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ECONOMIA

Eduardo Pinto: “É no Nordeste que nasce a lógica de desenvolvimento nacional”

Em defesa da Petrobras, pesquisador do INEEP aponta que privatização da estatal agravaria ainda mais a crise social

19.set.2019 às 09h00
Recife (PE)
Marcos Barbosa e Vinicius Sobreira
Eduardo falou sobre os impactos para a população brasileira frente ás ameaças de privatização da Petrobras

Eduardo falou sobre os impactos para a população brasileira frente ás ameaças de privatização da Petrobras - Reprodução/YouTube

Eduardo Pinto, pesquisador do Instituto de Estudos Estratégicos de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis Zé Eduardo Dutra (Ineep), conversaram com o Brasil de Fato PE sobre os impactos, para a população brasileira, das ameaças de privatização da Petrobras pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL) e a importância da estatal para o desenvolvimento econômico, social e cultural do Brasil, em especial para o Nordeste. O Ineep foi criado pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) em 2018 com o objetivo de fomentar pesquisas acadêmicas e fornecer assessoria para os assuntos relacionados à agenda do setor de petróleo, gás e biocombustíveis no Brasil e no Mundo.  

Brasil de Fato: O que você destacaria como grandes avanços de investimento da Petrobras no Nordeste na última década? Diante do atual cenário político, o que a Petrobras está pensando para esses ativos feitos no Nordeste?
Eduardo Pinto: A partir de 2003, até 2015, a Petrobras adotou como política a ampliação dos investimentos no Nordeste. Na área de refino, foi construída a refinaria Abreu e Lima (Rnest) em Pernambuco, reformada a refinaria Landulpho Alves, na Bahia. Além de tudo, se ativou a indústria de fertilizantes e a de biocombustíveis. O investimento foi fortemente ampliado. A Petrobras gastou recursos para construir essas atividades e isso gerou um impacto enorme na geração de emprego formal e de renda. Ou seja, o trabalhador que estava no corte de cana, virou metalúrgico na construção da refinaria instalada em Pernambuco. Mudou a estrutura econômica e social. Então, houve enorme efeito local e regional. A partir de 2015, no caso do Nordeste, a estratégia é vender todos os ativos da Petrobras, o que implica em redução de emprego, redução de renda e redução de qualquer possibilidade de política de desenvolvimento regional. Então, é um cenário muito negativo, em que a população vai ter uma piora na questão do emprego e da renda e se tem vendido uma mentira de que essa privatização vai reduzir o preço do gás de cozinha, da gasolina e do diesel. 

BdF: Você vê algum motivo para que se priorize uma região do país, enquanto a outra é colocada inteiramente para o capital privado?
EP: O argumento que a Petrobras usa é de que vão focar no pré-sal. Então, esses outros ativos seriam menos rentáveis. Eles dão dinheiro, mas menos do que investir no pré-sal. Isso é uma meia-verdade. Os investimentos no Nordeste permitem que determinadas atividades gerem lucro e riqueza para as refinarias quando o preço do petróleo cai. Quando o preço do petróleo internacional cai, a Petrobras não ganha tanto dinheiro vendendo petróleo para fora, ganha refinando o petróleo, distribuindo por suas distribuidoras. Então, você vende as refinarias, vende as distribuidoras, que são fontes, é dinheiro na boca do caixa. Quem ganha com isso é o acionista minoritário da Petrobras, porque isso gera dinheiro em caixa em curto prazo para a Petrobras, mas perde de receita no futuro. Então, entra dinheiro com a venda do ativo, aumenta o preço das ações, quem tinha ação ganha dinheiro, mas quem perde é a sociedade brasileira, que é a verdadeira dona da empresa. É no Nordeste que nasce a lógica de desenvolvimento nacional e, nesse momento, a Petrobras está se colocando de costas para a região.

BdF: Com essa possibilidade de privatização, para além do aumento dos preços, que impactos isso traria para a população nordestina?
EP: Um impacto marcante e que afeta fortemente a população, é uma piora nas condições do mercado de trabalho. Você tende a reduzir o emprego formal, cair os salários e aumentar o desemprego. Porque, quando privatiza, o empresário compra um ativo que já existe, ele não vai investir mais. Ele, primeiro, vai querer recuperar todo o dinheiro que colocou na compra, para só depois investir. Ele vai diminuir funcionário, para ter mais lucro. Outra coisa importante, é que, como a Petrobras sai, deixa de atuar no apoio a eventos culturais, deixa de atuar junto às universidades em pesquisa e desenvolvimento tecnológico e regional. Na questão local, também reduz fortemente o impacto para pequenos e médios produtores rurais, com a saída das fábricas de biocombustível e biodiesel. 

BdF: O que está ao alcance da população diante desse cenário de retrocesso?
EP: Acho que parte da população ainda está meio letárgica e acha que ainda pode melhorar alguma coisa. No caso específico da Petrobras, a bandeira de mobilização é: queremos um preço justo para o gás de cozinha. A sociedade brasileira exige isso. A partir disso, entender, de forma mais geral, como a Petrobras é importante para o Nordeste e o Brasil para um projeto de desenvolvimento que inclua a população, para gerar crescimento econômico, emprego, para trabalhadores e fornecedores. No polo de Suape, por exemplo, todos os fornecedores de alimentos, serviços e transporte ganham com essa atividade operando.
 

Editado por: Monyse Ravenna
Tags: brasil de fatoentrevistafuppernambucopetrobrasprivatizaçao
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