17 milhões de estudantes nos próximos seis anos - Reprodução

O cronograma de retorno das atividades presenciais nas escolas proposto pelo governador Eduardo Leite (PSDB) tem sido alvo de diversas críticas. Para os trabalhadores e trabalhadoras da Educação Pública Municipal do Rio Grande do Sul, “o posicionamento do governador demonstra claramente sua subordinação a determinados setores econômicos e seu absoluto desprezo com a vida humana”. Em carta conjunta assinada por entidades representativas do setor, afirmam ser “desrespeitoso e irresponsável” o retorno no momento em que o isolamento social é o mais indicado para conter a expansão da covid-19.

O grupo critica a prioridade do retorno da educação infantil, que na proposta do governo seria a primeira a voltar, em 31 de agosto. “Acreditar que as crianças não compartilharão o lanche, que não se aproximarão, não se tocarão, que manterão as máscaras corretamente posicionadas por 4 horas, que manterão higiene rigorosa sem a supervisão constante de um adulto é compor uma obra de ficção”, afirma a carta, questionando a realidade de um possível retorno. “Nessa ficção, as e os educadores conseguirão manter o distanciamento se uma criança de machucar? A equipe de apoio fará o acompanhamento à distância, sem tocar no estudante? As aulas serão sistematicamente interrompidas para a higienização do espaço? Como Trabalhadoras e trabalhadores em Educação conhecemos a escola real e os riscos que a retomada precoce traz a toda a comunidade.”

Pesquisa revela contrariedade ao retorno

A terceira etapa da Pesquisa sobre Educação na Pandemia em Porto Alegre, realizada com cerca de mil professores e professoras das redes educação municipal, estadual e privada de Porto Alegre, revelou que a comunidade acadêmica é contrária ao retorno das aulas presenciais. Entre os resultados, está que 92% dos docentes são contra volta presencial de aulas sem que exista vacina contra a covid-19. Destaca ainda a falta de estrutura física para um retorno seguro, bem como os problemas que existem com a atual alternativa de aulas online.

A pesquisa foi apresentada na sexta-feira (14), apontando também que mais de 65% dos entrevistados defendem que a educação infantil seja a última a voltar. Na quinta-feira (14), Leite reconheceu que a proposta de retomar inicialmente a educação infantil é uma decisão relacionada à abertura das atividades econômicas. Para a socióloga, presidenta da Associação Mães & Pais pela Democracia e responsável técnica da pesquisa, Aline Kerber "temos muitas falas importantes privilegiando a questão econômica em detrimento às vidas. E uma concepção muito equivocada da escola como se servisse de depósito para mães trabalharem”.

Semana de debates


Debate ocorre nesta segunda-feira (17) às 16h / Reprodução

Para aprofundar o tema do retorno das aulas no estado, o Brasil de Fato RS e a Rede Soberania promovem uma série de lives durante esta semana. Já na tarde desta segunda-feira (17), às 16h, ocorre o debate “É viável a volta às aulas nesse contexto de pandemia?", com Aline Kerber, ao lado de representantes de duas comunidades da capital, Isabel Klein, do Comitê Contra a Fome e o Vírus da Lomba do Pinheiro, e Luana Farias, da União de Vilas da Cruzeiro.

Na quarta-feira (19), também às 16h, o debate será com representantes do CPERS e do Sinpro/RS, os sindicatos estaduais dos professores da rede pública e da rede privada, respectivamente. Já na sexta-feira (21), o debate será com estudantes.

Confira na íntegra da carta


Carta aberta à população do RS contra o retorno das aulas presenciais

As trabalhadoras e trabalhadores em Educação Pública Municipal do Rio Grande do Sul, através de suas entidades sindicais abaixo firmadas, refutam com veemência o cronograma de retorno das atividades presenciais nas escolas de Educação básica, proposto pelo Governador do Estado para consideração dos Prefeitos.

O posicionamento do Governador demonstra claramente sua subordinação a determinados setores econômicos e seu absoluto desprezo com a vida humana. Só essa premissa é capaz de explicar um cronograma descolado de protocolos de segurança sanitária e de análise minuciosa do avanço da COVID-19 em nosso Estado. A definição da prioridade de retorno dada à Educação Infantil é outra demonstração nítida de que a vida está sendo preterida em favorecimento aos interesses econômicos.

Consideramos desrespeitoso e irresponsável assumir a retomada das atividades presenciais nas escolas frente a evidente expansão da COVID-19 em nosso Estado, visto que o isolamento social é um dos principais elementos de contenção da pandemia. Se considerarmos apenas as redes municipais, com o retorno das aulas teremos 1 milhão de pessoas a mais circulando diariamente e contribuindo para a proliferação do Coronavírus. Se considerarmos também a rede estadual, as escolas privadas e as universidades, serão 3 milhões de pessoas contribuindo para a proliferação do vírus.

Entendemos que o atendimento presencial só poderá ser retomado se garantida a segurança sanitária para toda a comunidade escolar e para tal é imprescindível que:

– A curva de contágio encontre-se em níveis bem menos expressivos do que os hoje verificados;

– o sistema de saúde, hoje à beira do colapso, tenha capacidade de garantir pleno atendimento aos possíveis contaminados;

– a testagem massiva seja garantida a toda a população, principalmente, as e aos profissionais da educação e a todos estudantes antes do retorno às aulas;

– os espaços escolares sejam readequados com o objetivo de garantir o distanciamento social;

– estabeleça-se um processo de substituição imediata de todo e qualquer profissional da educação que necessite afastamento decorrente de sua condição de saúde;

– o plano de retomada tenha as trabalhadoras e trabalhadores em Educação como protagonistas, visto que serão elas e eles que o colocarão em prática.

Acreditar que as crianças não compartilharão o lanche, que não se aproximarão, não se tocarão, que manterão as máscaras corretamente posicionadas por 4 horas, que manterão higiene rigorosa sem a supervisão constante de um adulto é compor uma obra de ficção. Nessa ficção, as e os educadores conseguirão manter o distanciamento se uma criança de machucar? A equipe de apoio fará o acompanhamento à distância, sem tocar no estudante? As aulas serão sistematicamente interrompidas para a higienização do espaço? Como Trabalhadoras e trabalhadores em Educação conhecemos a escola real e os riscos que a retomada precoce traz a toda a comunidade.

As atividades remotas, criteriosamente planejadas por quem tem a Educação como profissão, estão longe do nosso ideal pedagógico, pois temos a firme convicção de que nada substitui a interação direta entre professoras, professores e seus estudantes nas salas de aula. O atendimento não presencial ora oferecido gera inúmeros desafios e imensa sobrecarga a nossa carreira, mas entendemos que hoje ele é sinônimo de amor ao próximo, é sinônimo de preservar vidas.

Portanto, reiteramos de forma veemente que a possibilidade de volta às aulas presenciais neste momento é extremamente irresponsável, afinal ano letivo recupera-se, vidas não.

Editado por: Marcelo Ferreira
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