Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
No Result
View All Result
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
No Result
View All Result
Brasil de Fato
Início Política

Emergencial

Sem alarde, PEC 186 pode “transferir” recurso da ciência para amortização da dívida

Relatório será lido na tarde desta terça (2); PEC foi condição imposta pelo governo para retomada do auxílio emergencial

02.mar.2021 às 10h37
São Paulo (SP)
Daniel Giovanaz

O Ministro da Economia, Paulo Guedes, e Jair Bolsonaro (sem partido) colocam proposta de acabar com a estabilidade do serviço público e concurso público - Evaristo Sa/AFP

A Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 186, cujo relatório será apresentado no Congresso Nacional na tarde desta terça-feira (2), abre a possibilidade de "transferir", sem alarde, recursos da ciência e tecnologia para amortização da dívida pública.

Na prática, a proposta apelidada de PEC Emergencial proibiria a vinculação de receitas a órgãos ou fundos públicos, o que pode significar a extinção, por exemplo, do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT). 

Criado em 1969, o FNDCT é uma das principais fontes de recursos orçamentários e financeiros para o apoio à infraestrutura científica e tecnológica das instituições públicas do país.

Em janeiro, um "canetaço" de Jair Bolsonaro (sem partido) cortou até R$ 9 bilhões do Fundo para 2021. O presidente retirou da Lei Complementar 177 a proibição de que recursos do fundo fossem alocados em reservas de contingência este ano, e ainda vetou um artigo que pretendia liberar os recursos do FNDCT colocados em reserva de contingência em 2020.

A aprovação da PEC 186 foi uma condição imposta por Bolsonaro e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, para retomada do auxílio emergencial, que socorreu mais de 60 milhões de brasileiros em 2020 durante a pandemia de covid-19.

O que é amortização?

Uma das formas mais comuns pela qual o governo financia suas dívidas é por meio da emissão de títulos públicos. Estes são instrumentos financeiros de renda fixa vendidos a instituições e pessoas físicas, que recebem em troca o valor do título acrescido de juros.

A amortização é o processo pelo qual o contratante paga determinado empréstimo com valor de parcela superior aos juros. Assim, ele reduziria o saldo devedor, isto é, amortizaria a dívida.

Cerca de 40% do orçamento federal no Brasil é destinado a juros e amortização da dívida.

Análise

Um dos aspectos mais polêmicos da PEC Emergencial é a extinção do piso para investimento em saúde e educação.

"Diante dessa questão do piso, os demais problemas da PEC acabaram ficando em segundo plano. Ninguém está discutindo", alerta o economista Bruno Moretti, doutor em sociologia pela Universidade de Brasília (UnB) e assessor técnico do Senado Federal.

Moretti se refere, especificamente, a dois dispositivos da PEC 186. O primeiro é o que proíbe a vinculação de receitas a fundos e órgãos. 

"Eles fizeram algo muito sutil, e esse dispositivo foi aparentemente elaborado para ninguém levar em conta", explica. "A Constituição já proíbe essa vinculação. O que a PEC faz é retirar a expressão 'de impostos', ou seja, passa a ser proibida a vinculação de qualquer receita. Além disso, a legislação atual coloca como exceções os investimentos em saúde e educação."

O segundo dispositivo que compõe essa ameaça é a proibição da criação de novos fundos.

"É muito claro que, aprovando a PEC em 2021, em 2022 ele pode desvincular todas as receitas, por exemplo, do FNDCT, os royalties vinculados à educação, ao Fundo Social também. Porque a legislação simplesmente proibiria essas vinculações", ressalta o assessor técnico do Senado. "É mais um passo para o orçamento público ser um instrumento de valorização da riqueza financeira."

Nas entrelinhas

O texto não diz, literalmente, que o recurso será vinculado ao pagamento da dívida – isso estava presente, por exemplo, na PEC 187, chamada de "PEC da extinção dos fundos".

Quando um recurso não tem vinculação específica, ele pode ser usado para qualquer finalidade, inclusive amortização da dívida.

"É como se eles aprovassem a PEC 187 dentro da PEC 186 sem contar para ninguém", diz o economista, alertando para os riscos da transferência desses recursos para amortização da dívida. "Além do prejuízo à ciência e à tecnologia, esse recurso iria abastecer reservas bancárias. E, se os bancos ficarem com reservas excessivas, eles começam a comprar títulos, emprestar um para o outro, e isso vai reduzindo a taxa de juros abaixo do que é a meta da Selic."

Como consequência, o Banco Central teria que vender títulos públicos para aumentar a dívida, realizando um movimento que no jargão econômico é conhecido como "enxugamento da liquidez".

"Ou seja, os donos da riqueza só mudam seu portfólio. Saem dos títulos do Tesouro e vão para títulos vendidos vendidos pelo Banco Central por essas operações compromissadas. E o recurso público para educação, ciência e tecnologia some", resume Moretti.

Editado por: Rodrigo Chagas
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

INTERNACIONALISMO

Músico gaúcho integra missão da Flotilha da Liberdade de ajuda humanitária a Gaza

CONCLAVE

Papa Francisco não estava entre favoritos, relembra professor: ‘O imponderável ocorre’

PERDÃO A GOLPISTAS

Três dias após alta, Bolsonaro participa de ato esvaziado em Brasília e pede anistia

RESPIRO DEMOCRÁTICO

Após anos de desmonte, Lula retomou políticas e abriu diálogo com PCDs, avalia ativista

Alimentos sem veneno

Com alimentos sem veneno, Feira do MST é alternativa a ‘projeto de morte imposto aos brasileiros’, diz coordenadora

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

No Result
View All Result
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Radioagência
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.