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Memória

Por que o local da foto símbolo dos protestos de 2019 é disputado até hoje no Chile

Monumento do general Baquedano, instalado em 1928 no centro de Santiago, foi retirado há um mês para restauração

16.abr.2021 às 12h59
São Paulo (SP)
Daniel Giovanaz

Registro feito por uma das manifestantes, em 25 de outubro de 2019, rodou o mundo - Susana Hidalgo / Reprodução

Praça Baquedano, Praça Itália ou Praça da Dignidade? No Chile, a forma de se referir a um dos espaços públicos mais frequentados da capital Santiago demarca uma posição política.

O espaço, conhecido por reunir multidões em celebrações de eventos esportivos e em protestos de estudantes, trabalhadores e indígenas mapuche, foi batizado originalmente com o nome do general Manuel Baquedano González.

O militar homenageado liderou assassinatos de milhares de mapuches entre janeiro e maio de 1869, em disputas por território na região da Araucanía. Mais tarde, se tornou comandante do Exército chileno durante a Guerra do Pacífico (1879-1883), contra Bolívia e Peru.


Em outubro de 2020, manifestantes pintaram de vermelho a estátua do general Baquedano, no centro da praça / Pablo Cozzaglio/AFP

A ficha suja do general fez com que muitos santiaguinos, ao longo do século 20, preferissem chamar o local por outro nome: Itália, em referência a outra praça a poucos metros dali.

A vizinha e menos frequentada Praça Itália foi inaugurada em 1910, como parte das comemorações do centenário da imigração do país europeu ao Chile.

Desde outubro de 2018, porém, com o avanço dos protestos contra o neoliberalismo e contra o legado da ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990), manifestantes começaram a usar o apelido Praça da Dignidade.

Passando pano

O uso de apelidos, para evitar uma homenagem a Baquedano, não resolvia o problema por completo. Afinal, o nome oficial continua o mesmo e, no meio da praça, estava instalado desde 1928 um monumento de bronze de 10,4 metros do militar a cavalo.

Em repúdio à memória do militar, ativistas passaram a pichar a estátua de várias cores, durante os protestos de 2018 e 2019. À noite, durante o toque de recolher, a Prefeitura de Santiago restaurava o monumento e repintava, general e cavalo, de preto.

As intervenções, então, se tornaram mais drásticas. Em março deste ano, o monumento foi incendiado e atacado com martelos e serra elétrica. Foi a gota d’água.

Depois de “passar pano” para Baquedano inúmeras vezes, autoridades locais retiraram a estátua em março, para restauração.


Depredado, monumento do general Baquedano foi removido pela Prefeitura de Santiago há um mês / Javier Torres/AFP

A remoção ocorreu cerca de 500 dias após uma foto histórica, que virou símbolo dos protestos de 2019.

O clique

No dia 25 de outubro daquele ano, 1,2 milhão de chilenos tomaram a praça contra as medidas repressivas e o agravamento do neoliberalismo sob o governo Sebastián Piñera.

Leia também: Só em 2019, mais de 360 chilenos sofreream lesões oculares devido à repressão policial

Em meio ao protesto, o clique do celular de uma das manifestantes, a atriz Susana Hidalgo, rodou o mundo.

O contraste entre a fumaça dos incêndios provocados por ativistas, a luz do fim da tarde, as cores das bandeiras do Chile e do povo mapuche, no topo do monumento de Baquedano, deu contornos épicos ao registro.

Os grandes protestos de rua, interrompidos pela pandemia, devem ser retomados em breve.

O Chile está em pleno processo de substituição da Constituição de 1980, outorgada por Pinochet, que restringiu os direitos a greve e à livre manifestação e é considerada um dos pilares do neoliberalismo no país.

A mudança constitucional é a principal bandeira dos movimentos estudantis, indígenas e de trabalhadores chilenos há pelo menos 15 anos.

A eleição da nova Assembleia Constituinte, prevista para o último domingo (11), foi adiada por tempo indeterminado em decorrência da covid-19.

Editado por: Vivian Fernandes
Tags: chile
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