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OLIMPÍADA DA RUPTURA

Artigo | Olimpíadas de Tokyo: o esporte reafirmando seu papel sociopolítico

"É emblemático que as primeiras medalhas do país tenham sido conquistadas justamente pelas modalidades marginalizadas"

27.jul.2021 às 19h30
João Pessoa (PB)
Polyanna Gomes

Rayssa Leal e Ítalo Ferreira, medalhistas olímpicos pelo Brasil. - Montagem Reprodução Instagram

Foi impossível conter as lágrimas ao assistir a vitória do Skate brasileiro em Tokyo. Kelvin Hoefler e Rayssa Leal conquistaram medalhas de prata na modalidade Street Skate. A “fadinha do skate” como ficou conhecida a maranhense, disse em entrevista “Skate é para todo mundo, não é só esporte de menino”. Aos treze anos de idade Rayssa já faz história sendo a mais jovem atleta olímpica brasileira a conquistar uma medalha em Olimpíada e com o Skate, esporte que na década de 80, no Brasil, foi considerado “prática transgressora” por políticos conservadores.

Assim como o Skate, o Surf também era considerado, até 40 anos atrás, um esporte à margem. Em Tokyo, o Brasil tinha quatro representantes na modalidade, sendo dois homens e duas mulheres, e o potiguar Ítalo Ferreira conquistou a primeira medalha de ouro do Brasil no Surf. É emblemático e representativo que as primeiras medalhas do país tenham sido conquistadas justamente pelas modalidades marginalizadas.

O Brasil tem 302 atletas em 35 modalidades, na XXXII edição dos Jogos Olímpicos, que estão sendo sediados na região metropolitana de Tokyo, no Japão. Em meio a um mundo que ainda vive o caos de uma pandemia, sediar um evento como esse parecia quase impossível. Adiada em um ano, Tokyo 2020 traz entretenimento, representatividade e abala as estruturas sociais sendo considerada a Olimpíada da ruptura e da diversidade.

Com chances de medalha nos próximos dias, a brasileira Rebeca Andrade da Ginástica Artística fez uma linda e forte apresentação de solo ao som de “Baile de Favela”, do MC João. Filha de empregada doméstica, criada na periferia de Guarulhos, a jovem de 22 anos vai escrevendo sua história e fazendo parte dessa  ruptura que Tokyo vem proporcionando.

E por que enfatizar tanto que Tokyo 2020 é diversa e histórica? Porque o esporte é uma atividade que tem papel social e político. Quando se fala em esporte se fala em lutas desde os seus primórdios. Em sua essência e prática não só promove entretenimento, mas também colabora com a formação de cidadãos, educa e provoca transformações sociais.

Posso aqui lembrar o que aconteceu no primeiro jogo da Seleção Brasileira de Futebol Masculino, que busca seu segundo ouro olímpico na modalidade, o jovem jogador Paulinho celebrou seu gol fazendo um gesto que simboliza a flecha de Oxóssi, o orixá das matas. O Brasil é um país onde as denúncias de casos relacionados à intolerância religiosa só aumentam a cada ano, principalmente para com as religiões de matrizes africanas.

Também é importante lembrar da pesquisa realizada pelo site OutSports, onde afirma que nesses Jogos Olímpicos pelo menos 160 atletas são assumidos lésbicas, gays, bissexuais, transgêneros, queer e não binários. Laurel Hubbard, do levantamento de peso da Nova Zelândia, é a primeira atleta transgênero a participar de uma olimpíada.

O esporte se desenha como retrato da sociedade e são nas conquistas históricas de modalidades antes marginalizadas, na música rotulada de “favelada” que se torna composição de uma apresentação, na força e liberdade de demonstrar sua crença, na coragem de cobrir um slogan de patrocinador que não te representa, é que o esporte assume sua posição transformadora e resumi-lo a simples entretenimento é um extremo equívoco. Quando algo forma, educa, provoca, transformando valores e atitudes de qualquer pessoa, já registra o seu papel sócio político.

*Jornalista, amante da literatura regionalista e escrevinhadora de crônicas e contos lá do sertão.

Editado por: Heloisa De Sousa
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