Considerado um dos palácios de arquitetura eclética mais bonitos do Rio Antigo, o Palácio Monroe, na região onde hoje está a Praça Mahatma Gandhi, na Cinelândia, Centro do Rio de Janeiro, foi demolido em 1976, durante o governo do presidente Ernesto Geisel, na ditadura militar, sob forte pressão do jornal "O Globo".
A investigação sobre as razões políticas que levaram o presidente militar e a imprensa a defender a destruição do edifício, bem como os bastidores da história, estão no documentário Crônica da Demolição, que está disponível gratuitamente até a próxima quinta-feira (29) na página da produtora do filme, Boituí Cinema.
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O prédio foi projetado em 1904 para representar o Brasil na "Exposição Universal" dos Estados Unidos, no estado do Missouri. Após o evento, que teve pavilhões de vários países, a estrutura metálica do Palácio Monroe foi desmontada e reerguida em 1906 no Rio, então capital federal.
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Entre 1914 e 1922, o Monroe foi sede provisória da Câmara dos Deputados. Depois, foi sede do Senado Federal, até a mudança da capital para Brasília. O filme, que tem a direção de Eduardo Ades, retrata a luta contra a demolição e as motivações, que iam desde divergências estéticas até a alegação do governo de que o edifício atrapalhava a visão do Monumento aos mortos da Segunda Guerra Mundial, no Aterro do Flamengo.
Além de exibição gratuita, produtora também fará debate com o diretor do documentário, Eduardo Ades / Reprodução