O artigo 25 da Declaração Universal dos Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU), de 1948, conceitua o que é um ser humano e, a partir disso, garante a ele “o direito a uma vida capaz de lhe assegurar saúde e bem-estar”, ou seja, alimentação, vestuário, habitação, transporte, assistência médica e serviços sociais. E, pasmem, garante ainda o "direito à segurança em caso de desemprego".
No entanto, no Brasil atual esta é uma realidade para poucas/os. Tudo que já foi conquistado pela luta dos movimentos trabalhistas e sociais que nos antecederam está sendo retirado por um regime de pretensa “austeridade”. Que amanhã nos espera?
O Sistema Único de Saúde, SUS, via planos de saúde? A educação via Estado de vales (“voucher”)? Os direitos trabalhistas em que o próprio trabalhador precisará "garantir" se autogerenciando?
Com Campanhas de Solidariedade pelo Brasil, movimentos sociais apontam outro caminho: mais que a retirada de Bolsonaro, queremos ainda um Brasil popular, em que o artigo 25 seja um reflexo da realidade, não uma utopia.
Ana Keil e Fernan Silva são militantes do Levante Popular da Juventude e pesquisadores na área de arte e linguagem