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Início Bem viver Saúde

Contra a ciência

Empresários paranaenses recolhem doações em dinheiro para compra de “kit covid”

Grupo recebeu aval da prefeitura de Francisco Beltrão para distribuir medicamentos gratuitamente em farmácias da cidade

25.mar.2021 às 18h53
Francisco Beltrão (PR)
Isadora Stentzler

A cloroquina é uma medicação usada há 70 anos no Brasil principalmente como forma de combater a malária e o lúpus. - Foto: Governo do Pará

Empresários de Francisco Beltrão, no Sudoeste do Paraná, iniciaram uma campanha que pede doações de até R$ 4,8 mil para a compra de remédios que compõem o chamado “kit covid” e que não possuem eficácia comprovada para o tratamento da doença.

O grupo recebeu aval da prefeitura e deve distribuir os medicamentos gratuitamente em farmácias da rede pública e privada. Nesta quarta-feira (25), o município somava 9.365 casos positivos da doença e estava com todos 100% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) lotados.

Em um documento de seis páginas, o grupo, que se intitula “Associação de Apoio ao Tratamento da Covid-19”, afirma que o objetivo da campanha é distribuir as medicações para 5 mil pessoas, sendo 2 mil em uma primeira etapa e 3 mil na segunda.

Na lista, estão os remédios do chamado “kit covid”, defendido pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que não possuem eficácia comprovada por pesquisas científicas e que podem causar reações graves nos pacientes. São listados azitromicina, ivermectina, dipirona, vitamina D, quelato de zinco e hidroxicloroquina.

:: No RS, três pacientes morrem após tratamento experimental com cloroquina ::

“O fato de não termos um tratamento cientificamente comprovado para a doença causada pelo vírus SARS-CoV-2, não só traz dificuldades aos médicos e sistema de saúde como um todo, mas gera desesperança aos que contraem o vírus e começam a sentir os primeiros sintomas”, defendem no documento, reconhecendo não haver tratamento comprovado cientificamente para a doença.

O grupo afirma que a distribuição funcionará como um laboratório do uso das drogas. “Havendo comprovação da eficácia do tratamento e entendimento da necessidade de ampliação do projeto, o mesmo poderá ser feito de maneira similar”, alegam.

De acordo com o projeto dos empresários, os remédios serão voltados para pessoas que forem atendidas na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Francisco Beltrão e que tiveram contato com pessoas com covid-19, que apresentam sintomas leves da doença, ou que estejam positivadas, mas assintomáticas.


Remédios serão voltados para pessoas que forem atendidas na UPA de Francisco Beltrão / Reprodução

Referências duvidosas

Para embasar a defesa do uso das medicações, há uma série de links que levam a sites que teriam estudos sobre a eficácia das drogas e entrevistas com prefeitos e médicos que defendem o uso do "kit covid".

Alguns dos sites hcqmeta.com, ivmmeta.com, e c19study.com, segundo a agência de checagem jornalística Aos Fatos, usam metodologias duvidosas.

:: Nova fake news sugere que ivermectina é 90% eficaz na prevenção à covid-19 ::

Um deles, o ivmmeta.com, chega a ter entre as referências uma publicação do Twitter. A própria rede social, segundo autores do site, bloqueou a conta @CovidAnalysis, em dezembro do ano passado, por defenderem o tratamento precoce, que envolve o uso dos medicamentos citados no “kit covid”.

Especificamente sobre a hidroxicloroquina, a Organização Mundial da Saúde (OMS) se manifestou em um estudo fazendo “forte recomendação” para o não uso da droga, alertando que ela não tem efeito significativo sobre pacientes já infectados pelo coronavírus.

:: Quem são os defensores da cloroquina e ivermectina que foram vítimas da covid-19? ::

Apesar disso, na última segunda-feira (22), o secretário de saúde de Francisco Beltrão, Manoel Brezolin, disse não ver “nenhum problema deles [empresários] disponibilizarem os remédios”.

Segundo o secretário, são medicamentos que a prefeitura não possui e que caberá aos médicos prescreverem. As medicações só serão dadas com apresentação de receita.

Questionado sobre pesquisas apontarem o efeito adverso do medicamento e a não recomendação do uso em estudos científicos, Brezolin disse: “A grande discussão da praça não é quem é a favor do tratamento precoce. Ninguém é contra o tratamento precoce, a discussão é que medicamento será usado”.

Na terça-feira (23), o Ministério Público (MP), por meio da 5ª Promotoria de Justiça de Francisco Beltrão, instaurou um procedimento administrativo e questionou a prefeitura sobre a distribuição dos medicamentos.

A prefeitura tinha 24 horas para responder. De acordo com a assessoria de imprensa, o MP deve se manifestar nesta quinta-feira (25) sobre o caso.

Editado por: Lia Bianchini e Poliana Dallabrida
Tags: cloroquinacovid-19
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