Se prepare para adentrar as vidas dos quatro principais personagens do livro: Bobby, Jonathan, Claire e Alice, cada um conta, em primeira pessoa, essa história. O cenário são o intervalo entre os anos 1960 e o final dos anos 1980 nos Estados Unidos, entre as cidades de Cleveland, Nova York e o deserto do Arizona. É história de uma família que se constitui de forma incomum. Alice é a mãe de Jonathan, que de algum jeito também se torna a mãe de Bobby. Claire, Bobby e Jonathan formam o que na linguagem contemporânea chamaríamos de “trisal”, moram e criam juntos a filha Rebecca numa casa próxima a Woodstock, cenário do famoso e psicodélico festival nos anos 1960.
O romance, originalmente publicado em 1990, ganhou no final de 2019 uma nova edição brasileira editada pela Companhia da Letras, em parceira com o clube de leitura Tag. O autor é o norte-americano Michael Cunninghan, vencedor do prêmio Pulitzer, uma das mais importantes premiações de jornalismo. O livro também aborda de forma muito sensível pessoas que vivem com o HIV e morrem em decorrência da doença. Mas isso não é central, o chamado ao diálogo, as várias formas de viver em família com suas dores e delícias se esparramam pelas mais de 300 páginas.
Monyse Ravena é editora do Brasil de Fato em Pernambuco
