Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
No Result
View All Result
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
No Result
View All Result
Brasil de Fato
Início Política

porque sim

Governo de MG não sabe explicar por que quer privatizar estatal de água e saneamento

Governo Zema participou de audiência e não apresentou motivos para vender a Copasa, cujo patrimônio cresceu 8,1% em 2019

03.dez.2020 às 14h24
Belo Horizonte Brasil de Fato (MG)
Marcelo Gomes
reservatórios copasa

"A Copasa corrige desigualdades sociais. A empresa atende hoje cidades em que outras empresas privadas não querem atender" - Créditos: COPASA

Debate intensificado com o governador Zema no poder, a privatização da Copasa foi tema de uma audiência pública nesta quarta-feira (2) na Assembleia Legislativa de Minas. A reunião foi provocada por condutas do governo estadual, vistas como o início do processo de venda da empresa. Na ocasião, o governo não conseguiu esclarecer os motivos para propor a privatização da estatal. 

A discussão foi proposta pela deputada Beatriz Cerqueira (PT), que convidou os representantes dos trabalhadores da Copasa, da Central Única dos Trabalhadores de Minas (CUT-MG), o secretário de Planejamento, Otto Levy, e o presidente da companhia de água, Eduardo Tavares. Os dois últimos não compareceram. No lugar deles, o Executivo encaminhou Thiago Toscano, presidente do Instituto Mineiro de Desenvolvimento Integrado, instância governamental responsável por atrair capital privado ao estado.

O que diz o governo

Para Thiago, existe uma diferença entre privatizar e desestatizar. Como explicou, o Estado pode vender 100% das suas ações na empresa ou apenas o controle acionário dela. Dentre os principais questionamentos da população sobre a privatização da empresa está a possibilidade ou não de o preço da água aumentar.

Segundo Thiago, quem define a tarifa é Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e Esgotamento Sanitário (Arsae) do governo mineiro. Além dela, o preço pode ser estipulado no contrato da empresa fornecedora do município, ente que cuida do saneamento e abastecimento.  

Contribuição das estatais aos cofres estaduais aumentou 368,42%

“Os dados mostram que nos locais de empresas de capital privado as tarifas são mais baixas. Não é empresa [que fornece o serviço de abastecimento] que vai correr atrás do município; é o próprio município quem decide, ou ele mesmo presta o serviço. Os países que estão voltando reestatizar (o serviço de água) são países que já universalizaram o saneamento. Começamos a perceber que os serviços foram melhores quando privados. A privatização traz mais empregos”, argumentou Thiago. 

Esse foi o argumento principal do governo. O Executivo não expôs um estudo mostrando o porquê de a Copasa ser vendida; nem as informações e dados que mostram como a empresa estando em mãos privadas seria melhor à população. Também não foi explicitado se os municípios mineiros mais pobres e pequenos poderiam perder ou ganhar na hipótese de a empresa tornar-se particular. 

Pequenas cidades ameaçadas e aumento das tarifas

“Quem mora na cidade pequena tem que ficar muito preocupado com a privatização. A Copasa corrige desigualdades sociais. A empresa atende hoje cidades em que outras empresas privadas não querem atender”, opinou Eduardo de Oliveira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Purificação e Distribuição de Água e em Serviços de Esgoto de Minas (Sindágua). 

Ele explicou que atualmente a Copasa trabalha sob o subsídio cruzado. Basicamente, nesse regime a companhia pública distribui parte de seus lucros obtidos em cidades ou regiões lucrativas, como a metropolitana de Belo Horizonte, aos municípios menores e mais pobres. A intenção disso, conforme Eduardo, é a permanência do atendimento de abastecimento e saneamento mesmo em localidades menores e empobrecidas, onde existe prejuízos à Copasa. 

Brasil é vice-líder em reestatização de água e saneamento no mundo

“E com a privatização a tarifa aumenta sim. Olha o caso de Pará de Minas, onde uma empresa privada é que fornece água: lá a tarifa residencial, para cada 12 metros cúbicos consumidos, é de R$ 63. Na Copasa isso seria de R$ 52”, demonstrou Eduardo.

Iniciativas para privatizar

Ele ainda manifestou preocupação com o fato de a Copasa ter recentemente anunciado o repasse de mais de R$ 800 milhões de dividendos ao invés de realizar investimentos, por exemplo, na ampliação do saneamento.  

Esse assunto, aliado ao plano de demissão voluntária da empresa bem como a parceria firmada em maio entre o governo estadual e o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para estudar a privatização da Copasa, foram os motivos para a audiência desta quarta. Na avaliação de sindicatos, tais fatos anunciam o processo de venda da empresa pública. 

Participantes da reunião, os deputados Mauro Tramonte (Republicanos) e Beatriz Cerqueira, convidados e o público da audiência, que acompanhou pela internet, não conseguiram extrair mais informações do representante do governo.

Com privatização, tarifa aumenta, demonstra situação de Pará de Minas

De acordo com Thiago Toscano a questão de Mauro, sobre contratos de licitação da empresa, deveria ser sanada com os técnicos da própria Copasa. Por sua vez, a parlamentar criticou a ausência do presidente da estatal e comprometeu-se a cobrar, por meio de requerimento de comissão, estudos mais aprofundados sobre a venda da empresa.  

Brasil é vice-líder em reestatização de água

Beatriz Cerqueira ainda leu informações divulgadas em 2018 na página da Associação Nacional Dos Serviços Municipais de Saneamento (Assemae). Pela publicação lê-se que o Brasil é o vice-líder em reestatizar água.

“Poucas pessoas sabem, mas o Brasil é vice-líder em reestatização de água e saneamento no mundo, com 78 casos confirmados, ante 106 na França, o país campeão”, diz a entidade, a qual em outro trecho do texto completa: “entre os problemas (que levaram à reestatização) são apontados tarifas altas, falta de transparência, evasão de divisas (muitas companhias estão em paraísos fiscais), valores excessivos pagos aos executivos e elevados dividendos repassados aos acionistas das empresas. Ou seja, um quadro de financeirização e, consequentemente, de priorização de retorno aos investidores, em detrimento da qualidade dos serviços prestados”. 

“No Amapá, onde foi feito o processo de privatização da energia, a empresa privada não fez manutenção dos operadores. E aí, vimos o apagão. Eu fico pensando o que deve ser um estado ficar 21 dias sem energia. A Cemig ainda repassou grandes cifras de lucros aos seus acionistas, mas teve que se endividar para conseguir dinheiro para fazer investimentos”, destacou Jairo Nogueira, presidente da CUT-MG. 

Impactos no investimento do Estado

Além de prover saneamento e fornecimento de água à grande maioria do estado, a Copasa cumpre outro papel: investimentos. O orçamento de Minas estimado para este ano, segundo dados da Assembleia, é de R$ 103,5 bilhões. Pelos números do parlamento, vê-se também que o investimento do governo para 2020 deverá ser de R$ 3,7 bilhões, logo, cerca de 3,8% do orçamento.

As 15 estatais do governo estadual, conforme é projetado para 2020, deverão investir em Minas R$ 5,6 bilhões. Esse valor é superior em aproximadamente 48% ao que o próprio governo mineiro pretende investir. Depois da Cemig, a Copasa deverá ser a empresa cujo investimento estipulado é o maior entre as estatais, R$ 859,9 milhões. 

Atualmente, a Copasa é uma empresa de economia mista. Ou seja, seus donos são acionistas. O maior deles é o governo mineiro, o qual detém 50,04% das ações. Portanto, é o acionista controlador da empresa. De acordo com dados da estatal, seu patrimônio líquido (descontando as dívidas da empresa, chamadas de passivo) é de R$ 7,14 bilhões. Entre setembro deste ano e setembro de 2019 ele valorizou 8,1%.

Em relação ao lucro, na comparação entre os terceiros trimestres de 2020 e 2019, o lucro líquido aumentou em 24,4%. 

Segundo o Portal da Transparência (transparencia.mg.gov.br), além dos investimentos no estado as empresas estatais ainda jorraram nos cofres estaduais R$ 478,2 milhões de dividendos. Inicialmente, como mostra o portal, se previa R$ 129,8 milhões. Ocorreu, na verdade, um aumento de 368,42%.   

:: Receba notícias de Minas Gerais no seu Whatsapp. Clique aqui :

Editado por: Elis Almeida
Tags: privatizaçao
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

PERDÃO A GOLPISTAS

Três dias após alta, Bolsonaro participa de ato esvaziado em Brasília e pede anistia

RESPIRO DEMOCRÁTICO

Após anos de desmonte, Lula retomou políticas e abriu diálogo com PCDs, avalia ativista

Alimentos sem veneno

Com alimentos sem veneno, Feira do MST é alternativa a ‘projeto de morte imposto aos brasileiros’, diz coordenadora

Dívida em alta

Copom eleva Selic pela 6ª vez seguida e empurra gasto com juros da dívida pública para R$ 1 trilhão

Negligência

‘Tragédia anunciada’: MTST protesta contra ViaMobilidade por morte de passageiro no metrô em SP

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

No Result
View All Result
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Radioagência
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.