A América Latina vive dias de lutas sociais. Desde 2020, a crise econômica aprofundou-se em vários países. O resultado foi o aumento do desemprego, redução de horas trabalhadas, aumento do subemprego e da dívida pública dos países.
Desde então, muitos governos, não fizeram as medidas corretas no combate à Covid-19, ampliando a crise sanitária, entre os quais principalmente Brasil, Peru, Chile e Equador, mas também México (cujo governo reviu posições iniciais). Com isso, as lutas nas ruas se intensificaram em países como Haiti, Guatemala, Equador, Peru, Chile e Paraguai.
No Peru, onde dois presidentes caíram em 2020, o segundo turno das eleições (junho) está polarizado entre o professor e sindicalista Pedro Castillo, com 42% das intenções de voto, cuja base social é marcada pela população camponesa, e Keyko Fujimori, com 31%, com um projeto conservador. Seu pai, o ex-presidente Alberto Fujimori, promoveu massacres contra os movimentos populares e hoje está preso por crimes contra a humanidade.
No Chile, um ano de luta nas ruas conquistou a Constituinte com participação popular, adiada por conta da pandemia. Na Bolívia, a esquerda retomou o poder após um golpe de Estado e, no Equador, chegou ao segundo turno.
Cuba e Venezuela, dois países sempre atacados pelo governo dos EUA com medidas de bloqueio econômico, além de financiamento de paramilitares na fronteira com a Colômbia, no caso venezuelano, têm apresentado desempenho eficiente no combate à pandemia, devido à aposta na saúde comunitária, preventiva e organizada.
Como se vê, os povos estão em resistência. Como contraposição a uma onda conservadora, hoje um projeto nacional e popular surge no horizonte de vários países.
