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Luta pela terra

“Ocupar Cambahyba (RJ) é pressionar o Incra por reforma agrária de fato”, diz MST

Mais de 300 famílias ocupam terras da ex-usina de Campos dos Goytacazes após Justiça determinar a desapropriação

25.jun.2021 às 15h16
Rio de Janeiro (RJ)
Eduardo Miranda
MST RJ

Famílias chegaram ao agora Acampamento Cícero Guedes ainda na madrugada da última quinta-feira - Comunicação MST-RJ

A chegada de mais de 300 famílias na última quinta-feira (24) ao Complexo Cambahyba, em Campos dos Goytacazes, no norte do estado do Rio de Janeiro, movimentou terras improdutivas que abrigaram no passado a Usina Cambahyba. Há cerca de um mês, três fazendas do complexo foram desapropriadas pela Justiça para fins de reforma agrária.

Contudo, a medida depende do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para ser colocada em prática. O Incra, por sua vez, vem recebendo críticas pela atuação nos últimos anos, com o direcionamento do governo de Jair Bolsonaro (sem partido). Como é o caso do programa Titula Brasil, que permite a transferência de ações do órgão para a iniciativa privada e vem sendo chamado por ONGs e ambientalistas de "Invade Brasil".

Leia mais: RJ: MST ocupa terras da Usina Cambahyba após Justiça determinar desapropriação


Terras da usina são historicamente marcadas por violência e sangue contra trabalhadores / Comunicação MST-RJ

Vinda do acampamento Madre Cristina, também em Campos, Flávia Gomes chegou ao acampamento Cícero Guedes, nome que substitui Cambahyba, em busca de uma vida melhor, de direitos e de "dignidade", como ela contou em emocionado depoimento.

"Minha expectativa e a esperança das pessoas que estão aqui, que chegaram ontem, é que nossos direitos sejam atendidos, que se cumpram, que seja feita a reforma agrária das terras. Estamos aqui para lutar pelo cumprimento da lei. Temos direitos iguais, temos o direito de trabalhar, de ter de onde tirar o nosso sustento de forma digna", contou Flávia.

Leia também: Cícero Guedes: da trajetória marcada por escravidão à militância no MST

São 21 anos de luta do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) pelas terras da antiga usina. Mas a esperança das famílias foi renovada ainda na madrugada, às 5h30 da manhã, quando os comboios começaram a chegar e o sol raiava. Ao longo das horas seguintes, os novos ocupantes capinaram e tornaram o espaço habitável, ergueram alojamentos e uma cozinha coletiva. Horas depois, fizeram chegar a energia elétrica ao acampamento. 

Membro da direção nacional do MST, Luana Carvalho disse ao Brasil de Fato que as famílias ficarão no Acampamento Cícero Guedes como forma de resistir e pressionar o Incra para que possam ser regularizadas.

"Estamos aqui, resistindo e pressionando para que o Incra faça de fato a reforma agrária. É preciso dar função social a essas terras, historicamente marcadas de sangue e de violência. Estamos gerando vida, novas sementes, nova esperança para a reforma agrária no Rio de Janeiro", contou a dirigente do MST no estado.


Nas últimas 24 horas, famílias ergueram acampamentos, cozinha coletiva e instalaram rede elétrica no local / Comunicação MST-RJ

Com o agravamento da crise de moradia nas cidades e as taxas de desemprego em alta no país, o Acampamento Cícero Guedes também tem sido um sinal de esperança para quem passou por ocupações urbanas e agora quer estabelecer a luta no campo por direitos básicos, como o direito à terra.  

"Aqui, há também famílias que estavam em ocupações urbanas, que tiveram que sair de suas casas porque não tinham mais como pagar aluguel e comer. Essa crise que a gente vive como classe trabalhadora tende a ficar pior, vir para a luta na terra é uma forma de garantir e melhorar as condições de vida", disse Luana.

O nome do acampamento foi escolhido em homenagem a Cícero Guedes, membro da direção estadual do MST que foi executado dentro da usina, com 10 tiros na cabeça, em 25 de janeiro de 2013. De acordo com o MST, a ocupação está sendo construída com o apoio de diversas organizações, sindicatos, entidades de direitos humanos, lideranças religiosas, partidos políticos e movimentos sociais do município de Campos.

A Usina

O Complexo da Cambahyba é formado por sete fazendas que somam cerca de 3.500 hectares. Em 1998, a área foi decretada pelo Governo Federal para fins de reforma agrária. Cinco anos antes, em 1993, a usina que funcionava no local havia sido desativada após ir à falência.

Anos mais tarde, em 2012, o local foi considerado improdutivo pela Justiça. Na época, a área pertencia a Heli Ribeiro Gomes, político fluminense eleito deputado federal, em 1958, e empossado vice-governador biônico do Rio de Janeiro, em 1968. Até a determinação da desapropriação pela Justiça, no último mês de maio, o registro do terreno estava em nome da empresa AVM Construções. 


Acampamento tem por objetivo tornar terras produtivas e pressionar Incra para realizar a regulação das famílias / Comunicação MST-RJ

Em nota, o MST destacou que a história da Usina Cambahyba é a expressão da formação da grande propriedade e da exploração da força de trabalho e do meio ambiente no Brasil. No texto, o movimento também afirma que não foram poucas as ocupações e as mobilizações para que o direito à desapropriação das terras da Cambahyba se realizasse.

“Ocupamos Cambahyba pela memória daqueles que foram torturados, assassinados na ditadura empresarial-militar. Ocupamos para exigir justiça para Cícero Guedes, grande liderança do MST que lutou ativamente para ver as famílias trabalhadoras com melhores condições de vida. Ocupamos para exigir democracia, terra para produzir comida saudável para todas as trabalhadoras e trabalhadores pobres do campo e da cidade que vem sofrendo as consequências da pandemia de covid-19 negligenciada pelo governo”, diz trecho da nota. 

Editado por: Mariana Pitasse
Tags: mst
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