Mostrar Menu
Brasil de Fato
ENGLISH
Ouça a Rádio BdF
  • Apoie
  • TV BdF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • I
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Opinião
  • DOC BDF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Mostrar Menu
Brasil de Fato
  • Apoie
  • TV BDF
  • RÁDIO BRASIL DE FATO
    • Radioagência
    • Podcasts
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
Mostrar Menu
Ouça a Rádio BdF
Nenhum resultado
Ver todos os resultados
Brasil de Fato
Início Opinião

DIREITO TRABALHISTA

Artigo | O dia da luta operária mantém viva a nossa história

“O engodo da modernização pode pegar desprevenido o trabalhador que não conhece o passado de sua classe”

27.jun.2021 às 15h46
São Paulo
Álvaro Egea, Chiquinho Pereira, João Carlos Juruna e Wagner Gomes

Mulheres protestam em Petrogrado (autal São Petesburgo) no dia 8 de março de 1917 - Fototeca Storica Nazionale

A Greve Geral de 1917 tem muito a nos dizer. Ainda mais nesses tempos sombrios, quando o governo parece retroceder à República Velha, aos anos anteriores ao processo de urbanização e industrialização que se verificou nos governos de Getúlio e Juscelino.

Durante aquela greve ocorrida há 104 anos, o jovem sapateiro José Martinez morreu baleado por soldados da antiga Força Pública no dia 9 de julho. E, em 2017, por lei municipal de autoria do vereador de São Paulo, Antônio Donato (PT) a data de sua morte inspirou a criação do Dia da Luta Operária. Esse é o nosso 9 de julho.

Como disse José Luiz Del Roio, jornalista e ativista italiano, para o Centro de Memória Sindical¹, as reivindicações de 1917 eram as mesmas que se reproduziam naquela época: uma jornada que desse para viver e um salário que desse para não morrer de fome.

:: A Comuna de agricultores da Índia :: 

O perfil daqueles trabalhadores foi definido pelo jornalista João Guilherme Vargas Netto¹: “Uma massa enorme de ex-escravos, recentemente libertados e sobrevivendo sem nenhum direito. Alcoolismo, doença, dispersão compunham o quadro social dos trabalhadores do Brasil, além do grande peso de trabalhadores imigrantes recém-chegados, que se acumulavam em verdadeiros guetos ou bairros étnicos”.

É seguro dizer que a classe trabalhadora vive hoje uma situação melhor do que a miséria que levou à ocorrência da Greve de 1917. Desde então o país passou por um processo de amadurecimento político e social que projetou líderes e personalidades importantes como: o ferroviário Raphael Martinelli, a tecelã Eunice Longo, ambos homenageados do Dia da Luta Operária de 2019, a economista Lenina Pomeranz, primeira diretora técnica do Dieese, e Hugo Perez, o eletricitário idealizador da primeira Conferência Nacional da Classe Trabalhadora, Conclat, que receberão o troféu José Martinez no dia 9 de julho de 2021.

Mas, embora tenhamos mais força e condições de luta hoje do que já 104 anos, é fundamental entender que a história não caminha em linha reta. Ela se desenvolve através de avanços e recuos, movida por interesses conflitantes. E desde 2016 vivemos um enorme recuo.

A reforma trabalhista custou direitos e proteção ao trabalhador, sobretudo a proteção sindical. Chamou-se de modernização a pejotização, o trabalho intermitente, o acordado sobre o legislado, a inviabilização do custeio sindical, o desmonte da nossa CLT e a supremacia do mercado como o regulador das relações entre patrão e empregado.

:: Não apenas um pomar ou um campo: queremos o mundo inteiro ::

Essa é a principal lição que a Greve de 17 oferece hoje: a incoerência do discurso que baseou a destruição de direitos, iniciado no governo de Michel Temer e aprofundado por Jair Bolsonaro defendido como “modernização trabalhista”.

Travestido de moderno, esse discurso remonta à República Velha, à passagem do trabalho escravo ao trabalho assalariado, quando a burguesia, impregnada da visão escravista, considerava que os novos assalariados não tinham direito nenhum.

Desde 2016, os governos do atraso promoveram o caminho inverso da política desenvolvimentista dos anos de 1930 e 1950, tirando o trabalhador da classe média e jogando-o na pobreza.

Por isso conhecer e valorizar a história é uma ação vital para um povo e para uma nação. O engodo da modernização pode pegar desprevenido o trabalhador que não conhece o passado de sua classe e, desprevenido, esse trabalhador pode até ser massa de manobra para interesses contrários aos dele.

:: Cantão, 1927: a Comuna de Paris do Oriente :: 

Isso dá à iniciativa do vereador Donato, de criar o Dia da Luta Operária homenageando lideres populares e sindicais, uma dimensão grandiosa. Ela proporciona que todo ano tenhamos um dia para lembrar e falar sobre aquela greve, além de resgatar outras histórias vividas pelos homenageados. Assim nunca esqueceremos do operário morto naquele 9 de julho de 1917 por reivindicar o mínimo para viver.

Este é um artigo de opinião e as visões aqui apresentadas não refletem necessariamente as opiniões do Brasil de Fato

João Carlos Juruna é secretário geral da Força Sindical

Chiquinho Pereira é secretário Nacional de Organização, Formação e Políticas Sindicais da União Geral dos Trabalhadores (UGT)

Wagner Gomes é secretário geral da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB)

Álvaro Egea é secretário geral da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB)

 

Editado por: Sarah Fernandes
loader
BdF Newsletter
Escolha as listas que deseja assinar*
BdF Editorial: Resumo semanal de notícias com viés editorial.
Ponto: Análises do Instituto Front, toda sexta.
WHIB: Notícias do Brasil em inglês, com visão popular.
Li e concordo com os termos de uso e política de privacidade.

Veja mais

RITO PROCESSUAL

Bolsonaro será preso? Jurista ajuda a entender os próximos passos da ação penal do golpe no STF

Articulação

Em Caracas, Partidos Comunista da China e Socialista da Venezuela reforçam compromisso com integração

Segurança Pública

Tarifa na segurança pública do Paraná é privatização de direitos fundamentais

DIÁLOGO

Lula visita Mariana (MG) para celebrar avanços da repactuação do Rio Doce, nesta quinta (12) 

DESMONTE

Com defasagem salarial em 85%, servidores do meio ambiente de MG ameaçam entrar em greve

  • Quem Somos
  • Publicidade
  • Contato
  • Newsletters
  • Política de Privacidade
  • Política
  • Internacional
  • Direitos
  • Bem viver
  • Socioambiental
  • Opinião
  • Bahia
  • Ceará
  • Distrito Federal
  • Minas Gerais
  • Paraíba
  • Paraná
  • Pernambuco
  • Rio de Janeiro
  • Rio Grande do Sul

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.

Nenhum resultado
Ver todos os resultados
  • Apoie
  • TV BDF
  • Regionais
    • Bahia
    • Ceará
    • Distrito Federal
    • Minas Gerais
    • Paraíba
    • Paraná
    • Pernambuco
    • Rio de Janeiro
    • Rio Grande do Sul
  • Rádio Brasil De Fato
    • Radioagência
    • Podcasts
    • Seja Parceiro
    • Programação
  • Política
    • Eleições
  • Internacional
  • Direitos
    • Direitos Humanos
    • Mobilizações
  • Bem viver
    • Agroecologia
    • Cultura
  • Opinião
  • DOC BDF
  • Brasil
  • Cidades
  • Economia
  • Editorial
  • Educação
  • Entrevista
  • Especial
  • Esportes
  • Geral
  • Meio Ambiente
  • Privatização
  • Saúde
  • Segurança Pública
  • Socioambiental
  • Transporte
  • Correspondentes
    • Sahel
    • EUA
    • Venezuela
  • English
    • Brazil
    • BRICS
    • Climate
    • Culture
    • Interviews
    • Opinion
    • Politics
    • Struggles

Todos os conteúdos de produção exclusiva e de autoria editorial do Brasil de Fato podem ser reproduzidos, desde que não sejam alterados e que se deem os devidos créditos.