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Resenha

XII Bienal de Dança do Ceará: espetáculo “Para que eu não me esqueça”

A apresentação faz parte da Paracuru – Companhia de Dança

24.out.2019 às 07h20
Atualizado em 01.fev.2020 às 18h52
Fortaleza (CE)
Beatriz Leite
O espetáculo mostra-se potente até a última cena que é formulada com bastante tensão

O espetáculo mostra-se potente até a última cena que é formulada com bastante tensão - Beatriz Leite

A XII Bienal de Dança do Ceará, que ocorre entre os dias 16 e 27 de outubro, agrega trabalhos de pesquisa artística internacionais, nacionais e locais e é, assim, um espaço de celebração das múltiplas faces da dança. O evento ocorre na Capital cearense e em cidades do interior, contemplando os municípios de Trairi, Quixadá, Pacatuba, Itapipoca e Paracuru – sendo esta última o berço da talentosa Paracuru – Companhia de Dança.

Criada em 2000 e dirigida por Flávio Sampaio, a Paracuru- Companhia de Dança apresentou no último domingo (20) o espetáculo Para que eu não me esqueça no teatro Centro Dragão do Mar. Com um misto de estranhamento e curiosidade, o espectador é apresentado ao primeiro cenário – cordas dispostas de forma disforme sobre o palco – e logo é surpreendido pela forte entrada do primeiro bailarino em um mergulho profundo nesse emaranhado de ideias, verdades e memórias. O espetáculo segue por um longo solo contemporâneo recheado de sequências que se repetem e se encontram nelas mesmas, sempre estabelecendo uma forte relação com as cordas – enrolar-se e desenrolar-se em um processo de repetição estudado e pautado no uso consciente dos planos baixo e médio. A representação do ser que dança sobre e com o cenário é um dos mais belos momentos do espetáculo em estética e em força, deixando o espectador em um frenesi junto ao bailarino – incapaz de desviar o olhar do palco. O primeiro momento, forte e agoniante, encerra com o longo emaranhado agora agarrado ao ser que o arrasta, com todo o peso que fragmentos de memórias e verdades têm, para fora do palco. 

O espetáculo segue com a entrada de um trio masculino que possui notável química de movimentação – também pautada na repetição e no uso da força – que procura, em dado momento coreográfico, a fluidez do não descolamento dos corpos, fazendo o espectador remeter ao uso primeiro das cordas. Sons robóticos de batidas de coração, mesclados com ocasionais sons de aparelhos hospitalares, dão ao espectador a expectativa concluída com a entrada de todos os membros da Cia para uma estrutura de dança seca, precisa. 

Os movimentos trazidos pelos bailarinos, que estão sempre a lutar consigo mesmos dentro das próprias movimentações e a serem esmagados, uns pelos outros, durante as performances, formam uma “confusão” perfeitamente ordenada. A troca de papéis constante daquele que detém “o poder” ou “a força” dessas memórias e verdades para aquele que é abatido por elas é orquestrada com perfeição, trazendo ao espectador momentos catárticos. Ao entrelaçarem-se em si mesmos e em seus companheiros os bailarinos presentes no palco tomam os papéis de sufocamento e paralisação – para depois incluir a fluidez e a força que as cordas trouxeram na apresentação do espetáculo.     

Os corpos apresentados estão em proximidade constante e brincam com a mesma em uma repetição do ato de passar por cima- reerguer – fluir – repetir. Há muitos momentos de formação de belas imagens depreendidas de figuras bem colocadas, fazendo o espectador entrar em um permanente estado de positiva surpresa mesclada com a agonia de a trilha sonora ser composta por batidas robóticas e repetitivas, que sufocam o público junto, arrastando-o para o ambiente vivido pelos bailarinos. Torna-se harmônico, então, a relação estabelecida entre público e palco. 

O espetáculo mostra-se potente até a última cena que é formulada com bastante tensão. A paralisação dos corpos, já muito derrubados e erguidos, para a passagem de apenas um deles, traz uma textura diferente para o final, captando a atenção total do espectador. A Paracuru – Companhia de Dança demonstra notável maturidade cênica e consciência do tema tratado –  além de uma excelente integração entre os corpos do Corpo de Baile –  deixando, assim, o espectador paralisado junto a urgência dos corpos que dançam para se soltar daquilo que eles mesmos são, na sequência repetitiva do ato de emaranhar-se e soltar-se de si. 

*Bailarina da Companhia de Dança Passo D’arte e estudante de Letras na UFC

Editado por: Monyse Ravena
Tags: brasil de fatodança
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